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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-200261

Resumo

Procedimentos anestésicos podem contribuir para a disfunção renal no paciente hígido ou mesmo agravar a injúria do nefropata. Na medicina veterinária, há um déficit de literatura sobre a temática relacionando lesão renal decorrente da anestesia e monitorização destes animais, uma vez que o acompanhamento no pós-operatório, na maioria das vezes, não é realizado. O estudo objetivou avaliar a morfofuncionalidade do rim em 23 cães submetidos a cirurgia atendidos no Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás. Exames clínicos e laboratoriais foram feitos para determinação do perfil renal dos pacientes e, posteriormente, determinar se os mesmos seriam incluídos no grupo controle ou no grupo nefropata. Exames de bioquímica sérica e urinária, exame de urina, razão PU/CU, hemogasometria e hemograma e excreção fracionada de sódio e potássio foram procedidos. Os pacientes foram monitorizados com mensurações dos parâmetros clínicos e laboratoriais anterior ao procedimento, no dia da cirurgia, com dois dias, sete, 28 e 90 dias. Constatou-se que cães sem evidência clínica e laboratorial de nefropatia e submetidos a condições adequadas de pré, trans e pós-operatório a presença de lesão tubular secundária a anestesia aconteceu em poucos pacientes (23%) e foi transitória. Cães nefropatas, devidamente estabilizados, submetidos protocolos diferenciados no pré, trans e pós-operatório, não apresentaram indicativo de lesão tubular secundária a anestesia. Cães nefropatas anestesiados apresentaram perda de temperatura e acidose metabólica mais acentuada quando comparados aos ditos hígidos. Para cães nefropatas, mesmo quando o protocolo anestésico não inclui medicação pré-anestésica hipotensora, a hipotensão pode ocorrer.

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