Resumo
Maytenus aquifolia and Maytenus ilicifolia are native plants from South America and popularly known as Espinheira-santa. Both are used as tea due to their efficiency in the treatment of ulcer, gastritis and indigestion. However, adulteration of processed Maytenus genus tea with Sorocea genus may happen due to their botanical similarity, compromising the quality of the products and opening a derogatory business opportunity that may lead to the discrediting of medicinal plant products. This study aimed to distinguish Maytenus sp and Sorocea bonplandii by PCR-RFLP of a chloroplast DNA (cpDNA) intergenic region. Three commercial products of processed tea leaves of Maytenus sp, and in natura leaves of Maytenus sp and S. bonplandii were analyzed. PCR detected unique fragments for all samples in natura. The trnH-psbA region amplicon of both M. ilicifolia and M. aquifolia was 660 bp, and for S. bonplandii was 565 bp. These PCR products can be used as markers to distinguish the two genera. Forty-five percent of the processed samples presented only Maytenus genus, without adulterations. However, the amplification of 38% of the samples suggests adulteration with S. bonplandii while 17% seem to be adulterated with another plant (fragment of 649 bp in brand A and 690 bp in brand B). Three out of the fifteen restriction enzymes were able to detect M. ilicifolia and M. aquifolia in natura and in processed leaf samples. It was concluded that PCR technique is efficient to distinguish Maytenus sp from S. bonplandii, and other adulterating plants in processed commercial products of Espinheira-santa tea. The trnH-psbA spacer of cpDNA is easily amplified and has satisfactory discriminating capacity to help in authentication processes of samples of the genera in natura and in processed plants.(AU)
Maytenus aquifolia e Maytenus ilicifolia são plantas nativas da América do Sul e conhecidas popularmente como Espinheira-santa. Ambas são usadas como chá devido à sua eficiência no tratamento de gastrite, úlcera e indigestão. No entanto adulteração de chá do gênero Maytenus com o gênero Sorocea pode acontecer devido a sua semelhança botânica e isto compromete a qualidade dos produtos, abrindo uma oportunidade para comércio depreciativo que leva ao descrédito das plantas medicinais. Este estudo teve como objetivo distinguir Maytenus sp e Sorocea bonplandii por PCR-RFLP de DNA da região intergênica do cloroplasto (cpDNA). Três produtos comerciais de chá de Maytenus sp foram analisados, e a análise foi feita também em folhas in natura de Maytenus sp e de S. bonplandii. PCR detectou fragmentos únicos para todas as amostras in natura. O amplicon da região trnH-psbA de M. ilicifolia e M. aquifolia foi de 660 pb e para S. bonplandii foi de 565 pb. Os produtos de PCR podem ser usados como marcadores para distinguir os dois gêneros. Quarenta e cinco por cento das amostras processadas apresentaram apenas o gênero Maytenus, sem adulterações. No entanto, a amplificação de 38% das amostras sugere adulteração com S. bonplandii, enquanto 17% parecem terem sido adulteradas com uma outra planta (fragmento de 649 pb na marca A e 690 pb na marca B). Três das quinze enzimas de restrição foram capazes de detectar M. ilicifolia e M. aquifolia in natura e em amostras de folhas processadas. Concluiu-se que a técnica de PCR é eficiente para distinguir Maytenus sp de S. bonplandii e outras plantas adulterantes nos produtos comerciais de chá de Espinheira-santa. O espaçador trnHpsbA de cpDNA é facilmente amplificado e tem capacidade discriminante satisfatória para ajudar em processos de autenticação dos gêneros em amostras in natura e processadas de plantas.(AU)
Assuntos
Chá/efeitos adversos , Gastrite/patologia , Úlcera/patologia , Dispepsia/patologia , Cloroplastos , Maytenus/classificação , Reação em Cadeia da PolimeraseResumo
Apesar de forragens grosseiras e secas serem empregadas comumente na alimentação de vacas em várias regiões, especialmente durante o período seco, a compactação primária do abomaso tem sido pouco relatada no Brasil, provavelmente pela dificuldade de diagnóstico dos veterinários de campo. Este trabalho objetivou realizar um estudo retrospectivo sobre a compactação primária do abomaso em 14 bovinos no Estado de Pernambuco. Oito casos considerados moderados, sem grave distensão abdominal e sem compactação do rúmen, foram tratados conservativamente e quatro casos graves, com severa distensão abdominal e compactação do rúmen, foram tratados cirurgicamente. Um touro foi encaminhado para abate e uma vaca morreu antes de receber qualquer tratamento. O maior número de casos de compactação do abomaso ocorreu em bovinos da raça Holandesa com seis casos (42,9 por cento), seguido por animais mestiços com cinco casos (35,8 por cento) e as raças Pardo-Suiça, Nelore e Marchigiana com um caso cada (21,3 por cento). A composição da alimentação oferecida caracterizou-se por conter fibra de baixa qualidade e variou bastante dentre os casos. Os sinais clínicos mais frequentes foram comportamento apático, desidratação, timpanismo ruminal associado à hipomotilidade, distensão abdominal, hipomotilidade intestinal e fezes escassas ou ausentes com presença de muco. Os achados hematológicos revelaram, na maioria dos casos, leucocitose por neutrofilia e hiperfibrinogenemia. Na análise do fluido ruminal havia comprometimento da dinâmica da flora e fauna microbiana, e elevação no teor de cloreto. O índice de recuperação clínica (4/8) e cirúrgica (2/4) observado neste estudo foi de 50 por cento. As condutas clínica e cirúrgica permanecem como opções viáveis para o tratamento das compactações leves e severas, entretanto o prognóstico é considerado reservado, principalmente quando associado à gestação avançada.(AU)
