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EXTRATO ALCALOÍDICO FOLIAR E FARELO DE ALGAROBA COMO ADITIVOS EM DIETAS PARA CORDEIROS

EDILEUSA DE JESUS DOS SANTOS.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-201605

Resumo

Mediante a condução de um experimento de campo, foi elaborado o presente trabalho, cujos dados serão apresentados em três capítulos. No primeiro capítulo objetivou-se avaliar os efeitos da adição de extrato alcaloídico foliar e de farelo de vagem de algaroba em alternativa à monensina sódica na composição de dietas sobre o desempenho, digestibilidade dos componentes nutricionais, comportamento ingestivo, medidas barimétricas e características de carcaça em cordeiros confinados. Foram utilizados vinte e oito cordeiros mestiços Santa Inês x Dorper, machos, castrados, com idade aproximada de 120 dias, peso corporal inicial de 18 ± 5,07 kg, distribuídos no delineamento inteiramente casualizado. O experimento teve duração de 84 dias e quatro períodos de 21 dias para coleta de dados. Foram utilizadas quatro dietas: dieta sem aditivo, com monensina sódica (24 mg/kg de matéria seca), com extrato alcaloídico foliar de algaroba (1040 mg/kg de matéria seca) e com farelo de vagem de algaroba (9,9% na matéria seca da dieta). O feno de Tifton 85 foi ofertado na proporção de 20% e o concentrado na proporção de 80%. O consumo de nutrientes digestíveis totais foi expresso em kg/dia e g/kg de peso corporal, e a energia digestível expressa em Mcal/dia, sendo que a dieta com monensina foi inferior às demais dietas sem aditivo e com farelo de algaroba. A dieta com farelo de algaroba apresentou maior média para consumo de proteína bruta. As digestibilidades da matéria seca, matéria orgânica e proteína bruta apresentaram maiores médias (82%, 83% e 82%) para dieta sem aditivo, assemelhando-se à dieta com extrato alcaloídico foliar. A maior digestibilidade do extrato etéreo foi observada para a dieta com farelo de algaroba e com extrato alcaloídico foliar (81,96% e 84,80%). Os conteúdos de nutrientes digestíveis totais diferiram, as dietas sem aditivo e extrato alcaloídico foliar proporcionaram médias semelhantes entre si e superiores às demais dietas. A dieta com extrato alcaloídico foliar proporcionou melhor conversão alimentar de 4,61 kg/kg. Não houve diferença entre as dietas experimentais para o comportamento ingestivo. Não houve efeito significativo para as medidas barimétricas tomadas in vivo, para as medidas morfométricas, para o peso pré-abate, peso ao abate, peso de carcaça quente e de carcaça fria, tão pouco para perda por resfriamento, rendimentos de carcaça quente e fria, temperatura interna, externa e do pH das carcaças. O extrato alcaloídico foliar de algaroba, adicionado em 1040 mg/kg na matéria seca da dieta de alto concentrado, pode ser utilizado em substituição à monensina sódica, por melhorar a conversão em cordeiros. No segundo capítulo, avaliou-se os efeitos da adição de extrato alcaloídico foliar e de farelo de vagem de algaroba em alternativa à monensina sódica na composição de dietas sobre o metabolismo de nitrogênio em cordeiros confinados. Com dietas e delineamento experimental semelhante ao primeiro capítulo. Não houve diferença (P>0,05) entre as dietas para as excreções diárias de derivados de purina na urina (mmol/kg