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Avaliação hematológicas, radiográfica e eletrocardiográfica em cães adultos da raça Pinscher Miniatura, portadores ou não da doença degenerativa mixomatose da valva mitral diagnosticada pela ecocardiografia

LUCIANA DIEGUES GUIMARAES.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-202379

Resumo

A cardiologia veterinária evoluiu consideravelmente nas últimas três décadas e avanços tecnológicos recentes possibilitaram diagnósticos sofisticados, precisos e não-invasivos por meio de avaliações eletrocardiográfica (ECG), radiográfica e ecocardiográfica. A doença degenerativa mixomatosa da valva mitral (DDMVM) é a condição cardíaca adquirida mais comum em cães e possui natureza lenta e progressiva, podendo culminar em insuficiência cardíaca. Segundo o consenso do American College of Veterinary Internal Medicine, a doença pode ser classificada em 4 estágios (A, B subestágios B1 e B2, C e D), levando-se em conta as manifestações clínicas, achados radiográficos e ecocardiográficos de remodelamento cardíaco, a presença de insuficiência cardíaca e a refratariedade a tratamentos realizados. Na abordagem diagnóstica desta afecção, a radiografia torácica assume fundamental importância por possibilitar a avaliação da silhueta cardíaca quanto a alterações em seu formato, análise das estruturas pulmonares quanto a possíveis manifestações secundárias à insuficiência cardíaca congestiva. Sugere-se também que em todos os casos suspeitos de DDMVM os animais sejam submetidos à ECG para avaliação quanto à presença de arritmias ou taquicardias, possíveis agravantes desta afecção; apesar deste exame não constituir um teste diagnóstico para a DDMVM, determinadas alterações indicativas de sobrecarga atrial ou ventricular são passíveis de detecção no traçado eletrocardiográfico, contribuindo para o direcionamento diagnóstico desta cardiopatia. Contudo, in vivo, o diagnóstico definitivo da degeneração mixomatosa valvar somente é obtido por meio da ecocardiografia. É conhecida a predisposição de determinadas raças a esta condição, dentre as quais destaca-se a raça Pinscher Miniatura, muito popular em nosso país. Até o presente momento, a literatura abriga uma lacuna referente à avaliação cardíaca de cães da raça Pinscher Miniatura, sejam eles hígidos ou portadores de DDMVM. Por conseguinte, o presente trabalho objetivou o estudo epidemiológico, radiográfico e eletrocardiográfico de 31 cães da referida raça adultos, de ambos os sexos. Os animais foram categorizados nos estágios A, o qual abriga animais hígidos (11 cães), estágio B e seus subestágios B1 (9 animais) e B2 (9 animais) e estágio C (2 cães) da DDMVM, não sendo nenhum indivíduo classificado em estágio D. Detectou-se insuficiência mitral em animais jovens porém assintomáticos. A doença mostrou maior gravidade nos animais de idade mais avançada, confirmando sua natureza crônica e progressiva. À avaliação radiográfica empírica houve tendência em se superestimar o xii tamanho de câmaras cardíacas esquerdas. O valor do vertebral heart size (VHS) máximo definido para os animais da raça Pinscher Miniatura com dimensões cardíacas normais correspondeu a 11,1 unidades vertebrais, valor este superior ao estabelecido previamente na literatura para a maioria das raças caninas. Este método de avaliação da silhueta cardíaca não se mostrou acurado para detecção de cardiomegalias nos estágios iniciais da DDMVM, nos quais, à avaliação ecocardiográfica, os animais apresentaram apenas dilatação de átrio esquerdo e em grau discreto. A avaliação eletrocardiográfica também não demonstrou sensibilidade na detecção do aumento de câmaras cardíacas nos indivíduos com remodelamento cardíaco evidenciado ao exame ecocardiográfico. A maioria dos animais apresentou conformação torácica intermediária (65%) e os demais, conformação torácica ampla (35%), contudo estas variações não influenciaram nas amplitudes das ondas P-QRS-T nem nos valores de VHS. Quando equiparados aos dados existentes na literatura, os parâmetros eletrocardiográficos de cães Pinscher Miniatura obtidos por ECG computadorizada no presente trabalho foram similares aos obtidos em ECG convencional, com exceção da duração da onda P e da duração do complexo QRS que se mostraram superiores no presente estudo (valores máximos 54,33 ms e 74,33 ms, respectivamente) corroborando com os achados de outros trabalhos nos quais a ECG computadorizada também foi empregada. Este é um estudo pioneiro para a raça em questão; recomenda-se o prosseguimento das pesquisas para melhor compreensão da doença degenerativa mixomatosa da valva mitral na raça Pinscher Miniatura
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Biblioteca responsável: BR68.1