Resumo
Objetivou-se com este estudo comparar a associação de detomidina e cetamina ou dextrocetamina, por via intravenosa contínua, em oito cadelas submetidas a dois protocolos: GCD - indução anestésica com 5mg/kg e infusão intravenosa contínua de 20mg/kg/h de cetamina; e GDD - indução com 3,5mg/kg e infusão de 14mg/kg/h de dextrocetamina. Associou-se detomidina, 30µg/kg/h, em ambos os grupos. Registraram-se frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), frequência respiratória (f), temperatura (TC), miorrelaxamento, analgesia, hemogasometria e eletrocardiograma, antes e 15 minutos após a MPA (Mbasal e Mmpa); após o início da infusão (Mic); a cada 10 minutos até 90 minutos (M10, M20, M30, M40, M50, M60, M70, M80 e M90); e 30 minutos após o fim da infusão (M120). Foi observada bradicardia em Mmpa no GCD e de Mmpa a M10 no GDD. Ocorreu hipotensão em Mmpa e hipertensão a partir de Mic. A f diminuiu de M10 a M30. Foram observados: onda T de alta amplitude, bloqueios atrioventriculares e parada sinusal. Ocorreu acidose respiratória. O período de recuperação foi de 219,6±72,3 minutos no GCD e de 234,1±96,8 minutos no GDD. A cetamina e a dextrocetamina, associadas à detomidina por infusão contínua, causam efeitos cardiorrespiratórios e anestésicos similares.(AU)
The combination of detomidine and ketamine or dextrocetamine for continuous intravenous infusion was compared in eight female dogs submitted to two protocols: GCD - 5mg/kg of anesthetic induction and continuous intravenous infusion of ketamine 20mg/kg/h; and GDD - induction with 3.5mg/kg and infusion of 14mg/kg/h of dextrocetamine. Detomidine, 30µg/kg/h was associated in both groups. Heart rate (HR), blood pressure (BP), respiratory rate (RR), temperature (CT), myorelaxation, analgesia, blood gas analysis and electrocardiogram were recorded before and 15 minutes after MPA (Mbasal and Mmpa); after the start of infusion (Mic); every 10 minutes to 90 minutes (M10, M20, M30, M40, M50, M60, M70, M80 and M90); and 30 minutes after the end of infusion (M120). Bradycardia was observed in Mmpa in GCD and from Mmpa to M10 in GDD. There was hypotension in Mmpa and hypertension from Mic. The RR decreased from M10 to M30. High amplitude T wave, atrioventricular blocks and sinus arrest were observed. Respiratory acidosis occurred. The recovery period was 219.6±72.3 minutes in GCD and 234.1±96.8 minutes in GDD. Ketamine and S+ ketamine associated with detomidine for continuous infusion cause cardiorespiratory and similar anesthetic effects.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Cães , N-Metilaspartato/agonistas , Agonistas alfa-Adrenérgicos/análise , Anestésicos Combinados/análise , Ketamina/uso terapêutico , Acidose Respiratória/veterinária , Taxa Respiratória , Frequência Cardíaca , Anestesia Intravenosa/veterináriaResumo
Background: The use of injectable anesthetics to induce and maintain anesthesia has been the subject of extensive research.Ketamine induces dissociative anesthesia, which is characterized by sensory loss, analgesia and amnesia without loss of consciousness. The levorotatory isomer of ketamine is dextroketamine. Detomidine, a potent myorelaxant that acts as a sedative andanalgesic, is commonly used on horses but rarely tested in dogs. The purpose of this study was to evaluate the cardiorespiratoryand anesthetic effects promoted by a combination of detomidine and dextroketamine applied via continuous intravenous infusionin bitches premedicated with midazolam and morphine.Materials, Methods & Results:Eight bitches treated at the veterinary hospital of the Federal University of Campina Grande werereferred for elective ovariohysterectomy (OHE). The animals were premedicated with 0.3 mg/kg of midazolam and 0.1 mg/kgof morphine intramuscular (IM) followed, after 15 min, with 0.02 mg/kg of detomidine IM. Fifteen min after the administration of detomidine, 3.5 mg/kg of dextroketamine was administered intravenously (IV), followed by continuous IV infusion of14 mg/kg/h of dextroketamine and 30 μg/kg/h of detomidine. Heart rate (HR), respiratory rate (RR), body temperature (BT),mean arterial pressure (MAP), myorelaxation and electrocardiogram were recorded before and 15 min after the administrationof midazolam and morphine (M0 and M1), 15 min after detomidine (M2), immediately after starting the infusion (M3), at 10min intervals up to 60 min (M4, M5, M6, M7, M8 and M9) and 30 min after the end of the infusion (M10). Blood gas variableswere analyzed at M0, M1, M2, M6, M9 and M10. Analgesia was evaluated by measuring cortisol and glucose levels at M0, threemin after dermotomy, three min after clamping the ovarian pedicle, and three min after dermorrhaphy. The quality and durationof recovery were evaluated. HR dropped significantly from...
