Resumo
Os efeitos do trauma cirúrgico no organismo, os quais são amplamente estudados pela medicina humana e veterinária, resultam em uma complexa resposta neuroendócrina e imunológica, desencadeadas para restabelecer a homeostase e preservar a vida. A resposta metabólica ao trauma é caracterizada pelo aumento da secreção de hormônios hipofisários, ativação do sistema nervoso simpático e secreção de citocinas pró-inflamatórias. Essa resposta tem por objetivo manter a perfusão tecidual, controlar a proliferação de microrganismos e mobilizar substratos para garantir a integridade das funções celulares e promover reparação tecidual. Diferentes fatores podem influenciar a intensidade da resposta do organismo ao trauma, incluindo magnitude e duração dos estímulos, enfermidades ou eventos traumáticos pré-existentes, protocolos anestésicos e técnicas cirúrgicas utilizadas. Respostas metabólicas exacerbadas ocasionam complicações pós-operatórias, tempo prolongado de recuperação dos pacientes e óbito. Através da identificação dos principais eventos relacionados à resposta metabólica ao trauma cirúrgico, é possível atuar de forma a reduzir os danos associados, melhorando a qualidade e minimizando os riscos do período pós-operatório. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão descrevendo a fisiopatologia e as consequências da resposta metabólica ao trauma cirúrgico, em suas diferentes formas e origens, no período perioperatório.
The effects of surgical trauma on the organism, which are widely studied by human and veterinary medicine, result in a complex neuroendocrine and immune responses triggered to restore homeostasis and preserve life. The metabolic response to trauma is characterized by increased secretion of hypophyseal hormones, activation of the sympathetic nervous system, and secretion of pro-inflammatory cytokines. This response aims to maintain tissue perfusion, control the proliferation of microorganisms, and mobilize substrates to ensure the integrity of cellular functions and promote tissue repair. Different factors can influence the intensity of the organism's response to trauma, including magnitude and duration of stimuli, pre-existing infirmities or traumas, anaesthetic protocols, and surgical techniques applied. Exacerbated metabolic responses can cause post-operative complications, prolonged recovery time, and death. By identifying the main events related to the metabolic response to surgical trauma, it is possible to act to reduce the associated damages, improving quality and minimizing the risks of the postoperative period. Thus, the present paper aims to present a review describing the physiopathology and the consequences of the metabolic response to surgical trauma, in its different forms and origins, in the perioperative period.
Assuntos
Humanos , Animais , Complicações Pós-Operatórias/metabolismo , Inflamação/metabolismo , Complicações Intraoperatórias/metabolismo , Metabolismo/fisiologiaResumo
A Proteína C-reativa (PCR) é uma proteína prototípica de fase aguda, que apresenta um rápido aumento de concentração no soro sanguíneo como resposta a um estímulo insultuoso inflamatório ao organismo. Foi a primeira proteína de fase aguda a ser descrita, em 1930 por Tillet e Francis, que relataram a sua existência no soro do sangue de doentes infetados por Streptococcus pneumoniae. Foi descrita como uma substância que possuía a capacidade de precipitar o polissacárido C da parede celular do pneumococcus e foi primeiramente denominada de substância C reativa. A pcr canina foi identificada apenas em 1966 por Dillman e Coles, sendo isolada em 1970 por Riley e Coleman e caracterizada em 1984 por Caspi. Os primeiros estudos, conduzidos por Dillman, revelaram a propriedade da pcr em aumentar a sua concentração sérica em resposta a um processo inflamatório. Foi induzida em cães, uma resposta inflamatória, por meio de uma injeção por via subcutânea de diversas substâncias.
Assuntos
Animais , Cães , Infecções/diagnóstico , Infecções/terapia , Proteína C-Reativa/análise , Proteína C-Reativa/efeitos adversos , Proteína C-Reativa/farmacologia , Proteína C-Reativa/fisiologiaResumo
A Proteína C-reativa (PCR) é uma proteína prototípica de fase aguda, que apresenta um rápido aumento de concentração no soro sanguíneo como resposta a um estímulo insultuoso inflamatório ao organismo. Foi a primeira proteína de fase aguda a ser descrita, em 1930 por Tillet e Francis, que relataram a sua existência no soro do sangue de doentes infetados por Streptococcus pneumoniae. Foi descrita como uma substância que possuía a capacidade de precipitar o polissacárido C da parede celular do pneumococcus e foi primeiramente denominada de substância C reativa. A pcr canina foi identificada apenas em 1966 por Dillman e Coles, sendo isolada em 1970 por Riley e Coleman e caracterizada em 1984 por Caspi. Os primeiros estudos, conduzidos por Dillman, revelaram a propriedade da pcr em aumentar a sua concentração sérica em resposta a um processo inflamatório. Foi induzida em cães, uma resposta inflamatória, por meio de uma injeção por via subcutânea de diversas substâncias.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Proteína C-Reativa/efeitos adversos , Proteína C-Reativa/análise , Proteína C-Reativa/farmacologia , Proteína C-Reativa/fisiologia , Infecções/diagnóstico , Infecções/terapiaResumo
As condições do trato reprodutivo da fêmea, a qualidade do sêmen e os diversos eventos físicos ebioquímicos que os gametas passam até a fecundação são alguns dos fatores que influenciam a fertilidade.Muitos estudos estão sendo realizados na busca de reconhecer todos estes fatores e suas interações, e todos como objetivo de aumentar a taxa de fertilidade. Na resposta inflamatória fisiológica e transitória que ocorre após adeposição do sêmen no útero das éguas, há liberação de mediadores quimiotáticos e migração de célulaspolimorfonucleares (PMN). Tal processo é desencadeado pelos espermatozoides, microrganismos ecomponentes dos diluidores. Este processo precisa ser debelado para restabelecer as condições uterinas normaisquando da chegada do embrião. No entanto, acredita-se que a deposição de sêmen de baixa qualidade, ou seja,com mais espermatozoides lesados, aumenta a resposta inflamatória. Desta forma, o objetivo desta revisão éestabelecer a importância das interações entre a qualidade do sêmen e a resposta inflamatória uterina em éguas,com o intuito de reconhecer seus efeitos sobre a fertilidade.(AU)
The conditions of the female reproductive tract, the quality of the semen and the various physical andbiochemical events that the gametes pass through to fertilization are some of the factors that influence fertility.Many studies are being conducted in the quest to recognize all these factors and their interactions, and all withthe aim of increasing the fertility rate. In the physiological and transient inflammatory response that occurs afterthe deposition of semen in the uterus of mares, there is release of chemotactic mediators and migration ofpolymorphonuclear cells (PMN). Such a process is triggered by spermatozoa, microorganisms and diluentcomponents. This process must be terminated to restore normal uterine conditions upon the arrival of theembryo. However, it is believed that the deposition of low quality semen, that is, with more spermatozoadamaged, increases the inflammatory response. Thus, the purpose of this review is to establish the importance ofthe interactions between semen quality and the uterine inflammatory response in mares, in order to recognize itseffects on fertility.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Análise do Sêmen , Estudos de Casos e Controles , Cavalos/crescimento & desenvolvimentoResumo
As condições do trato reprodutivo da fêmea, a qualidade do sêmen e os diversos eventos físicos ebioquímicos que os gametas passam até a fecundação são alguns dos fatores que influenciam a fertilidade.Muitos estudos estão sendo realizados na busca de reconhecer todos estes fatores e suas interações, e todos como objetivo de aumentar a taxa de fertilidade. Na resposta inflamatória fisiológica e transitória que ocorre após adeposição do sêmen no útero das éguas, há liberação de mediadores quimiotáticos e migração de célulaspolimorfonucleares (PMN). Tal processo é desencadeado pelos espermatozoides, microrganismos ecomponentes dos diluidores. Este processo precisa ser debelado para restabelecer as condições uterinas normaisquando da chegada do embrião. No entanto, acredita-se que a deposição de sêmen de baixa qualidade, ou seja,com mais espermatozoides lesados, aumenta a resposta inflamatória. Desta forma, o objetivo desta revisão éestabelecer a importância das interações entre a qualidade do sêmen e a resposta inflamatória uterina em éguas,com o intuito de reconhecer seus efeitos sobre a fertilidade.