PC). Para a xantina e hipoxantina, notou-se influência das dietas, com extrato alcaloídico foliar apresentando média superior, da mesma forma ocorreu para derivados de purinas totais (11,68 mmol/dia), para purinas absorvidas (13,54 g/dia), nitrogênio microbiano (9,85 g/dia), proteína microbiana (61,52 g/dia). A dieta com extrato alcaloídico foliar proporcionou maior eficiência de síntese microbiana (87,51 g/kg NDT), seguida da dieta aditivada com monensina (72,46 g/dia). Houve menor consumo de nitrogênio para a dieta contendo extrato alcaloídico foliar (20,43 g/dia) em relação às demais dietas (23,13 g/dia). A excreção de nitrogênio nas fezes foi maior para a dieta com farelo de algaroba (6,24 g/dia) e menor excreção de nitrogênio fecal foi observada para as dietas sem aditivo e com extrato alcaloídico foliar (3,44 g/dia). Observou-se balanço de nitrogênio positivo com valores de retenção semelhantes entre as dietas (17,1 g/dia). A excreção urinária de ureia foi maior para os cordeiros alimentados com as dietas aditivadas com extrato alcaloídico foliar (0,12 g/dia) e monensina (0,11 g/dia), e menor para as dietas sem aditivo (0,08 g/dia) e com farelo de vagem de algaroba (0,09 g/dia). O extrato alcaloídico foliar, adicionado em 0,104% na MS da dieta, aumenta a síntese de proteína e a eficiência microbiana no rúmen. Mesmo ocorrendo aumento de excreção urinária de nitrogênio ureico, a utilização de extrato alcaloídico foliar reduz a excreção fecal de nitrogênio. No terceiro capítulo, objetivou-se avaliar os efeitos de dietas aditivadas com extrato alcaloídico foliar ou farelo de vagem de algaroba em alternativa à monensina sobre as excreções diárias de creatinina e de compostos nitrogenados em cordeiros. Para tanto, foram utilizados quatro cordeiros mestiços Santa Inês x Dorper, machos, castrados, com idade aproximada de 120 dias, peso corporal inicial de 25,67 ± 0,81 kg, distribuídos em delineamento em quadrado latino, por 80 dias, divididos em quatro períodos de 20 dias, consumindo as mesmas dietas especificadas nos capítulos anteriores. O consumo diferiu apenas para o NDT, apresentando maiores médias para as dietas com monensina sódica e com farelo de algaroba. O volume urinário, a creatinina expressa em mmol/L, mmol/dia, mmol/PC, mmol/PC 0,75, mmol/PC/dia, mmol/PC 0,75/dia, mg/Kg PC e o nitrogênio total na urina não foram influenciados pelas dietas e dias de coleta de urina. Foi observada influência das dietas apenas para as excreções de derivados de purina em mmol/dia, mmol/dia/kg PC 0,75 e mmol/dia/kg PC. O volume urinário em litros, a creatinina em mmol/L, mmol/hora, mmol/dia, mmol/dia/PC, mmol/dia/PC 0,75, mg/kg PC e mg/kg PC 0,75, derivados de purina em mmol/L, mmol/hora, índice DPC e o N-ureico em mg/L e em mg/dia variaram conforme as horas de coleta da urina. A partir das 4 horas após a alimentação, as concentrações de creatinina alcançaram os valores próximos aos observados para 24 horas para creatinina expressa em mmol/24 horas, mmol/dia/kg PC e mmol/dia/ kg PC 0,75, sendo assim, a coleta de urina pode ser realizada no período de 4 horas após a alimentação matinal, para representar a coleta total de urina. Um dia de coleta de urina total é suficiente para representar a condição excretória do animal, reduzindo, assim, despesas com mão de obra.