Assuntos
Feminino , Animais , Cães , Anestesia Intravenosa/veterinária , Midazolam , Morfina , Histerectomia/veterinária , Ovariectomia/veterináriaResumo
Background: The use of injectable anesthetics to induce and maintain anesthesia has been the subject of extensive research.Ketamine induces dissociative anesthesia, which is characterized by sensory loss, analgesia and amnesia without loss of consciousness. The levorotatory isomer of ketamine is dextroketamine. Detomidine, a potent myorelaxant that acts as a sedative andanalgesic, is commonly used on horses but rarely tested in dogs. The purpose of this study was to evaluate the cardiorespiratoryand anesthetic effects promoted by a combination of detomidine and dextroketamine applied via continuous intravenous infusionin bitches premedicated with midazolam and morphine.Materials, Methods & Results:Eight bitches treated at the veterinary hospital of the Federal University of Campina Grande werereferred for elective ovariohysterectomy (OHE). The animals were premedicated with 0.3 mg/kg of midazolam and 0.1 mg/kgof morphine intramuscular (IM) followed, after 15 min, with 0.02 mg/kg of detomidine IM. Fifteen min after the administration of detomidine, 3.5 mg/kg of dextroketamine was administered intravenously (IV), followed by continuous IV infusion of14 mg/kg/h of dextroketamine and 30 μg/kg/h of detomidine. Heart rate (HR), respiratory rate (RR), body temperature (BT),mean arterial pressure (MAP), myorelaxation and electrocardiogram were recorded before and 15 min after the administrationof midazolam and morphine (M0 and M1), 15 min after detomidine (M2), immediately after starting the infusion (M3), at 10min intervals up to 60 min (M4, M5, M6, M7, M8 and M9) and 30 min after the end of the infusion (M10). Blood gas variableswere analyzed at M0, M1, M2, M6, M9 and M10. Analgesia was evaluated by measuring cortisol and glucose levels at M0, threemin after dermotomy, three min after clamping the ovarian pedicle, and three min after dermorrhaphy. The quality and durationof recovery were evaluated. HR dropped significantly from...(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Cães , Anestesia Intravenosa/veterinária , Midazolam , Morfina , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2 , Ovariectomia/veterinária , Histerectomia/veterináriaResumo
A via intranasal é uma boa alternativa por ser indolor e de fácil aplicação em aves. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos anestésicos da associação de cetamina S+ e midazolam pela via intranasal (IN) em comparação com a via intramuscular (IM) em pombos. Foram utilizados 12 pombos alocados em dois grupos com 15 dias de intervalo, os quais receberam: grupo IM: 20 mg/kg de cetamina S+ associada a 3,5 mg/kg de midazolam pela via intramuscular (musculatura do peito); e grupo IN, mesmo protocolo, porém, pela via intranasal. Os parâmetros avaliados foram: período de latência, tempo de duração em decúbito dorsal, tempo total de anestesia, tempo de recuperação e efeitos adversos. Para a análise estatística, empregou-se o teste de Wilcoxon, com as diferenças consideradas significativas quando P<0,05. O período de latência obtido foi de 30 [30-47,5] e 40 [30-50] segundos para IM e IN, respectivamente. O tempo de duração de decúbito dorsal foi de 59 [53,25-65] e 63 [37-71,25] minutos para IM e IN, respectivamente, sem diferenças significativas entre os grupos. Com relação à duração total de anestesia, foi observada diferença significativa, com 88 [86,25-94,5] e 68 [53,5-93] minutos para os grupos IM e IN, respectivamente. O tempo de recuperação foi mais curto no grupo IN (15 [4,25-19,5]) comparado ao IM (32 [28,25-38,25] minutos). Dois animais de cada grupo apresentaram regurgitação na fase de recuperação. Conclui-se que a administração de cetamina S+ e midazolam pela via intranasal é um método aceitável de administração de fármacos e produz anestesia rápida e eficaz em pombos.(AU)
The intranasal route is a good alternative because is painless and easy to perform in birds. The objective of this study was to evaluate the anesthetic effects of S+ ketamine and midazolam administered by intranasal or intramuscular route in pigeons. Twelve animals were used in a randomized and crossover design. Animals received two treatments with 2-weeks interval. IM group: animals received 20mg/kg of S+ ketamine and 3.5mg/kg of midazolam by intramuscular route (pectoral muscles); IN group: animals received the same protocol by intranasal route. Parameters evaluated were: onset of action, time of duration in dorsal recumbency; total time of anesthesia and side effects. Statistical analysis was performed using Wilcoxon test and the differences were considered significant when P<0.05. Onset of action was 30 [30-47.5] and 40 [30-50] seconds for IM and IN respectively. Time of duration in dorsal recumbency was 59 [53.25-65] and 63 [37-71.25] minutes for IM and IN respectively, without significant differences between treatments. Total time of anesthesia was 88 [86.25-94.5] and 68 [53.5-93] minutes for IM and IN, respectively, with significant difference between groups. The recovery time was lower for IN (15[4.25-19.5] minutes) compared with IM (32 [28.25-38.25] minutes). Two animals of each group presented regurgitation in the recovery period. It was concluded that S+ ketamine and midazolam administered intranasal is an acceptable method of drug delivery and can be used to promote anesthesia in pigeons.(AU)
