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PARÂMETROS OFTÁLMICOS EM CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyothous, Linnaeus, 1766)

ROBERTA RENZO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-202282

Resumo

Cachorros-do-mato (Cerdocyon thous) figuram entre os animais selvagens mais assistidos em centros de reabilitação, tornando imperioso ampliarem-se conhecimentos sobre parâmetros morfofisiológicos próprios à espécie. Na presente pesquisa, avaliaram-se as condições oftálmicas de 16 cachorros do mato (n=32 olhos). No estudo clínico, avaliaram-se oito indivíduos, sob contenção química, à teste lacrimal de Schirmer I (TLS I), à tonometria digital de aplanação (PIO), à microscopia especular de não contato (espessura corneal, densidade, área e hexagonalidade celulares endoteliais corneais), à ultrassonografia em modos A e B (biometria, notadamente o diâmetro axial, a profundidade das câmaras anterior e vítrea, e a espessura da lente) e à eletrorretinografia (amplitudes e tempos implícitos de ondas a e b, nas fases escotóptica e fotóptica). Córneas, colhidas post mortem, de outros oito animais, foram avaliadas à histologia, quanto às espessuras da córnea e do epitélio, e aos parâmetros de birrefringência (que informam sobre agregação e orientação) de fibras lamelares colágenas estromais, empregando-se morfometria, luz polarizada e software de análise de imagens. Parâmetros de birrefringência foram quantificados como níveis de cinza médio (GA). Em relação ao TLS I e a PIO, verificaram-se valores médios de 13,37±0,94 mm e 10,43±0,96 mmHg, respectivamente. A espessura corneal média foi de 0,53±0,01mm. Relativamente às células endoteliais corneais, os valores médios de densidade e de área foram, respectivamente, de 2.850,38±137,28 cell/mm2 e de 389,00±0,17 m2. O valor médio de hexagonalidade foi 60,06±4,66 %. Em relação à biometria, verificaram-se valores de 15,93±0,28 mm para diâmetro axial, de 3,29±0,14 mm para profundidade de câmara anterior, de 6,02±0,11 mm para espessura da lente e de 6,61±0,21 mm para profundidade da câmara vítrea. À eletrorretinografia, na fase escotóptica de baixa amplitude, os valores médios de amplitude e de tempo implícito da onda b (adaptação de 20 min) foram 87,33±5,36 V e 73,10±1,12 ms, respectivamente. Na fase escotóptica de alta amplitude, os valores médios de amplitude e de tempo implícito da onda a foram 56,67±9,13 V e 13,13±0,93 ms, respectivamente. Em relação à onda b, os valores de amplitude e de tempo implícito foram 238,70±15,10 V e 42,70±3,99 ms, respectivamente. Na fase fotóptica, os valores referentes à amplitude e ao tempo implícito da onda b, para cones, foram 48,67±6,17 V e 22,47±1,81 ms, respectivamente. Quanto ao cone flicker, os valores de amplitude e de tempo implícito da onda b foram 22,67±1,76 V e 22,93±0,68 ms, respectivamente. Na histologia, as espessuras da córnea e do epitélio corneal foram 0,54±0,04 mm e 60,0±30,0 m, respectivamente. À microscopia de luz polarizada, observou-se estroma corneal com fibras colágenas onduladas, de brilho heterogêneo e dispostas direções espaciais preferenciais. O valor médio de GA foi de 121,35±0,07AU. De acordo com os resultados obtidos, admite-se serem equivocadas as extrapolações dos parâmetros estabelecidos para espécies domésticas, relativamente à espécie Cerdocyon thous. Reforça-se, portanto, a importância do conhecimento de parâmetros morfofisiológicos das diversas espécies de animais selvagens a fim de se subsidiarem procedimentos diagnósticos e terapêuticos adequados.
Crab-eating foxes (Cerdocyon thous) are one of the wild animals most attended in rehabilitation centers, making it imperative to extend current knowledge of morphophysiological parameters specific to the species. This study assessed the ophthalmic conditions of 16 crab-eating foxes (n=32 eyes). Eight individuals were clinically assessed, under chemical restraint, by the Schirmer tear test I (STT I), digital applanation tonometry (IOP), non-contact specular microscopy (corneal thickness, density, area and corneal endothelial cell hexagonality), ultrasound in A and B modes (biometrics, particularly axial diameter, anterior and vitreous chamber depths and lens thickness) and electroretinography (amplitudes and implicit times of a- and b-waves, in scotopic and photopic phases). Corneas,Mcollected post mortem from another eight individuals, were evaluated histologically to determine cornea and epithelium thickness and the birefringence parameters (data regarding aggregation and orientation) of lamellar collagenous stromal fibers, using morphometry, polarized light and image analysis software. Birefringence parameters were quantified as gray average (GA) values. Regarding the STT I and IOP, mean values of 13.37±0.94 mm and 10.43±0.96 mmHg were respectively verified. The mean corneal thickness was 0.53±0.01 mm. The mean density and area values of corneal endothelial cells were respectively 2850.38±137.28 cell/mm2 and 389.00±0.17 m2. The mean value for hexagonality was 60.06±4.66 %. Concerning biometrics, the following mean values were verified: axial diameter, 15.93±0.28 mm; anterior chamber depth, 3.29±0.14 mm; vitreous chamber depth, 6.61±0.21 mm; and lens thickness, 6.02±0.11 mm. Electroretinography in the low amplitude scotopic phase showed values for mean amplitude and b-wave implicit time (20 min adaptation) of 87.33±5.36 V and 73.10±1.12 ms, respectively. In the high amplitude scotopic phase, the mean amplitude value and a-wave implicit time were 56.67±9.13 V and 13.13±0.93 ms, respectively. Regarding the b-wave, the mean amplitude and implicit time were 238.70±15.10 V and 42.70±3.99 ms, respectively. In the photopic stage, the mean values for amplitude and b-wave implicit time for cones were 48.67±6.17 V and 22.47±1.81 ms, respectively. Regarding cone flicker, the amplitude and b-wave implicit time were 22.67±1.76 V and 22.93±0.68 ms, respectively. In the histologically the mean values for cornea and corneal epithelium thickness were 0.54±0.04 mm and 60.0±30.0 m, respectively. Under polarized light microscopy, corneal stroma with undulated collagen fibers, heterogeneous brightness and preferential spatial directions were observed. The mean GA value was 121.35±0.07AU. According to the results obtained, it is possible to conclude that it is not adequate to shift data of one species to another, especially in exotic animals. This reinforces the importance of knowledge of morphophysiological parameters of the various wildlife species in order to improve diagnostic procedures and effective treatments.
Biblioteca responsável: BR68.1