Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

MASTITE ESTAFILOCÓCICA POR MRSA EM PEQUENOS RUMINANTES NO ESTADO DE OHIO EUA

GUILHERME SANTANA DE MOURA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203494

Resumo

A mastite tem um grande impacto na economia bem como no bem-estar animal na produção de ovinos e caprinos. Embora vários microrganismos possam causar mastite em pequenos ruminantes, o Staphylococcus aureus é um dos agentes mais importantes na sua epidemiologia. Uma porcentagem crescente dos isolados que são originários das mais diferentes fontes, apresentam resistencia à meticilina (Methicillin Resistent Staphylococcus aureus - MRSA) podendo provocar doenças graves em seres humanos e animais. MRSA associado a animais de produção (LA-MRSA) são cepas frequentemente isoladas de animais, veterinários e pessoas que vivem e trabalham em sistemas de criação animal, sendo a cepa ST398 a mais frequentemente identificada inclusive em infecções humanas. Entretanto, outras cepas como ST133 estão comumente associadas a problemas sanitários em rebanhos leiteiros. O presente trabalho aborda casos de mastite causadas por cepas de MRSA em rebanhos caprinos e ovinos em Ohio EUA. Um caso de mastite supurativa em uma ovelha causada por MRSA ST398, o primeiro identificado em um rebanho ovino nos Estados Unidos, também é relatado. Uma ovelha com febre, linfonodos mamários reativos, magreza, fraqueza muscular e mastite em ambas metades do úbere foi examinada. Um dos tetos tinha uma fístula drenando pus. Uma amostra da secreção purulenta foi colhida e enviada para análise. Testes fenotípicos e genotípicos foram realizados. A amostra foi nucA e mecA positiva confirmando geneticamente o S. aureus resistente à meticilina. MLST revelou que o isolado testado pertencia a linhagem ST398. Este é o primeiro relato de uma mastite em uma ovelha causada por MRSA nos EUA. A identificação de MRSA ST398 é importante e merece mais investigações epidemiológicas sobre o patógeno em sistemas de produção animal. O segundo estudo teve como objetivo investigar a ocorrência de S. aureus resistente à meticilina (MRSA) associado a mastites em rebanhos caprinos no Estado de Ohio, EUA. Um total de 120 amostras de leite e 120 amostras de suabe de teto foram colhidas de cinco fazendas. Depois de isolamento convencional e da caracterização fenotípica das colônias, realizou-se a caracterização molecular através de PCR para os genes nuc e mecA para confirmação do MRSA e os complexos clonais determinadas por MLST. Quinze (6,2%) amostras positivas de S. aureus foram encontradas neste estudo; nove de amostras de leite e cinco de amostras dos tetos. Quatro (2%) isolados de MRSA foram detectados e pertenciam aos complexos clonais ST133 e ST5. Três isolados coagulase negativa (1,25%) possuiam o gene mecA. Este estudo indica que cepas de MRSA pertencentes ao complexo clonal 133 podem estar associadas a infecções intramamárias em rebanhos caprinos nos EUA e a identificação do MRSA ST5 é de especial preocupação, uma vez que é um importante patógeno para os humanos.
Mastitis has a large impact on the economy as well as on animal welfare in sheep and goat production. While several microorganisms can cause mastitis in small ruminants, Staphylococcus aureus is one of the most important pathogen. An increasing percentage strains showing resistance against methicillin (Methicillin Resistent Staphylococcus aureus - MRSA) have been recovered from different sources and can potentially cause severe illness in humans and animals. Livestock associated MRSA (LA-MRSA) are strains often isolated from animals, veterinarians and people who are in contact to food animals and the sequence type 398 is the frequent LA-MRSA strain associated to human infections. This paper discusses mastitis cases caused by MRSA strains in goats and sheep herds in Ohio - USA. One sheep showing fever, reactive mammary lymphnodes, thinness, muscle weakness and mastitis in both mammary glands was examined. One teat had a fistula draining pus. A sample of purulent discharge was collected and sent for analisys. Phenotypical and genotypical tests were performed. Sample was nuc and mecA positive confirming genetically the Methicillin resistant S. aureus. MLST revealed that the tested MRSA isolate belonged to the clonal lineage ST398. This is the first MRSA report causing mastitis in sheep in USA. Mostly important, the identification of ST398 warrants further epidemiological investigations about epidemiology of this pathogen in animal production systems. The second study aimed to investigate occurrence of Methicillin Resistant S. aureus (MRSA) associated with intramammary infections in goat herds in Ohio State, USA. A total of 120 milk samples and 120 teat-swab samples were collected from five farms. After conventional isolating and phenotypic characterization of colonies, molecular characterization was also performed through PCR for nuc and mecA genes for MRSA confirmation and clonal complexes determined by MLST. Fifteen (6.2%) positive S. aureus samples were found in this study; nine from milk and five from teat skin samples. Four (2%) MRSA isolates were detected and belonged to clonal complexes ST133 and ST5. Three (1.25%) coagulase-negative isolates were shown to harbor the mecA gene. This study indicates that MRSA belonging to clonal complex 133 can be associated with intrammamary infections in goat herds in US and the identification of the MRSA ST5 is of special concern, since its an important pathogen to humans.
Biblioteca responsável: BR68.1