Assuntos
Animais , Columbidae/metabolismo , Administração Intranasal/veterinária , Ketamina/administração & dosagem , Midazolam/administração & dosagem , Injeções Intramusculares/veterinária , Anestesia/efeitos adversos , Período de Recuperação da AnestesiaResumo
A anestesia dissociativa é bastante utilizada para procedimentos cirúrgicos e de contenção em pequenos ruminantes a campo, sendo a cetamina um dos exemplares mais difundidos no meio veterinário, e encontrada sob a forma de racemato ou de isômero S(+). Informações comparando os efeitos da dextrocetamina e da cetamina em animais ainda são controversas e apenas um estudo foi realizado em caprinos, submetidos ao decúbito esternal e suplementados com oxigênio. Tendo em vista estas informações, nesta dissertação serão apreciados dois artigos científicos, o primeiro submetido à Ciência Rural e o Segundo ao Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. O primeiro trabalho comparou os efeitos da cetamina com os da dextrocetamina sobre os parâmetros fisiológicos, bioquímicos e anestésicos em caprinos submetidos ao decúbito lateral direito sem suplementação de oxigênio. No segundo estudo foi realizada a comparação dos impactos cardiorrespiratórios e eletrolíticos causados pela cetamina ou dextrocetamina, em doses equipotentes, associadas à xilazina, em animais mantidos em decúbito lateral direito e sem suplementação de oxigênio. No primeiro capítulo demostrou-se que a dextrocetamina não age distintamente da cetamina quando administrados na mesma dose. Ambas promoveram estabilidade cardiovascular, com redução da frequência cardíaca, sem alterações nos parâmetros bioquímicos e não se mostraram distintas em relação às variáveis anestésicas. Os resultados do segundo artigo indicaram que tanto o racemato como a dextrocetamina associados à xilazina provocaram falha respiratória com impacto semelhante nos valores dos gases sanguíneos. De maneira idêntica, ambos os protocolos influenciaram os eletrólitos, embora sem importância clínica. Dessa forma, conclui-se que o uso da dextrocetamina não implicou benefício terapêutico adicional nem impacto cardiorrespiratório superior ao ser utilizada na mesma dose que a cetamina. Os trabalhos concluíram que a dextrocetamina, na mesma dose que a cetamina, promoveu o mesmo efeito anestésico, sem divergir em relação aos efeitos colaterais.
Dissociative anesthesia is widely used for surgical and containment procedures in small ruminants in the field, with ketamine being one of the most widespread drugs in the veterinary medium, and found as a racemate or S (+) isomer. Information comparing the effects of dextrocetamine and ketamine in animals is still controversial and only one study was carried out in goats, submitted to sternal decubitus and supplemented with oxygen. Based on this information, two scientific papers will be evaluated in this dissertation, the first submitted to the Rural Science and the second to the Brazilian Archive of Veterinary Medicine and Zootechnics. The first work compared the effects of ketamine with those of dextroketamine on the physiological, biochemical and anesthetic parameters in goats submitted to right lateral decubitus without oxygen supplementation. In the second study, we compared the cardiorespiratory and electrolytic impacts caused by ketamine or dextroketamine in equipotent doses, associated with xylazine, in animals kept in the right lateral decubitus position and without oxygen supplementation. In the first chapter it was shown that dextrocetamine does not act distinctly from ketamine when given at the same dose. Both promoted cardiovascular stability, with a reduction in heart rate, without alterations in the biochemical parameters and were not different in relation to the anesthetic variables. The results of the second article indicated that both the racemate and dextroketamine associated to xylazine caused respiratory failure with similar impact on blood gas values. Similarly, both protocols influenced electrolytes, although not of clinical importance. Thus, it was concluded that the use of dextroketamine did not imply an additional therapeutic benefit or a higher cardiorespiratory impact when used at the same dose as ketamine. The studies concluded that dextrocetamine, at the same dose at ketamine, promoted the same anesthetic effect, without diverging in relation to the side effects.
