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Óleo de andiroba: processo tradicional da extração, uso e aspectos sociais no estado do Amazonas, Brasil

P. Mendonça, Andreza; Dorothea Kossmann Ferraz, Isolde.
Acta amaz.; 37(3)2007.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-450278

Resumo

The traditional method of oil extraction from crabwood seeds was observed in three municipalities (Anamã, Manacapuru e Silves) in the state of Amazonas. In 1992 and 2004 a total of 38 producers were interviewed. Seeds of two species (Carapa procera D.C. and Carapa guianensis Aubl.) were used for oil extraction. The complex process requires about two months and can be divided into three stages: 1. seed collection by gathering and storing good seed (3-5 days). 2. "seed cake" preparation by cooking the seeds in boiling water (1-3 hours), followed by a second storage period (up to 20 days), completed by removing the seed coat and kneading the seed mass; 3. Oil extraction (up to 30 days) by collecting the oil dripping from the "seed cake" placed on an inclined plate. Oil extracted in the shade was considered of better quality than in the sun, but the process needed more time. A second extraction with the press ("tipiti") used for manioc flour was rarely used. Comparing the methods of the producers, some minor variations were observed apparent consequences in yield as well as quality. The first and second stages of the process involved the collaboration of relatives and/or neighbors, whereas the last stage was executed by only one woman. Transmission of traditional knowledge is passed from generation to generation by orality and observation. This study revealed that young persons no longer participated. This may cause, in the near future a loss of knowledge and skill in performance for crabwood seed oil extraction by the traditional method.
O processo tradicional de extração do óleo das sementes de andiroba foi levantado em três municípios (Anamã, Manacapuru e Silves) no Estado do Amazonas. Em 1992 e 2004, foi aplicado um questionário a 38 extratoras. Sementes das duas espécies de andiroba (Carapa procera D.C. e Carapa guianensis Aubl.) foram utilizadas como matéria prima. O processo tradicional é complexo, demora cerca de dois meses e pode ser dividido em três etapas: 1. A coleta, seleção de sementes boas e um primeiro armazenamento (3-15 dias). 2. O preparo da massa pelo cozimento das sementes em água (1-3 horas), um segundo período de armazenamento (até 20 dias) e finalizada pela retirada da casca e o amassamento das amêndoas. 3. A extração do óleo (até 30 dias), pelo gotejamento colocando a massa sobre uma superfície inclinada. Óleo extraído na sombra foi considerado de melhor qualidade do que no sol, porém o processo é mais demorado. Uma segunda extração com a prensa ("tipiti"), usada na fabricação de farinha, foi raramente empregada. Verificaram-se pequenas variações entre os procedimentos das extratoras, aparentemente com conseqüências na rentabilidade e na qualidade do óleo. Na primeira e segunda etapa da extração participaram membros da família e/ou vizinhos, ao contrário da etapa final, realizada por uma única mulher. Enquanto, transmissão do conhecimento tradicional, em geral, costuma passar de geração por geração pela oralidade e observação, este estudo revelou, que os jovens não participam mais da extração. Fato, que no futuro próximo, pode causar a perda de conhecimento em relação à extração do óleo de andiroba pelo método tradicional.
Biblioteca responsável: BR68.1