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ALTERAÇÕES REPRODUTIVAS EM RATAS WISTAR E COBAIAS (Cavia porcellus) INTOXICADAS EXPERIMENTALMENTE POR Stryphnodendron fissuratum

JOSENALDO SILVA MACEDO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-202274

Resumo

Stryphnodendron fissuratum Mart, Leguminosae Mimosoideae, é uma árvore que tem ocorrência registrada apenas no Brasil. Seus frutos são conhecidos popularmente como rosquinha. O curso clínico da intoxicação de ruminantes por esta planta é apresentado através da apatia, pelos eriçados, atonia ou hipomotilidade do rúmen, fezes moles, fétidas de cor escura, decúbito external e ainda surtos de abortos em bovinos a campo. Os efeitos abortivos dessa planta foram comprovados experimentalmente em caprinos e mais recentemente suspeitou-se que a planta também pode ser a causa de malformações fetais. Por este motivo, objetivou-se com esse estudo avaliar malformações fetais em cobaias (Cavia porcellus) e ratas wistar através da intoxicação experimental por S. fissuratum. No primeiro estudo, as cobaias foram divididas em quatro grupos constituídos por 16 animais, sendo um controle e três grupos que receberam ração comercial contendo as favas de S. fissuratum nas concentrações de 10, 20 e 40 g/kg/p.v, durante o período de organogênese. Nos Grupos 1-3, os principais sinais clínicos consistiram em anorexia, prostração, isolamento do grupo, ausência de vocalizações após o estímulo de oferecer alimentos tenros e diarréia. Nesses grupos ocorreram abortos e malformações. Esse estudo confirmou a toxicidade das favas de S. fissuratum para cobaias, com sinais clínicos e lesões similares àquelas relatadas anteriormente em bovinos. A redução significativa no número de crias nascidas e as malformações nos animais dos grupos experimentais sugerem que S. fissuratum afeta o desenvolvimento fetal e que é teratogênica. No segundo estudo, 24 ratas foram separadas aleatoriamente em quatro grupos sendo um controle. As favas maduras de S. fissuratum foram transformadas em um extrato hidroalcoólico a 70% concentrado em rotaevaporador. Nos grupos experimentais os animais receberam o extrato contendo 0,1 e 0,2g/dia/animal de acordo com o grupo, através da técnica de gavagem. As malformações em fetos das ratas que ingeriram o extrato foram observadas no G2 e indicam que a planta é teratogênica. No G3 não houve nascimento de fetos vivos, sugerindo que o aumento da concentração do extrato provocou maior reabsorção ou perda pós-implantação. De acordo com a análise histopatológica as ratas apresentaram alterações hepáticas e renais Estes dados sugerem que a planta afeta o desenvolvimento fetal. Apesar da comprovação de que as vagens de S. fissuratum são teratogênicas para cobaias e ratas wistar, para comprovar a hipótese de que a ingestão de vagens frescas dessa planta também provoca malformações em bovinos, são necessários novos experimentos nessa espécie com doses não tóxicas repetidas durante o período de organogênese.
Biblioteca responsável: BR68.1