Resumo
The aim of this study was to evaluate a protocol of chemical restraint comparing the conventional method of calculation (weight dose) and allometric extrapolation. Twelve healthy red howler monkeys (Alouatta guariba clamitans), average weight 4.84±0.97kg, male and female, were used for this study. After a 12-hour period of food restriction and 6 hours of water restriction, the animals were physically restraint and the following parameters were measured: heart rate (HR), respiratory rate (RR), capillary refill time (CRT), rectal temperature (RT), non invasive systolic arterial pressure (NISAP) and arterial blood gases analysis. The animals were distributed into two groups: CG (Conventional Group, n=6), in which the animals received S(+) ketamine (5mg kg-1) and midazolam (0.5mg kg-1), by intramuscular (IM) injection; and AG (Allometry Group, n=6), in which the animals also received S(+) ketamine and midazolan IM, but the doses were calculated by allometric extrapolation. Parameters were evaluated at the following moments: M5, M10, M20 and M30 (5, 10, 20 and 30 minutes after IM injection, respectively). Muscle relaxation, pedal and caudal reflexes, interdigital pinch, recumbency time, sedation's quality and duration, and recovery time and its quality were also evaluated. The AG had a faster time for recumbency, higher period and quality of sedation, and a significantly reduction on HR and SAP from M5 to M30 when compared to CG. It was concluded that allometric extrapolation presented a better muscle relaxation and sedation without significant cardiorespiratory depression.
O objetivo deste estudo foi avaliar o protocolo de contenção química com cetamina S(+) e midazolam em bugios-ruivos, comparando o cálculo de doses pelo método convencional e o método de extrapolação alométrica. Foram utilizados 12 macacos bugios (Alouatta guariba clamitans) hígidos, com peso médio de 4,84±0,97kg, de ambos os sexos. Após jejum alimentar de 12 horas e hídrico de seis horas, realizou-se contenção física manual e aferiram-se os seguintes parâmetros: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f), tempo de preenchimento capilar (TPC), temperatura retal (TR), pressão arterial sistólica não invasiva (PANI) e valores de hemogasometria arterial. Posteriormente, os animais foram alocados em dois grupos: GC (Grupo Convencional, n=06), os quais receberam cetamina S(+) (5mg kg-1) e midazolam (0,5mg kg-1), pela via intramuscular, com doses calculadas pelo método convencional; e GA (Grupo Alometria, n=06), os quais receberam o mesmo protocolo, pela mesma via, utilizando-se as doses calculadas pelo método de extrapolação alométrica. Os parâmetros descritos foram mensurados novamente nos seguintes momentos: M5, M10, M20 e M30 (cinco, 10, 20 e 30 minutos após a administração dos fármacos, respectivamente). Também foram avaliados: qualidade de miorrelaxamento, reflexo podal e caudal, pinçamento interdigital, tempo para indução de decúbito, tempo hábil de sedação, qualidade de sedação, e tempo e qualidade de recuperação. O GA apresentou menor tempo para indução ao decúbito, maior grau e tempo de sedação, bem como redução significativa da FC e PANI de M5 até M30, quando comparado ao GC. Conclui-se que o grupo no qual o cálculo de dose foi realizado por meio da alometria (GA) apresentou melhor grau de relaxamento muscular e sedação, sem produzir depressão cardiorrespiratória significativa.
Resumo
The aim of this study was to evaluate a protocol of chemical restraint comparing the conventional method of calculation (weight dose) and allometric extrapolation. Twelve healthy red howler monkeys (Alouatta guariba clamitans), average weight 4.84±0.97kg, male and female, were used for this study. After a 12-hour period of food restriction and 6 hours of water restriction, the animals were physically restraint and the following parameters were measured: heart rate (HR), respiratory rate (RR), capillary refill time (CRT), rectal temperature (RT), non invasive systolic arterial pressure (NISAP) and arterial blood gases analysis. The animals were distributed into two groups: CG (Conventional Group, n=6), in which the animals received S(+) ketamine (5mg kg-1) and midazolam (0.5mg kg-1), by intramuscular (IM) injection; and AG (Allometry Group, n=6), in which the animals also received S(+) ketamine and midazolan IM, but the doses were calculated by allometric extrapolation. Parameters were evaluated at the following moments: M5, M10, M20 and M30 (5, 10, 20 and 30 minutes after IM injection, respectively). Muscle relaxation, pedal and caudal reflexes, interdigital pinch, recumbency time, sedation's quality and duration, and recovery time and its quality were also evaluated. The AG had a faster time for recumbency, higher period and quality of sedation, and a significantly reduction on HR and SAP from M5 to M30 when compared to CG. It was concluded that allometric extrapolation presented a better muscle relaxation and sedation without significant cardiorespiratory depression.