The conditions of the female reproductive tract, the quality of the semen and the various physical andbiochemical events that the gametes pass through to fertilization are some of the factors that influence fertility.Many studies are being conducted in the quest to recognize all these factors and their interactions, and all withthe aim of increasing the fertility rate. In the physiological and transient inflammatory response that occurs afterthe deposition of semen in the uterus of mares, there is release of chemotactic mediators and migration ofpolymorphonuclear cells (PMN). Such a process is triggered by spermatozoa, microorganisms and diluentcomponents. This process must be terminated to restore normal uterine conditions upon the arrival of theembryo. However, it is believed that the deposition of low quality semen, that is, with more spermatozoadamaged, increases the inflammatory response. Thus, the purpose of this review is to establish the importance ofthe interactions between semen quality and the uterine inflammatory response in mares, in order to recognize itseffects on fertility.
Assuntos
Masculino , Feminino , Animais , Análise do Sêmen , Cavalos/crescimento & desenvolvimento , Estudos de Casos e ControlesResumo
A parvovirose canina é uma enfermidade infectocontagiosa com alta taxa de morbidade e mortalidade. Acomete principalmente cães com menos de seis meses de idade e provoca uma enterite hemorrágica. Quando o tratamento adequado é estabelecido imediatamente após o diagnóstico há maior chance de sobrevivência. Dessa forma, a avaliação precoce do prognóstico pode direcionar a melhor gestão dessa doença. Atualmente, não existe um teste prognóstico efetivo e rápido para determinar a gravidade da enfermidade quando o paciente é admitido na clínica e durante o tratamento. Por isso, o foco dessa dissertação consiste em uma uma revisão de literatura sobre a parvovirose canina e um estudo de caso-controle para determinar fatores clínicos e hematológicos associados ao prognóstico desfavorável da parvovirose canina. Os dados do levantamento epidemiológico foram coletados dos pacientes que chegaram ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Lavras (HV-UFLA), Brasil. Vinte e seis cães foram incluídos nas análises, pois deveriam ser cães com sintomatologia e positivos para parvovirose canina no imunoensaio cromatográfico ou na reação em cadeia polimerase, que retornaram para reavaliação ou vieram à óbito por parvovirus canino 2 (CPV-2). Uma análise de regressão logística multivariada foi utilizada para avaliar os fatores de risco para prognóstico desfavorável de cães infectados com CPV-2. A partir da revisão de literatura foi possível perceber a necessidade de determinação do prognóstico de cães infectados com CPV. No estudo de caso-controle, observou-se como fator de risco para prognóstico desfavorável para parvovirose canina, a Síndrome da Resposta Inflamtória Sistêmica (SIRS). Esse estudo demonstrou que pacientes com SIRS tiveram 12,96 vezes mais chances de ter prognóstico desfavorável para parvovirose canina (IC 1,47 195,19; p< 0,01). Conclui-se que a presença de SIRS na admissão do paciente na clínica veterinária aumenta a probabilidade de prognóstico desfavorável de cães infectados por CPV- 2.
Canine parvovirus is an infectious disease with high rates of morbidity and mortality. It mainly affects dogs under six months of age and causes hemorrhagic enteritis. When appropriate treatment is established after diagnosis, there is a greater chance of survival. Thus, an early assessment of the prognosis can lead to better management of this disease. Currently, there is no effective and rapid prognostic test to determine the severity of the disease when the patient is admitted to the clinic and during treatment. Therefore, the focus of this dissertation consists of a literature review on canine parvovirus disease and a case-control study to determine clinical and hematological factors associated with the unfavorable prognosis of canine disease. Data from the epidemiological survey were collected from patients who arrived at the Veterinary Hospital of the Federal University of Lavras (HV-UFLA), Brazil. Twenty-six dogs were included in the analyzes, as they are dogs with symptoms and positive for parvovirus canine, without chromatographic immunoassay or polymerase chain reaction, which are returned for reassessment or death by canine parvovirus 2 (CPV-2). Multivariate logistic regression analysis was used to assess risk factors for poor prognosis in dogs infected with CPV-2. From the literature review, it was possible to detect the need to determine the prognosis of dogs infected with CPV. In the case-control study, a canine parvovirus disease, a Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS), can be considered a risk factor for an unfavorable prognosis. This study demonstrated that patients with SIRS were 12.96 times more likely to have an unfavorable prognosis for canine parvovirus (CI 1.47 - 195.19; p <0.01). It can be concluded that the presence of SIRS at the admission of a patient to the veterinary clinic increases the probability of an unfavorable prognosis for dogs infected by CPV-2.
Resumo
As proteínas de fase aguda (PFA) são um grupo de proteínas sanguíneas que apresentam alterações nas suas concentrações em animais acometidos por infecções, inflamações, trauma cirúrgico ou mesmo submetido ao estresse. São proteínas que alteram as suas concentrações em pelo menos 25% durante a inflamação. As PFA consistem em proteínas de fase aguda negativa e/ou positiva, diminuindo ou aumentando a sua concentração, respectivamente, em resposta a um estímulo inflamatório. Dentre as PFA negativas mais importantes estão a albumina e a transferina. As PFA positivas são a haptoglobina (Hp), proteína C-reativa (CRP), amiloide A-sérico (SAA), ceruloplasmina (Cp), fibrinogênio e a alfa 1 glicoproteina ácida(APG). As avaliações da concentração das PFA e proteínas totais propiciam subsídios para adequada interpretação do estado de hidratação, bem como de inflamação, infecção, doença imunomediada e alteração da síntese proteica. Sendo as PFA mediadores inflamatórios das respostas imunes agudas, e consideradas marcadoras das lesões teciduais na sua fase aguda nos animais, é importante realizar uma revisão sobre as PFA mais importantes e suas funções nos cães e gatos.
Acute-phase proteins (APP) are a group of blood proteins exhibiting changes in their concentrations in animals suffering from infections, inflammation, surgical trauma or even which have been subjected to stress. These proteins present at least 25% changes in their concentrations during inflammation. APPs consist of negative- and positive-phase proteins that can decrease or increase their concentration in response to an inflammatory stimulus. The most important negative APP are albumin and transferrin; and the most important positive APP are haptoglobin (Hp) , C-reactive protein (CRP), serum amyloid A (SAA), ceruloplasmin (Cp), fibrinogen and alpha 1 glycoprotein acid (AGP). APP concentration and total protein reviews provide information for proper interpretation of hydration status, as well as inflammation, infection, immune-mediated diseases and impaired protein synthesis. APPs are inflammatory mediators of acute immune responses and are considered markers for tissue damages in the acute phase in animals. Therefore, it is important to further review the most important APPs and their functions in dogs and cats.
Las proteínas de fase aguda (PFA) son un grupo de proteínas sanguíneas que presentan cambios en sus concentraciones en animales acometidos por infecciones, inflamaciones, trauma quirúrgico o mismo sometido a estrés. Son proteínas que alteran sus concentraciones de al menos 25 % durante la inflamación. Las PFA consisten en proteínas de fase aguda negativa y/o positiva, disminuyendo o aumentando su concentración, respectivamente, en respuesta a un estímulo inflamatorio. Entre las PFA negativas más importantes están la albúmina y la transferrina. Las PFA positivas son la haptoglobina (Hp), proteína C - reactiva (CRP), amiloideo A-sérico (SAA), ceruloplasmina (Cp), fibrinógeno y la alfa 1-glicoproteína ácida (APG). Las evaluaciones de la concentración de las PFA y proteínas totales proporcionan informaciones para la interpretación apropiada del estado de hidratación, así como de la inflamación, infección, enfermedad inmune-mediada y alteración de síntesis proteica. Siendo las PFA mediadores de respuestas inmunes inflamatorias agudas y consideradas marcadoras de lesiones tisulares en su fase aguda en los animales, es importante llevar a cabo una revisión sobre las PFA más importantes y sus funciones en los perros y gatos.