By conducting a field experiment, this work was prepared, whose data will be presented in three chapters. In the first chapter aimed to evaluate the effects of adding alkaloidic leaf extract and mesquite pod meal as an alternative to sodium monensin in the composition of diets on performance, nutritional components digestibility, feeding behavior, bodily measurement and carcass characteristics of feedlot sheep. Were used twenty-eight Santa Inês x Dorper crossbred sheep, castrated male, with 120 days approximately aged, initial body weight 18 ± 5.07 kg, distributed in a completely randomized design. The experiment lasted 84 days and four periods of 21 days for data collect. Were used four diets: diet without additive, with sodium monensin (24 mg/kg dry matter), with alkaloidic leaf extract of mesquite (1040 mg/kg of the dry matter) and with mesquite pod meal (9.9% in dry matter of the diet). Hay Tifton 85 was supplied at a ratio of 20% and the concentrate in a proportion of 80%. The digestible nutrients total was expressed in kg/day and g/kg of bodyweight, and the digestible energy expressed in Mcal/day, and the diet with monensin was lower than other diets without additive and mesquite meal. The diet with mesquite meal showed higher average for the crude protein intake. The digestibility of dry matter, organic matter and crude protein had higher averages (82%, 83% and 82%) for diet without additive, resembling the diet with alkaloidic leaf extract. The highest ether extract digestibility was observed for diet with mesquite meal and with alkaloidic leaf extract (81.96% and 84.80%). The contents of total digestible nutrients differed, and diet without additive and alkaloidic leaf extract provided means similar and superior to other diets. The diet with alkaloidic leaf extract provided better feed conversion 4.61 kg/kg. There was no difference between the experimental diets for feeding behavior. There was no significant effect for bodily measurement taken in vivo for morphometric measurements for the pre-slaughter weight, slaughter weight, hot carcass weight and cold carcass weight, so little loss by cooling, hot and cold carcass yield, internal and external temperature and pH of the carcasses. The alkaloidic leaf extract of the mesquite, added in 1040 mg/kg in the dry matter diet of the high concentrate it can be used instead of sodium monensin to improve the conversion to sheep. In the second chapter we evaluated the effects of adding alkaloidic leaf extract and mesquite pod meal as an alternative to sodium monensin in the composition of diets on nitrogen metabolism in feedlot sheep. Diets and experimental design similar to the first chapter. There was no difference (P> 0.05) between diets for daily excretions of purine derivatives in the urine (mmol/kg BW). To xanthine and hypoxanthine, it was noted the influence of diets with alkaloidic leaf extract presenting higher average. As occurred for total purines derivatives (11.68 mmol/day), for absorbed purines (13.54 g/day), microbial nitrogen (9.85 g/day), microbial protein (61.52 g/day). The diet with alkaloidic leaf extract provided greater efficiency of microbial synthesis (87.51 g/kg TDN) followed by additivated diet sodium monensin (72.46 g/day). There was lower intake of nitrogen to the diet containing alkaloidic leaf extract (20.43 g/day) compared to other diets (23.13 g/day). The nitrogen excretion in faeces was higher for the diet with bran mesquite (6.24 g/day) and lower fecal nitrogen excretion was observed for diets without additive and alkaloidic leaf extract (3.44 g/day). We observed positive nitrogen balance with similar retention values between diets (17.1 g/day). Urinary excretion of urea was higher for sheep fed the diets additivated with alkaloidic leaf extract (0.12 g/day) and monensin (0.11 g/day), and lower for diets without additive (0.08 g/day) and mesquite pod meal (0.09 g/day). The alkaloidic leaf extract added in 0.104% on DM of the diet. Increases protein synthesis and rumen microbial efficiency. Even causing increase in urinary urea nitrogen excretion, the use of alkaloidic leaf extract reduces fecal nitrogen excretion. The third chapter is aimed to evaluate the effects of additivated diets with alkaloidic leaf extract or mesquite pod meal as an alternative to monensin on the daily excretions of creatinine and nitrogenous compounds in sheep. For this, four Santa Inês x Dorper crossbred sheep, castrated, male, 120 day aged approximately, initial body weight of the 25.67 ± 0.81 kg, allotted to a latin square for 80 day, divided into four periods of 20 days consuming the same diet specified in previous chapters. The intake differed only for the TDN, with higher averages for diets with sodium monensin and mesquite meal. The urine volume, creatinine expressed in mmol/L, mmol/day, mmol/BW, mmol/BW 0.75, mmol/BW/day, mmol/BW 0.75/day, mg/Kg BW and total nitrogen in the urine were not affected by diets and days of urine collected. It was observed influence of diet only for excretion of purine derivatives in mmol/day, mmol/day/kg BW 0.75 and mmol/day/kg BW. The urine volume in liters, the creatinine mmol/L, mmol/ hour, mmol/day, mmol/day/BW, mmol/day/BW 0.75, mg/kg BW and mg/kg BW 0.75, purine derivatives in mmol/L, mmol/hour, index PDC and the N-ureic in mg/L and in mg/day varied according to the time of urine collection. From four hours after feeding. Creatinine concentrations reached values close to those observed for 24 hours for creatinine expressed in mmol/24 hours, mmol/day/kg BW and mmol/day/ kg BW 0.75. Therefore the urine collection can be performed on the 4 hour period after the morning feeding to represent the total urine collected. A day of total urine collected is enough to represent the excretory condition of the animal, thus reducing costs of labor.
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