O objetivo deste estudo foi avaliar o protocolo de contenção química com cetamina S(+) e midazolam em bugios-ruivos, comparando o cálculo de doses pelo método convencional e o método de extrapolação alométrica. Foram utilizados 12 macacos bugios (Alouatta guariba clamitans) hígidos, com peso médio de 4,84±0,97kg, de ambos os sexos. Após jejum alimentar de 12 horas e hídrico de seis horas, realizou-se contenção física manual e aferiram-se os seguintes parâmetros: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f), tempo de preenchimento capilar (TPC), temperatura retal (TR), pressão arterial sistólica não invasiva (PANI) e valores de hemogasometria arterial. Posteriormente, os animais foram alocados em dois grupos: GC (Grupo Convencional, n=06), os quais receberam cetamina S(+) (5mg kg-1) e midazolam (0,5mg kg-1), pela via intramuscular, com doses calculadas pelo método convencional; e GA (Grupo Alometria, n=06), os quais receberam o mesmo protocolo, pela mesma via, utilizando-se as doses calculadas pelo método de extrapolação alométrica. Os parâmetros descritos foram mensurados novamente nos seguintes momentos: M5, M10, M20 e M30 (cinco, 10, 20 e 30 minutos após a administração dos fármacos, respectivamente). Também foram avaliados: qualidade de miorrelaxamento, reflexo podal e caudal, pinçamento interdigital, tempo para indução de decúbito, tempo hábil de sedação, qualidade de sedação, e tempo e qualidade de recuperação. O GA apresentou menor tempo para indução ao decúbito, maior grau e tempo de sedação, bem como redução significativa da FC e PANI de M5 até M30, quando comparado ao GC. Conclui-se que o grupo no qual o cálculo de dose foi realizado por meio da alometria (GA) apresentou melhor grau de relaxamento muscular e sedação, sem produzir depressão cardiorrespiratória significativa.
Resumo
A manutenção da pressão arterial, no transanestésico, consiste grande desafio, principalmente quando se trata da espécie equina, suscetível à instabilidade cardiovascular. Por isso, torna-se imperioso utilizar técnica anestésica que mantenham estáveis os parâmetros cardiovasculares. A cetamina tem sido amplamente empregada na indução anestésica para o halotano em equinos, conferindo-lhes estabilidade cardiovascular. A cetamina S(+), recentemente disponibilizada no mercado, induz estimulação cardiovascular e possui maior potência anestésica e analgésica em relação à cetamina. Todavia, os efeitos dessa substância, administrada por infusão contínua durante a manutenção da anestesia pelo halotano em equinos, ainda não foram avaliados. Em face da tendência atual de a infusão continuada da cetamina potencializar os anestésicos inalatórios, considerou-se pertinente avaliar os efeitos cardiovasculares e respiratórios desse isômero de cetamina em equinos anestesiados pelo halotano. Conclui-se que a infusão contínua de 0,01mg/kg/min de cetamina S(+) durante anestesia com 1,5 CAM de halotano em equinos não agravou a depressão cardiorrespiratória promovida por esse anestésico inalatório.
The horses blood pressure is susceptible to changes induced by volatile anesthetics. Because of that, the use of anesthesic techniques which keep stable the horse´s blood pressure is essencial. Ketamine is an important induction and maintenance anesthetic agent used in the horse anesthesia practice mainly to improve the blood pressure. S(+)-ketamine provides the same effects on the blood pressure, with greater analgesic results and less side effects than the normal ketamine. Although some studies have been conducted with ketamine continuous rate infusion during the halothane anesthetized horses, the S(+)-ketamine has not been evaluated yet. Considering the increased use of ketamine, it is important to evaluate its cardiovascular and respiratory effects in halothane anesthetized horses. To conclude, S(+)-ketamine 0.01mg/kg/min. continuous rate infusion did not induce additive cardiovascular and respiratory depression in halothane anesthetized horses.