Assuntos
Animais , Gatos , Cães , Proteínas/administração & dosagem , Proteínas/análise , Transtornos de Estresse Traumático Agudo/fisiopatologia , Transtornos de Estresse Traumático Agudo/reabilitaçãoResumo
As proteínas de fase aguda (PFA) são um grupo de proteínas sanguíneas que apresentam alterações nas suas concentrações em animais acometidos por infecções, inflamações, trauma cirúrgico ou mesmo submetido ao estresse. São proteínas que alteram as suas concentrações em pelo menos 25% durante a inflamação. As PFA consistem em proteínas de fase aguda negativa e/ou positiva, diminuindo ou aumentando a sua concentração, respectivamente, em resposta a um estímulo inflamatório. Dentre as PFA negativas mais importantes estão a albumina e a transferina. As PFA positivas são a haptoglobina (Hp), proteína C-reativa (CRP), amiloide A-sérico (SAA), ceruloplasmina (Cp), fibrinogênio e a alfa 1 glicoproteina ácida(APG). As avaliações da concentração das PFA e proteínas totais propiciam subsídios para adequada interpretação do estado de hidratação, bem como de inflamação, infecção, doença imunomediada e alteração da síntese proteica. Sendo as PFA mediadores inflamatórios das respostas imunes agudas, e consideradas marcadoras das lesões teciduais na sua fase aguda nos animais, é importante realizar uma revisão sobre as PFA mais importantes e suas funções nos cães e gatos.(AU)
Acute-phase proteins (APP) are a group of blood proteins exhibiting changes in their concentrations in animals suffering from infections, inflammation, surgical trauma or even which have been subjected to stress. These proteins present at least 25% changes in their concentrations during inflammation. APPs consist of negative- and positive-phase proteins that can decrease or increase their concentration in response to an inflammatory stimulus. The most important negative APP are albumin and transferrin; and the most important positive APP are haptoglobin (Hp) , C-reactive protein (CRP), serum amyloid A (SAA), ceruloplasmin (Cp), fibrinogen and alpha 1 glycoprotein acid (AGP). APP concentration and total protein reviews provide information for proper interpretation of hydration status, as well as inflammation, infection, immune-mediated diseases and impaired protein synthesis. APPs are inflammatory mediators of acute immune responses and are considered markers for tissue damages in the acute phase in animals. Therefore, it is important to further review the most important APPs and their functions in dogs and cats.(AU)
Las proteínas de fase aguda (PFA) son un grupo de proteínas sanguíneas que presentan cambios en sus concentraciones en animales acometidos por infecciones, inflamaciones, trauma quirúrgico o mismo sometido a estrés. Son proteínas que alteran sus concentraciones de al menos 25 % durante la inflamación. Las PFA consisten en proteínas de fase aguda negativa y/o positiva, disminuyendo o aumentando su concentración, respectivamente, en respuesta a un estímulo inflamatorio. Entre las PFA negativas más importantes están la albúmina y la transferrina. Las PFA positivas son la haptoglobina (Hp), proteína C - reactiva (CRP), amiloideo A-sérico (SAA), ceruloplasmina (Cp), fibrinógeno y la alfa 1-glicoproteína ácida (APG). Las evaluaciones de la concentración de las PFA y proteínas totales proporcionan informaciones para la interpretación apropiada del estado de hidratación, así como de la inflamación, infección, enfermedad inmune-mediada y alteración de síntesis proteica. Siendo las PFA mediadores de respuestas inmunes inflamatorias agudas y consideradas marcadoras de lesiones tisulares en su fase aguda en los animales, es importante llevar a cabo una revisión sobre las PFA más importantes y sus funciones en los perros y gatos.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Cães , Proteínas/administração & dosagem , Proteínas/análise , Transtornos de Estresse Traumático Agudo/fisiopatologia , Transtornos de Estresse Traumático Agudo/reabilitaçãoResumo
Para avaliar o efeito do desafio com E. coli lipopolissacarídeo (LPS) sobre a exigência de lisina digestível (Lys) para suínos em crescimento usando o modelo estabelecido na Universidade de Goettingen, foi realizado um ensaio de balanço de nitrogênio. Setenta e dois suínos machos castrados [19 ± 1,49 kg de peso corporal (PC)] foram alocados em um delineamento fatorial 2 x 6 composto por dois estados de ativação imunológica (controle e desafiado com LPS) e 6 tratamentos dietéticos com níveis de Nitrogênio (N) (0,94; 1,69; 2,09, 3,04, 3,23 e 3,97% N, na ração), sendo a Lys limitante, com seis repetições e um suíno por unidade. O desafio consistiu em uma dose inicial de LPS de 30 g / kg PC por via intramuscular (IM) e uma dose subsequente de 33,6 g / kg PC após 48 h. O período experimental foi de 11 dias composto 7 dias de adaptação, e subsequentes 4 dias de coleta, avaliando-se o consumo de N (NI), a excreção de N (NEX) e a deposição de N (ND). Mediadores inflamatórios e temperatura retal (TR) foram avaliados durante período de coleta de 4 dias. Uma interação tripla (N × desafio LPS × tempo) para IgG (P < 0,05) foi observada Adicionalmente, interações dupla (desafio × tempo) foram identificadas para IgA, ceruloplasmina, transferrina, haptoglobina, glicoproteína ácida -1 (1AGp), proteína total, TR e (nível N × tempo) para transferrina, albumina, haptoglobina proteína total e TR (P < 0,05). Suínos desafiados com LPS apresentaram menor (P < 0,05) consumo de ração. Interação dupla (níveis N × desafio LPS) foi observada (P <0,05) para NI, NEX e ND, com dose-resposta evidente (P < 0,05). Suínos desafiados com LPS apresentaram menor NI e ND a 2,09% de N e 1,69 a 3,97% de N (P < 0,05), respectivamente, e maior NEX a 3,23% de N (P < 0,05). Os parâmetros obtidos pelo modelo não linear (exigência de N de mantença, NMR e deposição máxima teórica de N, NDmaxT) foram 152,9 e 197,1 mg / PCkg0,75 / d para NMR e 3,524,7 e 2,077,8 mg / PCkg0,75 / d para NDmaxT, nos grupos controle e desafiado com LPS, respectivamente. A exigência estimada de Lis digestível foi de 1994,83 e 949,16 mg / PCkg0,75 / d, respectivamente, para suínos controle e desafiados com LPS. A ingestão diária de Lys digestível necessária para atingir 0,68 e 0,54 pontos do valor de NRmaxT foi de 18,12 e 8,62 g / d, respectivamente, e a concentração ideal de Lys digestível na dieta pode mudar dependendo dos níveis de ingestão de ração. Com base nos parâmetros dos modelos derivados obtidos em ensaio de balanço de N com menor custo e tempo, foi possível diferenciar a exigência de Lis digestível para suínos em condição de desafio.