Despite the frequent use of dry and fibrous roughage for feeding cows in many regions, especially during the dry season, impaction of the abomasum has been poorly reported in Brazil, probably because the condition is misdiagnosed by practitioners. The present paper aimed to accomplish a retrospective study on primary abomasal impaction in 14 cattle from Pernambuco State, northeastern Brazil. Eight moderate cases, without severe abdominal distention and with no rumen compaction, were treated conservatively, and four severe cases, with severe abdominal distention and rumen compaction, were treated surgically. One bull was slaughtered and one cow died without treatment. The greater number of abomasal impaction cases was in Holstein cows with six cases (42.9 percent), followed by crossbred cattle with five cases (35.8 percent), and the breeds Brown-Swiss, Nelore and Marchigiana, each with one case (21.3 percent). The food composition was characterized by low quality fibers and varied greatly among cases. Most frequent clinical signs were apathy, dehydration, hypomotility and ruminal bloat, intestinal hypomotility and scanty or absent feces with mucus. The hematological findings revealed leukocytosis with neutrophilia and hyperfibrinogenemia in most cases. Ruminal fluid analysis showed compromised flora and fauna dynamics and increased chlorine ion concentration. Clinical (4/8) and chirurgical (2/4) recovery rate achieved 50 percent. The clinical and chirurgical methods remain as viable options for the treatment of light and severe impaction, but the prognosis is always reserved especially when associated to late pregnancy.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Abomaso/patologia , Traumatismos Abdominais/sangue , Traumatismos Abdominais/complicações , Traumatismos Abdominais/diagnóstico , Dispepsia/patologia , Dispepsia/veterinária , Bovinos , Traumatismos Abdominais/veterinária , Estudos RetrospectivosResumo
Maytenus aquifolia and Maytenus ilicifolia are native plants from South America and popularly known as Espinheira-santa. Both are used as tea due to their efficiency in the treatment of ulcer, gastritis and indigestion. However, adulteration of processed Maytenus genus tea with Sorocea genus may happen due to their botanical similarity, compromising the quality of the products and opening a derogatory business opportunity that may lead to the discrediting of medicinal plant products. This study aimed to distinguish Maytenus sp and Sorocea bonplandii by PCR-RFLP of a chloroplast DNA (cpDNA) intergenic region. Three commercial products of processed tea leaves of Maytenus sp, and in natura leaves of Maytenus sp and S. bonplandii were analyzed. PCR detected unique fragments for all samples in natura. The trnH-psbA region amplicon of both M. ilicifolia and M. aquifolia was 660 bp, and for S. bonplandii was 565 bp. These PCR products can be used as markers to distinguish the two genera. Forty-five percent of the processed samples presented only Maytenus genus, without adulterations. However, the amplification of 38% of the samples suggests adulteration with S. bonplandii while 17% seem to be adulterated with another plant (fragment of 649 bp in brand A and 690 bp in brand B). Three out of the fifteen restriction enzymes were able to detect M. ilicifolia and M. aquifolia in natura and in processed leaf samples. It was concluded that PCR technique is efficient to distinguish Maytenus sp from S. bonplandii, and other adulterating plants in processed commercial products of Espinheira-santa tea. The trnH-psbA spacer of cpDNA is easily amplified and has satisfactory discriminating capacity to help in authentication processes of samples of the genera in natura and in processed plants.
Maytenus aquifolia e Maytenus ilicifolia são plantas nativas da América do Sul e conhecidas popularmente como Espinheira-santa. Ambas são usadas como chá devido à sua eficiência no tratamento de gastrite, úlcera e indigestão. No entanto adulteração de chá do gênero Maytenus com o gênero Sorocea pode acontecer devido a sua semelhança botânica e isto compromete a qualidade dos produtos, abrindo uma oportunidade para comércio depreciativo que leva ao descrédito das plantas medicinais. Este estudo teve como objetivo distinguir Maytenus sp e Sorocea bonplandii por PCR-RFLP de DNA da região intergênica do cloroplasto (cpDNA). Três produtos comerciais de chá de Maytenus sp foram analisados, e a análise foi feita também em folhas in natura de Maytenus sp e de S. bonplandii. PCR detectou fragmentos únicos para todas as amostras in natura. O amplicon da região trnH-psbA de M. ilicifolia e M. aquifolia foi de 660 pb e para S. bonplandii foi de 565 pb. Os produtos de PCR podem ser usados como marcadores para distinguir os dois gêneros. Quarenta e cinco por cento das amostras processadas apresentaram apenas o gênero Maytenus, sem adulterações. No entanto, a amplificação de 38% das amostras sugere adulteração com S. bonplandii, enquanto 17% parecem terem sido adulteradas com uma outra planta (fragmento de 649 pb na marca A e 690 pb na marca B). Três das quinze enzimas de restrição foram capazes de detectar M. ilicifolia e M. aquifolia in natura e em amostras de folhas processadas. Concluiu-se que a técnica de PCR é eficiente para distinguir Maytenus sp de S. bonplandii e outras plantas adulterantes nos produtos comerciais de chá de Espinheira-santa. O espaçador trnHpsbA de cpDNA é facilmente amplificado e tem capacidade discriminante satisfatória para ajudar em processos de autenticação dos gêneros em amostras in natura e processadas de plantas.