Assuntos
Animais , Anestesia/efeitos adversos , Cavalos/classificação , Halotano/efeitos adversos , Pressão Arterial , Sistema CardiovascularResumo
A manutenção da pressão arterial, no transanestésico, consiste grande desafio, principalmente quando se trata da espécie equina, suscetível à instabilidade cardiovascular. Por isso, torna-se imperioso utilizar técnica anestésica que mantenham estáveis os parâmetros cardiovasculares. A cetamina tem sido amplamente empregada na indução anestésica para o halotano em equinos, conferindo-lhes estabilidade cardiovascular. A cetamina S(+), recentemente disponibilizada no mercado, induz estimulação cardiovascular e possui maior potência anestésica e analgésica em relação à cetamina. Todavia, os efeitos dessa substância, administrada por infusão contínua durante a manutenção da anestesia pelo halotano em equinos, ainda não foram avaliados. Em face da tendência atual de a infusão continuada da cetamina potencializar os anestésicos inalatórios, considerou-se pertinente avaliar os efeitos cardiovasculares e respiratórios desse isômero de cetamina em equinos anestesiados pelo halotano. Conclui-se que a infusão contínua de 0,01mg/kg/min de cetamina S(+) durante anestesia com 1,5 CAM de halotano em equinos não agravou a depressão cardiorrespiratória promovida por esse anestésico inalatório.(AU)
The horses blood pressure is susceptible to changes induced by volatile anesthetics. Because of that, the use of anesthesic techniques which keep stable the horse´s blood pressure is essencial. Ketamine is an important induction and maintenance anesthetic agent used in the horse anesthesia practice mainly to improve the blood pressure. S(+)-ketamine provides the same effects on the blood pressure, with greater analgesic results and less side effects than the normal ketamine. Although some studies have been conducted with ketamine continuous rate infusion during the halothane anesthetized horses, the S(+)-ketamine has not been evaluated yet. Considering the increased use of ketamine, it is important to evaluate its cardiovascular and respiratory effects in halothane anesthetized horses. To conclude, S(+)-ketamine 0.01mg/kg/min. continuous rate infusion did not induce additive cardiovascular and respiratory depression in halothane anesthetized horses.(AU)
Assuntos
Animais , Cavalos/classificação , Anestesia/efeitos adversos , Halotano/efeitos adversos , Pressão Arterial , Sistema CardiovascularResumo
Estudaram-se os efeitos da infusão contínua da associação propofol e cetamina sobre variáveis fisiológicas e eletrocardiográficas e sua possível analgesia em 12 cadelas. Após indução com propofol, os animais receberam 0,4mg/kg/min de propofol + 0,2mg/kg/min de cetamina racêmica (n = 6, grupo PC) ou 0,4mg/kg/min de propofol + 0,1mg/kg/min de cetamina S+ (n = 6, grupo PCS). Avaliaram-se: teste álgico, freqüência cardíaca (FC), parâmetros eletrocardiográficos, freqüência respiratória (FR), pressão arterial sistólica, média e diastólica (PAS, PAM, PAD), saturação da oxiemoglobina (SpO2) e temperatura retal (TR). Houve elevação da FC sem alterações eletrocardiográficas, com exceção de aumento na amplitude da onda T em um animal de cada grupo. A FR diminuiu, e os valores de SpO2 ficaram abaixo de 90 por cento em alguns momentos nos dois grupos. PAS, PAM e PAD diminuíram, mas não houve diferença entre os protocolos. Não se observou analgesia em sete animais, três cadelas apresentaram analgesia discreta, e apenas duas demonstraram analgesia favorável. Conclui-se que os protocolos são seguros em cadelas, contudo não há analgesia suficiente para procedimento cirúrgico. As alterações eletrocardiográficas foram relacionadas à FC e à amplitude de onda T, sendo esta sugestiva de hipóxia do miocárdio.(AU)
The effects of propofol and ketamine on physiological parameters, electrocardiography, and analgesia were evaluated in twelve dogs that received propofol-ketamine (0.4mg/kg/min + 0.2mg/kg/min, n=6, PK group) or propofol-S+ketamine (0.4mg/kg/min + 0.1mg/kg/min, n=6, PKS group) after induction of anesthesia with propofol (8.0mg/kg). Assessments of pain; heart rate (HR); electrocardiography (ECG); respiratory rate (RR); systolic, medium, and diastolic arterial pressures (SAP, MAP, DAP); saturation of hemoglobin (SpO2); and rectal temperature (RT) were conducted. There was a rise in HR with no electrocardiographically changes, but an increase in amplitude of T wave in one animal of each group. RR decreased and SpO2 were lower than 90 percent in two moments of both groups. SAP, MAP, and DAP were reduced during the experimental period, but with no statistical difference between the protocols. There was no analgesia in seven bitches, mild analgesia was observed in three, and satisfactory analgesia in only two animals tested. It was concluded that the protocols are safe for dogs, but there is no analgesia for surgical procedures. The changes in ECG are related to HR and amplitude of T wave, which may be due to myocardial hypoxia.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Propofol/administração & dosagem , Ketamina/análogos & derivados , Ketamina/administração & dosagem , Eletrocardiografia , Eletrocardiografia/veterinária , Analgesia , Cães/fisiologiaResumo