performed. Seventy-two castrated male pigs [19 ± 1.49 kg body weight (BW)] were allocated in a 2 x 6 factorial design composed by two immune activation states (control and LPS-challenged) and 6 dietary treatments with Nitrogen (N) levels (0.94; 1.69; 2.09, 3.04, 3.23, and 3.97 % N, as fed), with Lys being limiting in the dietary levels, with six replicates and one pig per unit. The challenge consisted of an initial LPS dose of 30 g/kg BW via intramuscular (IM) injection and a subsequent dose of 33.6 g/kg BW after 48 h. The experimental period lasted 11 days composed by a 7-day adaptation period, and a subsequent 4-day collection period which N intake (NI), N excretion (NEX), and N deposition (ND) evaluated. Inflammatory mediators and rectal temperature (RT) were assessed during each 4-d collection period. A 3-way interaction (N levels × LPS-challenged × time) for IgG (P <0.05) was observed. Additionally, 2-way interactions (LPS-challenge × time) were verified for IgA, ceruloplasmin, transferrin, haptoglobin, -1-acid glycoprotein (1AGp), total protein, RT, and (N levels × time) for transferrin, albumin, haptoglobin, total protein and RT (P < 0.05). LPSchallenged pigs showed lower (P < 0.05) feed intake. A 2-way interaction (N levels × LPSchallenged) was observed (P < 0.05) for NI, NEX and ND, with a dose-response evident (P < 0.05). LPS-challenged pigs showed lower NI and ND at 2.09 % of N and 1.69 to 3.97 % of N (P < 0.05), respectively and higher NEX at 3.23 % of N (P < 0.05). The parameters obtained by the nonlinear model (N maintenance requirement, NMR and theoretical maximum N deposition, NDmaxT) were 152.9 and 197.1 mg/BWkg 0.75/d for NMR, and 3.524,7 and 2.077,8 mg/BWkg 0.75/d for NDmaxT, in the control and LPS-challenged groups, respectively. The estimated digestible Lys requirement were 1994.83 and 949.16 mg / BWKg 0.75 / d, respectively, for control and LPS-challenged pigs. The daily digestible Lys intake required to achieve 0.68 and 0.54 times the NRmaxT value were 18.12 and 8.62 g/ d, respectively, and the optimal dietary digestible Lys concentration may change depending in the feed intake levels. Based on the derived models parameters obtain in N balance trial with lower cost and time, it was possible to differentiate the digestible Lys requirement for swine under the challenging conditions.
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da aplicação de lipopolissacarídeo (LPS) intrafolicular sobre o diâmetro folicular, momento da ovulação e taxa ovulatória, bem como diâmetro do corpo lúteo (CL) formado e a produção de progesterona (P4) na fase subsequente do ciclo em bovinos leiteiros. O estudo foi conduzido através de dois experimentos, utilizando protocolos de sincronização hormonal. Foram utilizadas 18 vacas da raça Jersey divididas em dois grupos (Controle ou LPS). As vacas do grupo tratado receberam uma dose de 1 µg/mL de LPS intrafolicular e foram acompanhadas através de avaliações ultrassonográficas de 12 em 12 horas para o acompanhamento do crescimento folicular, momento da ovulação e posterior mensuração do CL. No experimento 1, avaliamos o efeito do LPS no folículo dominante e constatamos que o crescimento folicular não foi interrompido após a injeção intrafolicular de LPS. No experimento 2, avaliamos o efeito do LPS no folículo pré-ovulatório e verificamos que a injeção intrafolicular de LPS provocou um retardo no crescimento folicular (P=0,02), aumento do fluxo sanguíneo folicular (P=0,05), atraso no momento da ovulação (P=0,03; Controle: 78,0 ± 4,90 h vs LPS: 106,0 ± 13,02 h) e menor taxa ovulatória quando comparadas ao grupo controle (P=0,03; Controle: 100% vs LPS: 66,6%). A temperatura corporal não apresentou alteração após 24horas da injeção intrafolicular (P=0,7), demonstrando que o LPS pode ter uma influência em nível folicular local. No entanto, apesar do diferente padrão de crescimento folicular, o diâmetro ovulatório (P=0,1) e o momento do estro (P=0,6) não foram diferentes entre os grupos. A área do tecido lúteo formado após a ovulação, bem como os níveis séricos de progesterona não foram influenciados. Este foi o primeiro estudo a avaliar o efeito local do LPS em nível folicular in vivo. Os resultados demonstraram que o LPS induziu uma resposta em nível folicular no folículo pré-ovulatório atrasando o crescimento folicular o momento da ovulação e a taxa ovulatória, indicando que processos infecciosos podem influenciar a fertilidade de bovinos.
The objective of this study was to evaluate the effect of intrafollicular lipopolysaccharide (LPS) administration on follicular diameter, moment of ovulation, ovulatory rate, as well as the corpus luteum diameter, and progesterone production in the subsequent phase of estrous cycle in dairy cattle. The study was conducted in two experiments using hormonal synchronization protocols. Eighteen Jersey cows were divided in two groups (control or LPS). Cows in treated group received 1 µg/mL of LPS intrafollicular and were evaluated by ultrasonography every 12 hours to assess follicular growth, moment of ovulation and posterior luteal size. In Experiment 1, it was evaluated the effect of LPS on dominant follicle and the results demonstrated that follicular growth was not disturbed by intrafollicular LPS administration. In Experiment 2, it was evaluated the LPS effect on preovulatory follicle and the results demonstrated that LPS delays follicular growth (P=0.02), increases follicular blood flow (P=0.05), delays ovulation (P=0.03; Control: 78.0 ± 4.90 h vs LPS: 106.0 ± 13.02 h) and reduces ovulatory rate (P=0.03; Control: 100% vs LPS: 66.6%). Corporal temperature was not affected 24 hours after LPS administration (P=0.7), demonstrating that LPS could have a local effect in the ovarian follicle. However, despite of different follicular growth, ovulatory diameter (P=0.1) and moment of estrus (P=0.6) were not different between groups. Luteal area and the serum progesterone concentration were not affected. The current study was the first experiment to evaluate the local effect of LPS at follicular level in vivo. The results demonstrated that LPS induced a follicular response, delaying follicular growth, ovulation moment and reducing ovulatory rate, indicating that infectious process can affect fertility in cattle.
Resumo
As proteínas de fase aguda (PFA) são um grupo de proteínas sanguíneas que apresentam alterações nas suas concentrações em animais acometidos por infecções, inflamações, trauma cirúrgico ou mesmo submetido ao estresse. São proteínas que alteram as suas concentrações em pelo menos 25% durante a inflamação. As PFA consistem em proteínas de fase aguda negativa e/ou positiva, diminuindo ou aumentando a sua concentração, respectivamente, em resposta a um estímulo inflamatório. Dentre as PFA negativas mais importantes estão a albumina e a transferina. As PFA positivas são a haptoglobina (Hp), proteína C-reativa (CRP), amiloide A-sérico (SAA), ceruloplasmina (Cp), fibrinogênio e a alfa 1 glicoproteina ácida (APG). As avaliações da concentração das PFA e proteínas totais propiciam subsídios para adequada interpretação do estado de hidratação, bem como de inflamação, infecção, doença imunomediada e alteração da síntese proteica. Sendo as PFA mediadores inflamatórios das respostas imunes agudas, e consideradas marcadoras das lesões teciduais na sua fase aguda nos animais, é importante realizar uma revisão sobre as PFA mais importantes e suas funções nos cães e gatos.
Acute-phase proteins (APP) are a group of blood proteins exhibiting changes in their concentrations in animals suffering from infections, inflammation, surgical trauma or even which have been subjected to stress. These proteins present at least 25% changes in their concentrations during inflammation. APPs consist of negative- and positive-phase proteins that can decrease or increase their concentration in response to an inflammatory stimulus. The most important negative APP are albumin and transferrin; and the most important positive APP are haptoglobin (Hp) , C-reactive protein (CRP), serum amyloid A (SAA), ceruloplasmin (Cp), fibrinogen and alpha 1 glycoprotein acid (AGP). APP concentration and total protein reviews provide information for proper interpretation of hydration status, as well as inflammation, infection, immune-mediated diseases and impaired protein synthesis. APPs are inflammatory mediators of acute immune responses and are considered markers for tissue damages in the acute phase in animals. Therefore, it is important to further review the most important APPs and their functions in dogs and cats.