The aim of this study was to evaluate the pre-emptive effect of epidural ketamine S (+) (SK) or racemic ketamine (RK) admirustration, in post-incisional pain in horses. Were used in a blinded, randomized experimental study, sixteen mixed breed mares, 6±2 years old, weighting 273.2±42.0 kg. An epidural catheter was inserted 24 hours before the trials. The thigh region was shaved bilaterally, and mechanical cutaneous sensibility was measured using von Frey filaments (T-30). U sing the left side as the control one, local anesthesia was performed at the right side. Twenty-five minutes later, SK was injected in G 1 or RK in G2 through the epidural catheter. Five minutes after the ketamine injection, a 10 cm skin incision was made on the right side, and then sutured. Mechanical post-incisional pain was measured using von Frey filaments, at 1,3 and 5 cm around the incision at 15 minutes intervals, for 2 hours, then 4, 6 and 8 hours after suturing. No changes were observed in the heart and respiratory rate and rectal temperature among groups or times of each group. Hind limb ataxia was observed in 62.5% and 12.5% of G 1 and G2 respectively. SK and RK reduced cutaneous sensibility in the right and the left sides to mechanical postincisional pain during all time of experiment. Epidural SK and RK produce similar post - incisional analgesic effects, did not interfere in the cardio-respiratory parameters. The SK induces more intense ataxia in mares and presents a larger analgesic potency in the first 60 minutes after the administration.(AU)
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito analgésico da administração prévia de cetamina S (+) ou cetamina, na dor pós-inciosal em eqüinos. Utilizaram-se, em um estudo duplo-cego ao acaso, 16 éguas com idade de 6±2 anos, pesando 273,2±42,0 kg. 24 horas antes do início do experimento introduziu-se um cateter epidural. No dia seguinte, as regiões isquiáticas direita e esquerda foram tricotomizadas e, a sensibilidade cutânea aferida utilizando-se os filamentos de Von Frey, tempo -30 (T-30). Realizou-se bloqueio anestésico em linha, no lado direito e, 25 minutos após administrou-se através do cateter epidural cetamina S(+) no G 1 e cetamina no G 2. Cinco minutos após a injeção de cetamina, realizou-se uma incisão de pele de 10 cm no lado direito, seguida de sutura. Avaliou-se a dor pós-incisional, utilizando-se os filamentos de Von Frey, a 1, 3 e 5 cm ao redor da incisão (lado incindido) e a sensibilidade cutânea (lado controle), em intervalos de 15 minutos, por 2 horas e então, 4, 6 e 8 horas após a sutura de pele. Não foram observadas alterações nas freqüências cardíaca ou respiratória e temperatura retal entre os grupos ou entre os tempos de cada grupo. Observou-se ataxia de membros pélvicos em 62,5% e 12,5% dos animais, para o G 1 e G2, respectivamente. A cetamina S(+) e cetamina reduziram a sensibilidade cutânea no lado direito e esquerdo, para os estímulos mecânicos produzidos pelos filamentos de Von Frey, durante todo os período experimental. A cetamina S(+) e cetamina produziram duração de efeito analgésico similares e não interferiram nos parâmetros cardiorrespiratórios. Observou-se ataxia mais intensa e potência anestésica superior nos primeiros 60 minutos após a administração de cetamina S(+).(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Ketamina/administração & dosagem , Ketamina/uso terapêutico , Dor Pós-Operatória/prevenção & controle , CavalosResumo
Com o objetivo de avaliar as associações anestésicas atropina/cetamina-s/xilazina e acepromazina/cetamina-s/midazolam em felinos domésticos (Felis catus), foram utilizados 16 felinos, machos, hígidos cedidos por proprietários atendidos no Hospital Veterinário da Escola Superior de Agricultura de Mossoró. Os animais foram distribuidos aleatoriamente em dois grupos de oito animais, onde foi utilizado um tratamento anestésico distinto para cada grupo. O grupo I, foi pré-tratado com sulfato de atropina (0,044mg/kg) por via subcutânea, e decorridos 15 minutos, recebeu xilazina (1,0 mg/ kg) associada a cetamina-s (10mg/kg) por via intramuscular. No grupo II, foi utilizada acepromazina (0,2 mg/kg) por via intramuscular e após 15 minutos, administrou-se a associação de midazolam (0,5mg/ kg) e cetamina-s (10 mg/kg) por via intramuscular. Foram avaliadas as variáveis fisiológicas: freqüência cardíaca, freqüência respiratória, saturação de oxigênio e tempo de preenchimento capilar. A aferição das variáveis foi realizada a cada 10 minutos, durante 90 minutos. Também foi avaliado o período de latência, período de analgesia e de recuperação. A média do período de latência após a administração de atropina/ cetamina-s/xilazina foi de 3,68min, enquanto na acepromazina/cetamina-s/midazolam foi de 3,95 min. No grupo I, a média do tempo de analgesia foi de 45,94min, e no grupo II foi obtida analgesia em apenas um animal. A média do tempo de recuperação no grupo I foi de 134, 08min e no grupo lI, 78,28min. Concluiu-se que a associação atropina/ cetamina-s/xilazina, produz uma anestesia de boa qualidade para pequenos procedimentos cirúrgicos, enquanto que a associação acepromazina/cetamina-s/midazolam deve ser utilizada para pequenos procedimentos ambulatoriais. Ambas associações apresentam propriedades farmacológicas comparáveis com as obtidas com a cetamina racêmica.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Gatos , Anestesiologia/métodos , Anestésicos Combinados/administração & dosagem , Anestésicos Dissociativos/administração & dosagem , Atropina/efeitos adversos , Xilazina/efeitos adversos , Acepromazina/efeitos adversos , Midazolam/efeitos adversosResumo
As Araras Canindé (Ara ararauna) são classificadas como grandes psitacídeos e tem uma ampla distribuição nos países da América do Sul. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de dois protocolos de anestesia intravenosa total (AIT) sob os sistemas cardiovascular, respiratório e tempo de recuperação da anestesia, para estabelecer doses seguras a determinar se a cetamina-S(+) foi capaz de contrabalancear os efeitos colaterais do propofol para anestesia em araras canindé. Os parâmetros avaliados foram frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica não invasiva (PAS), frequência respiratória (?), saturação periférica de O2 na hemoglobina (SpO2), CO2 no ar expirado (EtCO2), temperatura cloacal (TC), reflexo corneal (RC) e resposta ao pinçamento interdigital (PI). Os mesmos, com exceção de RC e PI, foram aferidos no tempo 0 (T0) (com os animais sob contenção física). Todos os demais parâmetros incluindo RC e PI foram avaliados aos 5 (T5), 10 (T10), 20 (T20) e 30(T30) minutos após a indução da anestesia. Para isso, oito Araras Canindé, adultas, saudáveis ao exame clínico, pesando entre 1,043 ± 0,1 kg no grupo propofol (GP) e 1,011 ± 0,07 kg no grupo propofol/cetamina-S(+) (GPCS), foram submetidas à indução com propofol 1%, administrado ao efeito pela via intravenosa (I.V.). Em GPCS, a dose média de propofol utilizada em GP foi reduzida e administrada lentamente apenas para obtenção de relaxamento muscular antes da aplicação I.V. de cetamina-S(+). A mesma fora administrada na dose de 1,4 mg.kg-1 e para isso, era previamente diluída em solução salina 0,9% (0,06 ml de cetamina-S(+) em 1 ml de solução salina) atingindo a concentração de 0,3%. Para a infusão contínua o propofol era previamente diluído em solução salina 0,9% (7 ml de propofol em 13 ml de solução salina) para atingir a concentração de 0,35% e a cetamina-S(+), da mesma forma, para atingir a concentração de 0,15% (0,6 ml de cetamina-S(+) em 19,4 ml de solução salina). A dose média de indução de propofol em PG foi de 8,1 ± 0,89 mg.kg-1. Em GPCS as doses médias foram de 4,9 ± 1,09 mg.kg-1 de propofol e 1.4 mg.kg-1 de cetamina-S(+). A dose de manutenção em GP foi de 1mg.kg-1min-1. Em GPCS, as doses de manutenção foram de 0,15 mg.kg-1min-1 de cetamina-S(+) e 0,5 mg.kg-1min-1 de propofol, 50% da dose de manutenção em GP. A dose média de propofol para indução foi de 8,1 ± 0,89 mg.kg-1 para GP e 4,9 ± 1,09 mg.kg-1 para GPCS. O sistema cardiovascular ficou estável em ambos os grupos. Em PG, 62,5% das araras necessitaram de ventilação manual devido à apneia. Os valores de EtCO2 e a SpO2 foram maiores em GPCS que em GP. Concluindo, como os tempos de recuperação anestésica não diferiram (p< 0,05) e dada à estabilidade cardiovascular observada, ambos os protocolos são seguros para anestesia em araras canindé, porém, pode ser necessário suporte ventilatório em ambos os protocolos. Além disso, a cetamina-S(+) combinada ao propofol possibilitou a redução das doses de indução e manutenção de propofol, comparadas ao propofol isoladamente