Las proteínas de fase aguda (PFA) son un grupo de proteínas sanguíneas que presentan cambios en sus concentraciones en animales acometidos por infecciones, inflamaciones, trauma quirúrgico o mismo sometido a estrés. Son proteínas que alteran sus concentraciones de al menos 25 % durante la inflamación. Las PFA consisten en proteínas de fase aguda negativa y/o positiva, disminuyendo o aumentando su concentración, respectivamente, en respuesta a un estímulo inflamatorio. Entre las PFA negativas más importantes están la albúmina y la transferrina. Las PFA positivas son la haptoglobina (Hp), proteína C - reactiva (CRP), amiloideo A-sérico (SAA), ceruloplasmina (Cp), fibrinógeno y la alfa 1-glicoproteína ácida (APG). Las evaluaciones de la concentración de las PFA y proteínas totales proporcionan informaciones para la interpretación apropiada del estado de hidratación, así como de la inflamación, infección, enfermedad inmune-mediada y alteración de síntesis proteica. Siendo las PFA mediadores de respuestas inmunes inflamatorias agudas y consideradas marcadoras de lesiones tisulares en su fase aguda en los animales, es importante llevar a cabo una revisión sobre las PFA más importantes y sus funciones en los perros y gatos.
Assuntos
Animais , Gatos , Cães , Proteínas/administração & dosagem , Proteínas/análise , Transtornos de Estresse Traumático Agudo/fisiopatologia , Transtornos de Estresse Traumático Agudo/reabilitaçãoResumo
PURPOSE: To investigate the effects of pentoxifylline (PTX) in experimental acute pancreatitis (AP) starting drug administration after the induction of the disease. METHODS: One hundred male Wistar rats were submitted to taurocholate-induced AP and divided into three groups: Group Sham: sham-operated rats, Group Saline: AP plus saline solution, and Group PTX: AP plus PTX. Saline solution and PTX were administered 1 hour after induction of AP. At 3 hours after AP induction, peritoneal levels of tumor necrosis factor (TNF)-α, and serum levels of interleukin (IL)-6 and IL-10 levels were assayed by Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA). Determinations of lung myeloperoxidase activity (MPO), histological analysis of lung and pancreas, and mortality study were performed. RESULTS: PTX administration 1 hour after induction of AP caused a significant decrease in peritoneal levels of TNF-α and in serum levels of IL-6 and IL-10 when compared to the saline group. There were no differences in lung MPO activity between the two groups with AP. A decrease in mortality was observed in the PTX treatment compared to the saline group. CONCLUSIONS: Administration of PTX after the onset of AP decreased the systemic levels of proinflammatory cytokines, raising the possibility that there is an early therapeutic window for PTX after the initiation of AP.(AU)
OBJETIVO: Investigar os efeitos da pentoxifilina (PTX) na pancreatite aguda (PA) experimental administrando a droga após a indução da doença. MÉTODOS: Cem ratos machos Wistar foram submetidos à indução da PA através da infusão de taurocolato de sódio e divididos em três grupos: Grupo Sham: sham-operated ratos, Grupo Salina: AP e solução salina, e Grupo PTX: AP e PTX. Solução salina e PTX foram administradas 1 hora após a indução da PA. Três horas após indução da PA os níveis de fator de necrose tumoral (TNF)-α no líquido peritoneal e os níveis séricos de interleucina (IL)-6 e IL-10 foram analisados pelo método de Enzima Imunoensaio (ELISA). A atividade da mieloperoxidase (MPO) foi analisada no pulmão e foram realizadas análises histológicas do pulmão e pâncreas, além do estudo da mortalidade. RESULTADOS: A administração de PTX 1 hora após a indução da PA reduziu significativamente os níveis de TNF-α peritoneal e os níveis séricos de IL-6 e IL-10 quando comparado ao grupo salina. Redução na mortalidade foi observado após o tratamento com PTX comparado ao grupo salina. CONCLUSÃO: A administração de PTX após a indução da PA diminuiu os níveis sistêmicos de citocinas pró-inflamatórias, sugerindo a possibilidade de que existe uma janela terapêutica para PTX após o início do PA.(AU)
Assuntos
Animais , Ratos/classificação , Pentoxifilina/administração & dosagem , Pancreatite/patologia , Inflamação/patologia , Ácido Taurocólico/toxicidade , CitocinasResumo
Objetivou-se avaliar a produção das citocinas pró-inflamatórias interleucina 1 (IL1), interleucina 6 (IL6) e quimiocina CXCL8, por explantes endometriais de novilhas azebuadas, estimulados por padrões moleculares associados a patógenos (PAMP). As concentrações de citocinas em meio de cultivo foram mensuradas por meio de ELISA. Explantes endometriais foram estimulados por diferentes concentrações de lipopolissacarídeo (LPS), lipoproteína triacetilada sintética (PAM3) e peptideoglicano (PGN). A dinâmica de produção, o acúmulo de citocinas ao longo do tempo e a produção de citocinas por explantes endometriais provenientes de tratos genitais em diferentes fases do ciclo estral foram avaliados em explantes endometriais estimulados por 1,0 µg/mL de LPS. Explantes endometriais produziram maiores concentrações de IL6 em resposta a 0,1 e 1,0 µg/mL de LPS (P<0,01), CXCL8 em resposta a 1,0 µg/mL de LPS (P<0,05) após 24 horas de cultivo, e IL1 em resposta a 10,0 µg/mL de PGN (P<0,01) após 24 e 48 horas de cultivo. Explantes estimulados por LPS apresentaram maior produção de IL6 durante as 12 horas iniciais de cultivo (P< 0,05), acumulando maiores concentrações de IL6 após seis (P<0,05) e 24 horas (P<0,01) de cultivo e IL1 após 24 horas (P<0,05). Explantes endometriais de tratos genitais em fase de metaestro, estimulados por LPS, produziram maiores concentrações de IL6 (P<0,05) após 24 horas de cultivo, porém não houve diferença significativa entre as produções de citocinas por explantes endometriais provenientes de tratos genitais em diferentes fases do ciclo estral. Conclui-se que explantes endometriais de novilhas azebuadas em fase de diestro respondem à estimulação por PAMP com produção de IL1 e IL6 e que fases do ciclo estral não influenciam na produção das citocinas pró-inflamatórias por explantes estimulados por LPS.
The objective of this study was to evaluate the production of proinflammatory cytokines interleukin 1 (IL1), interleukin 6 (IL6) and chemokine CXCL8, by endometrial explants of zebu based heifers stimulated by pathogen-associated molecular patterns (PAMP). The concentration of cytokines in culture medium were measured by ELISA. Endometrial explants were stimulated by different concentrations of lipopolysaccharide (LPS), synthetic triacetylated lipoprotein (PAM3) and peptideoglycan (PGN). The dynamics of production, accumulation of cytokines over time and the production of cytokines by endometrial explants from genital tracts in different phases of the estrous cycle were evaluated in endometrial explants stimulated by 1.0 g/mL LPS. Endometrial explants produced higher concentrations of IL6 in response to 0.1 and 1.0 g/mL of LPS (P<0.01), CXCL8 in response to 1.0 g/mL of LPS (P<0.05) after 24 hours of culture, and IL1 in response to 10.0 g/mL of PGN (P<0.01) after 24 and 48 hours of culture. LPS-stimulated explants showed higher IL6 production during the initial 12 hours of culture (P<0.05), accumulating higher concentrations of IL6 after six (P<0.05) and 24 hours (P<0.01) of culture and IL1 after 24 hours (P<0.05). Endometrial explants of metaestrus genital tracts produced higher concentrations of IL6 (P<0.05) after 24 hours of culture, but there was no significant difference between cytokine productions by endometrial explants from genital tracts in different phases of estrous cycle. In conclusion, endometrial explants of zebu based heifers in diestrus respond to stimulation by PAMP with production of IL1 and IL6 and that phases of the estrous cycle do not influence the production of proinflammatory cytokines by LPS-stimulated explants
Resumo
A Coagulação Intravascular Disseminada (CID) é uma síndrome caracterizada pela ativação sistêmica da coagulação sanguínea, levando à trombose microvascular difusa e podendo comprometer a função de múltiplos órgãos. O acelerado consumo de plaquetas e fatores de coagulação pode, no entanto, dar origem a um estado de hipocoagulabilidade, o que confere à CID uma característica paradoxal na qual o excesso de coagulação pode causar uma diátese hemorrágica. Doenças que levam à Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) estão entre os principais gatilhos da CID. A pancreatite é uma dessas doenças. O maior desafio para o médico veterinário é diagnosticar a CID na fase precoce, silenciosa e de hipercoaguabilidade, visto que os teste laboratoriais de rotina, como contagem de plaquetas, tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), detectam apenas o estado de hipocoaguabilidade, que se estabelece na fase mais avançada da síndrome. Nesse contexto ganham importância os analisadores tromboelastográficos, equipamentos que avaliam a coagulação em sangue total e que, ao menos em tese, podem informar a velocidade de formação do coágulo, a força máxima que ele atinge e os padrões de sua dissolução. Este estudo é o primeiro realizado em cães com o aparelho ReoRox G2 (MediRox), uma da marcas disponíveis no mercado. Limites de normalidade para as variáveis do aparelho foram definidos a partir da análise do sangue de 49 animais clinicamente saudáveis para três tipos de reação: acelerada com fator tecidual (TF), acelerada com TF e um antagonista de agregação plaquetária (abciximab) e apenas com sangue recalcificado. Em seguida, foram comparados a esse intervalo de referência os valores obtidos pela análise tromboelastográfica do sangue de seis pacientes com pancreatite recém-diagnosticada. Nos três tipos de reação pelo menos 50% dos pacientes do Grupo Pancreatite apresentaram alterações sugestivas de hipercoaguabilidade. A variável MAXELAST (força máxima do coágulo) foi a que esteve alterada com mais frequência entre os animais doentes. Não houve alteração nos marcadores de velocidade de fibrinólise. Estudos prospectivos que associem outras variáveis de trombose, protocolos de tratamento e prognóstico de pacientes com doenças subjacentes que predisponham à CID são necessários para que se possa afirmar que o traçado obtido pela tromboelastografia realmente representa um estado de hipercoaguabilidade in vivo em pacientes com pancreatite
Disseminated Intravascular Coagulation (DIC) is a syndrome characterized by systemic activation of blood clotting, leading to diffuse microvascular thrombosis and may compromise multiple organ function. The accelerated consumption of platelets and coagulation factors may, however, originate a state of hypocoagulability, which gives the DIC a paradoxical characteristic in which excess coagulation can lead to a hemorrhagic diathesis. Diseases which cause Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) are among the major triggers of DIC, including pancreatitis. The greatest challenge for veterinarians is to diagnose DIC in the early, silent and hypercoagulable phase, since routine laboratory tests, such as platelet count, prothrombin time (PT) and activated partial thromboplastin time (APTT), detect only the state of hypocoagulability, which occurs in the most advanced stage of the syndrome. In this context, thromboelastography analyzers stand out. They are equipment which evaluate coagulation in whole blood and, at least in theory, inform the speed of clot formation, its maximum force and how it dissolves. This is the first study performed in dogs with the ReoRox G2 (MediRox), one of the brands available in the market. Limits of reference were defined from blood analysis of 49 healthy animals for three reaction types: accelerated with tissue factor (TF), accelerated with TF and a platelet aggregation antagonist (abciximab) and with only recalcified blood. Next, values obtained by blood thromboelastographic analysis of six patients with newly diagnosed pancreatitis were compared to this reference range. In all three types of reactions, at least 50% of patients in the Pancreatitis Group presented alterations suggestive of hypercoagulability. The variable MAXELAST (maximum clot strength) was the one that was most frequently altered among ill animals. There was no change in fibrinolysis rate markers. Prospective studies associating other thrombosis variables, treatment protocols, and prognosis of patients with underlying diseases predisposing to DIC are necessary to confirm that the pathway obtained by thromboelastography actually represents a state of hypercoaguability in vivo in patients with pancreatitis.
Resumo
-A endometrite persistente pós-cobertura (EPPC) é uma afecção que acomete uma parcela significativa das éguas que estão em programas de reprodução. Em vista disso, o objetivo desta revisão de literatura foi abordar a fisiopatologia da EPPC e seus tratamentos. Após a cobertura ou inseminação artificial (IA) é fisiológico que ocorra inflamação no interior do útero a fim de promover a limpeza uterina e drenagem dos debris celulares e contaminantes. Éguas que são susceptíveis a EPPC permanecem com acúmulo de líquido uterino e elevado infiltrado neutrofílico no interior do útero por mais de 36 horas após o contato com o sêmen. Para que essas fêmeas possam ser utilizadas na reprodução e se obtenha índices de fertilidade aceitáveis é necessário controlar a inflamação, oferecendo um ambiente uterino adequando para o embrião. A maioria dos tratamentos usados para as éguas com EPPC são paliativos, como a utilização de fármacos ecbólicos e lavagem uterina para auxiliar na retirada do líquido e os polimorfonucleares (PMNs) acumulados no interior do útero. Outros tratamentos tem sido sugeridos, como os imunomoduladores que atuam bloqueando a resposta inflamatória inicial, evitando a liberação de mediadores inflamatórios. Recentemente tem sido mencionada a utilização de anti-inflamatórios não esteroidáis (AINEs) para o tratamento de éguas susceptíveis, que atuam bloqueando a cicloxigenase (COX) interrompendo assim liberação das prostaglandinas (PGs) que são as causadoras do processo inflamatório. Um dos AINEs utilizado em equinos para o tratamento de outras alterações é o firocoxib, por ser seletivo a COX-2, não atua sobre a COX-1, evitando os efeitos adversos por essa via fisiológica. Esse medicamento pode se tornar uma opção para o tratamento de EPPC após ser comprovada sua eficiência.
-The persistente post-breedind endometritis (PPBE) is one pathology that affects significant part of the mares that are in breeding programs. The objective of this study was to make a literature review on the PMIE and their possible treatments. After mating or artificial insemination (AI) an physiological inflammation happens inside the uterus for uterine cleaning and drainage of cellular debris and contaminants. Mares that are susceptible to this type of endometritis can not make the proper uterine cleaning and remain with accumulated fluid and a high neutrophilic infiltrate inside the uterus for more than 36 hours after contact with semen. For that these females can be used for reproduction and be able to get acceptable fertility rates is necessary the control of this inflammation, offering a suitable uterine environment for the embryo. Most treatments that are used for PMIE mares are palliative, such as the use of ecbolic drugs and uterine wash to aid in removal of liquid and polymorphonuclear (PMNs) accumulated in the uterus. Other treatments have been suggested, such as the imunomodulatory treatment that act by blocking the initial inflammatory response, preventing the release of inflammatory mediators. Recently it has been mentioned the use of nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) for the treatment of susceptible mares, working by blocking the cyclooxygenase (COX) and interrupting the release of prostaglandins (PGs) that are the cause of the inflammatory process. A NSAID used in horses for treatment of other pathologies is firocoxib, being a selective COX-2 drug that has no effect on COX-1, avoiding the adverse effects by this physiological route. This medicine may become an option for the treatment of PMIE after proven effectiveness tests.
Resumo
O herpesvirus equino tipo 1 (EHV-1) é um importante patógeno que causa doença respiratória, abortamento e desordens neurológicas em equinos. O presente estudo foi realizado visando avaliar a resposta inflamatória causada pelo EHV-1 por meio da análise das manifestações clínicas, alterações histopatológicas e resposta imune do hospedeiro no sistema nervoso central (SNC). Camundongos das linhagens BALB/c (H2d), C57BL/6 (H2b) e C3H/HeJ (H2k) foram inoculados por via intranasal com as estirpes brasileiras A4/72 e A9/92 do EHV-1. Nesse estudo, associou-se a histopatologia, a resposta de citocinas pró-inflamatórias no SNC de camundongos das diferentes linhagens e o método de transcrição reversa seguida pela reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real (RT-qPCR) para investigar a relação entre a infecção pelo EHV-1 e a resposta inflamatória com o desenvolvimento de lesões. As estirpes brasileiras A4/72 e A9/92 do EHV-1 causaram infecção aguda e letal nas diferentes linhagens de camundongos isogênicos. Os sinais clínicos e neurológicos, tais como perda de peso, pelos arrepiados, postura arqueada, apatia, dispneia, desidratação e sialorreia apareceram entre o 2º e 3º dia pós-infecção (dpi). Essas manifestações foram acompanhadas pelo aumento da sensibilidade a estímulos externos, convulsões, recumbência e morte. As alterações histopatológicas consistiram em necrose neuronal, edema, necrose de liquefação, leptomeningite neutrofílica, manguito perivascular, hemorragia focal, inflamação não supurativa, gliose multifocal e infiltração perivascular de células polimorfonucleares e mononucleares. As características e a extensão das lesões variaram entre as linhagens de camundongos. Animais inoculados com a estirpe A4/72 apresentaram lesões histopatológicas de maior grau de severidade quando comparados com aqueles inoculados com a estirpe A9/92. Observou-se aumento da concentração plasmática de TNF-, IL-6, CCL2 e IFN-g nos camundongos infectados pelo EHV-1 no 2º dpi. Detectou-se aumento da concentração plasmática e da expressão de mRNA para TNF-, IL-6 e CCL2 no SNC dos camundongos infectados pelo EHV-1 no 3º dpi; entretanto, não houve aumento da concentração plasmática nem da expressão de mRNA para IFN-g no 3º dpi. Evidenciou-se que a estirpe A4/72 do EHV-1 induz uma resposta imune sistêmica mais efetiva, enquanto que o vírus A9/92 culmina em uma resposta imunológica mais efetiva no SNC. Os camundongos com o fundo genético C57BL/6 e BALB/c mostraram níveis mais altos de expressão de mRNA para TNF-, IL-6 e CCL2, quando comparados com os C3H/HeJ. A gravidade dos sinais clínicos observados em camundongos infectados pode ser correlacionada com o pico dessas citocinas pró-inflamatórias (TNF- e IL-6) e da quimiocina CCL2, que são produzidas logo após a infecção viral por células residentes da glia e/ou infiltrativas no SNC. Esses achados indicam que as diferentes linhagens de camundongos isogênicos são susceptíveis à infecção por estirpes neuropatogênicas do EHV-1; as diferenças no padrão de alterações histopatológicas mostram que elas dependem do hospedeiro infectado, da estirpe viral e da resposta imunológica; e a supressão do interferon (IFN) tipo 1 sugere ser um mecanismo de escape do EHV-1 frente ao sistema imune. A baixa expressão de IL-6, TNF- e da quimiocina CCL2 em camundongos C3H/HeJ se explica pela mutação no gene toll-like receptor 4 (TLR-4) existente nessa linhagem de camundongo. Adicionalmente, os camundongos C3H/HeJ apresentaram lesões histopatológicas mais severas no SNC quando comparados com BALB/c e C57BL/6. Sugere-se que o IFN tipo I e o gene TLR-4 apresentam importante papel na patogênese do EHV-1 bem como proteínas do agente viral responsáveis pela supressão do IFN e partículas virais que sejam reconhecidas pelo TLR-4 podem ser alvos para o desenvolvimento de novas abordagens para o tratamento da doença viral e para a eficiência de imunógenos.
The equine herpesvirus type 1 (EHV-1) is an important pathogen that causes respiratory disease, abortion and neurological disorders in horses. This study was conducted to evaluate the inflammatory response caused by EHV-1 by the analysis of clinical manifestations, histopathological changes and the host immune response in the central nervous system (CNS). BALB/c (H2d), C57BL/6 (H2b) and C3H/HeJ (H2k) mice were inoculated intranasally with Brazilian EHV-1 strains A4/72 and A9/92. In this study, joined histopathology, the response of proinflammatory cytokines in the CNS of mice of different strains and reverse transcription method followed by quantitative polymerase chain reaction in real time (RT-qPCR) to investigate the relationship between infection by EHV-1 and inflammatory response in the development of lesions. Brazilian strains A4/72 and A9/92 EHV-1 caused acute lethal infection in different strains of inbred mice. Clinical and neurological signs such as weight loss, the bristly hair, hunched posture, apathy, dyspnoea, dehydration and salivary hypersecretion appeared between 2nd and 3rd day after infection (dpi). These events were accompanied by increase in the sensitivity to external stimuli, convulsions, recumbency and death. Histopathological changes were neuronal necrosis, edema, liquefaction necrosis, neutrophilic leptomeningitis, perivascular cuff, focal hemorrhage, non-suppurative inflammation, multifocal gliosis and perivascular infiltration of polymorphonuclear and mononuclear cells. The characteristics and the extent of the injuries varied between strains of mice. Animals inoculated with the A4/72 strain showed histopathological lesions of greater severity when compared with those inoculated with the A9/92 strain. There was an increase in plasma concentrations of TNF-, IL-6, CCL2 and IFN-g in mice infected by EHV-1 in 2nd dpi. Plasma concentrations and the expression of mRNA for TNF-, IL-6 and CCL2 in the CNS of mice infected with EHV-1 at 3rd dpi were increased; however, there was no increase in plasma concentration or expression for the mRNA of IFN-g at 3rd dpi. It was evident that the EHV-1 strain A4/72 induces a more effective systemic immune response, whereas the A9/92 virus culminates in a more effective immune response in the CNS. The C57BL/6 and BALB/c mice showed higher levels of mRNA expression for TNF-, IL-6 and CCL2, compared to C3H/HeJ mice. The severity of clinical signs observed in infected mice can be correlated with the peak of these proinflammatory cytokines (TNF- and IL-6) and CCL2 chemokine, which are then produced after viral infection by resident glial cells and/or infiltrative cells in the CNS. These findings indicate that different strains of inbred mice are susceptible to infection neuropathogenic EHV-1 strains; the differences in the pattern of pathological changes show that they depend on the infected host, the EHV-1 strain and the immune response; and the suppression of interferon (IFN) type I suggested to be an escape mechanism for the EHV-1 against the immune system. The low expression of IL-6, TNF- and chemokine CCL2 in C3H/HeJ mice can be explained by a mutation in toll-like receptor 4 (TLR-4) gene existing in this mouse strain. Additionally, C3H/HeJ mice exhibited more severe histopathological lesions in the CNS as compared to BALB/c and C57BL/6. It is suggested that type I IFN and TLR-4 gene have important role in the pathogenesis of EHV-1 and viral agent proteins responsible for the suppression of IFN and the viral particles that are recognized by TLR-4 can be targets for the development of new approaches for the treatment of viral disease and the efficiency of immunogens.
Resumo
O nematódeo Toxocara canis é o principal agente etiológico causador da toxocaríase, doença com significativa prevalência em humanos. A resposta inflamatória desencadeada por esse parasito na mucosa intestinal do hospedeiro, assim como o sítio de penetração das larvas no intestino, ainda não está completamente esclarecida. Os probióticos vem sendo utilizados e tem se mostrado benéficos como medida preventiva contra infecções intestinais, dentre estes Saccharomyces boulardii, que possui reconhecida ação imunomoduladora. O objetivo desse trabalho foi avaliar a resposta inflamatória desencadeada por T. canis na mucosa intestinal, com e sem suplementação por S. boulardii. Para avaliar os principais locais de penetração larvária foi realizada inicialmente uma análise da resposta imune de mucosa através de cortes histológicos de intestino de animais inoculados por 200 e 5000 ovos de T. canis. A seguir, foi realizada avaliação imunológica da mucosa intestinal de camundongos inoculados por 100 larvas de T. canis. Os resultados encontrados mostram uma acentuada resposta inflamatória e células de Paneth alteradas no intestino delgado, nas porções do final do duodeno e inicio do jejuno. As larvas de T. canis mostraram capacidade quatro vezes maior de infecção por via oral, quando comparadas à via intraperitoneal. A infecção por T. canis suprimiu a transcrição gênica de IL-12, enquanto que S. boulardii aumentou a transcrição gênica desta citocina, a nível esplênico, no entanto, este probiótico não demonstrou capacidade protetora quando os camundongos foram inoculados com larvas de T. canis. Os resultados aqui apresentados sugerem que, a penetração das larvas de T. canis ocorre nos segmentos iniciais do intestino delgado, sendo que a via oral foi mais eficiente na infecção. As células de Paneth aumentadas sugerem a participação dessas células na resposta imune contra o parasito. Além disso, S. boulardii não apresentou capacidade protetora na infecção por larvas de T. canis nas duas modalidades de infecção, possivelmente devido a diminuição da transcrição gênicas da IL-12 causada pelo T. canis, ter sido mais eficiente do que a capacidade de estimulação do probiótico.
The nematode Toxocara canis is the main etiologic agent of toxocariasis, a disease with significant prevalence in humans. The inflammatory response in the intestine of the parasite, as well as the penetration site in the intestine of the larvae is not yet fully elucidated. As a preventive measure against intestinal infections, probiotics have been used and to be useful, including Saccharomyces boulardii, which has recognized immunomodulatory action. The objective of this study was to evaluate the inflammatory response triggered by T. canis in the intestinal mucosa, with or without supplementation with S. boulardii. To assess the main sites of larval penetration, was initially performed an analysis of the immune response of mucosa through histological animal gut cuts inoculated 200 and 5000 T. canis eggs. Subsequently, an immunological evaluation of intestinal mucosa from mice inoculated was performed by 100 larvae of T. canis The results show a stronger inflammatory response and increased Paneth cells in the small intestine, the duodenum end portions, and the beginning of the jejunum. T. canis larvae showed a fourfold greater ability to oral infection compared to intraperitoneal infection. T. canis infection suppressed gene transcription of IL-12 while S. boulardii increased gene transcription of cytokines in spleen level, however, this probiotic not shown protective capacity when mice were inoculated with larvae of T. canis. The results presented here suggest that the penetration of larvae of T. canis occurs in the initial segment of the small intestine, and the oral infection was more efficient. The Paneth cells increased suggest the participation of these cells in the immune response against the parasite. Furthermore, S. boulardii had no protective capacity in T. canis infection of larvae in both modes of infection, probably because the suppression of IL-12 caused by helminths was more efficient than the capacity of the probiotic stimulation.
Resumo
Com o objetivo de avaliar a função miocárdica e autonômica de cães com sepse, foram estudadas 17 cadelas com diagnóstico de piometra e critérios de positividade para síndrome da resposta inflamatória sistêmica. Esses animais foram submetidos à avaliação ecocardiográfica e variabilidade da frequência cardíaca, além de avaliação hematológica, bioquímica sérica, dosagem das concentrações de TNF-, IL-1, IL-6, IL-10 e proteína C reativa, no momento do diagnóstico (T-0) e 15 (T-15) e 30 (T-30) dias após a histerectomia. Dentre os parâmetros ecocardiográficos, foi observada diminuição do tempo de desaceleração da onde E do fluxo mitral em T-0 em relação ao T-30 (68,0 ± 49,1 e 111,0 ± 63,8; p=0,035) e tempo de relaxamento isovolumétrico também em T-0 em relação ao T-30 (61,5 ± 15,6 e 70,0 ± 13,6; p=0,0002). Foi observada também correlação negativa significativa entre os índices de função sistólica, fração de encurtamento e fração de ejeção, e a concentração sérica de proteína C reativa (r=-0,324, p=0,02 e r=-0,332, p=0,01, respectivamente). Em relação à avaliação do sistema autonômico, foi observada redução de todos os parâmetros da variabilidade da frequência cardíaca em T-0 em relação aos demais momentos, com p<0,0001 para todos os índices. Assim, nas condições do presente estudo foi possível concluir que fêmeas caninas com sepse de ocorrência natural apresentam disfunção autonômica, refletido pela diminuição de todos os parâmetros da variabilidade da frequência cardíaca e que a proteína C reativa pode desempenhar um papel na patogênese da progressão do comprometimento cardíaco
In order to assess myocardial and autonomic function in dogs with sepsis were studied 17 bitches diagnosed with pyometra and positive criteria for systemic inflammatory response syndrome. These animals underwent echocardiographic and heart rate variability tests, and also hematological evaluation, serum biochemistry, and serum TNF-, IL-1, IL-6, IL-10 and C-reactive protein, at diagnosis (T-0) and 15 (T-15) and 30 (T-30) days after hysterectomy. Among the echocardiographic parameters were observed decrease in E mitral flow deceleration time in T-0 relative to the T-30 (68.0 ± 49.1 and 111.0 ± 63.8; p = 0.035) and isovolumetric relaxation time in relation to T-0 and T-30 (61.5 ± 15.6 and 70.0 ± 13.6, p = 0.0002). It was also observed a significant negative correlation between indexes of systolic function, fractional shortening and ejection fraction, and the serum concentration of C-reactive protein (r = -0.324, p = 0.02 and r = -0.332, p = 0.01, respectively). Regarding the assessment of the autonomic system, there was a reduction of all parameters of heart rate variability in T-0 compared to other moments, with p <0.0001 for all indexes. Thus, under the circumstances of the present study, it was possible to conclude that female dogs with naturally occurring sepsis present autonomic dysfunction, reflected by the reduction of all parameters of heart rate variability, and C-reactive protein may play a pathogenic role in the progression of cardiac involvement.
Resumo
A videocirurgia tem sido amplamente empregada como ferramenta diagnóstica ou método cirúrgico na rotina de cães e gatos. Dentre as vantagens estão as pequenas incisões, a menor dor pós-operatória, a rápida recuperação dos pacientes e a reduzida perda sanguínea. Mesmo as cirurgias eletivas, nas modalidades convencional ou videocirúrgica, promovem inflamação e estresse oxidativo que podem vir a causar complicações sistêmicas, aumentando a morbidade dos procedimentos. Objetiva-se revisar os processos que envolvem a inflamação e o estresse oxidativo em cirurgias videolaparoscópicas de cães, visando a melhor compreensão dos processos que envolvem a formação de catabólitos inflamatórios, radicais livres e peroxidação lipídica.AU
Currently, laparoscopy is widely used as a diagnostic tool and surgical method in the surgical routine of dogs and cats. Among the advantages are the small incisions, less postoperative pain and faster recovery. Even elective surgeries, in conventional or videosurgical modalities, promote inflammation and oxidative stress that may cause systemic complications, increasing the morbidity of the procedure. The objective of this paper is to review the processes involving inflammation and oxidative stress in dogs underwent to laparoscopic surgeries, in order to better understand the processes that involve the formation of inflammatory catabolites, free radicals and lipid peroxidation.AU
Assuntos
Animais , Gatos , Cães , Estresse Oxidativo , Inflamação/cirurgia , Inflamação/veterinária , Cirurgia Vídeoassistida/veterináriaResumo
A videocirurgia tem sido amplamente empregada como ferramenta diagnóstica ou método cirúrgico na rotina de cães e gatos. Dentre as vantagens estão as pequenas incisões, a menor dor pós-operatória, a rápida recuperação dos pacientes e a reduzida perda sanguínea. Mesmo as cirurgias eletivas, nas modalidades convencional ou videocirúrgica, promovem inflamação e estresse oxidativo que podem vir a causar complicações sistêmicas, aumentando a morbidade dos procedimentos. Objetiva-se revisar os processos que envolvem a inflamação e o estresse oxidativo em cirurgias videolaparoscópicas de cães, visando a melhor compreensão dos processos que envolvem a formação de catabólitos inflamatórios, radicais livres e peroxidação lipídica.
Currently, laparoscopy is widely used as a diagnostic tool and surgical method in the surgical routine of dogs and cats. Among the advantages are the small incisions, less postoperative pain and faster recovery. Even elective surgeries, in conventional or videosurgical modalities, promote inflammation and oxidative stress that may cause systemic complications, increasing the morbidity of the procedure. The objective of this paper is to review the processes involving inflammation and oxidative stress in dogs underwent to laparoscopic surgeries, in order to better understand the processes that involve the formation of inflammatory catabolites, free radicals and lipid peroxidation.