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AVALIAÇÃO DA PCR QUANTITATIVA DO PELO NO DIAGNÓSTICO DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

RAFAELA DE SOUSA GONCALVES.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-203848

Resumo

Aspirado esplênico, de medula óssea, de linfonodo e sangue são amostras comumente utilizadas no diagnóstico de infecção por Leishmania infantum. Os métodos de coleta dessas amostras são eficazes e seguros se realizados por veterinários treinados, entretanto, são sempre invasivos. O presente estudo propôs: (1) avaliar o pelo como amostra para detecção de kDNA de L. infantum por meio de PCR quantitativa (qPCR) para diagnóstico da infecção, (2) padronizar a extração de DNA de pelo (3) quantificar o material genético parasitário detectado no pelo, (4) correlacionar os resultados obtidos das amostras de pelo com os de amostras convencionais de sangue, baço e pele para verificação de sensibilidade e potencial biomarcador de leishmaniose visceral (LV), e (5) comparar os resultados da qPCR dos tecidos com os testes sorológicos oficialmente adotados. Um total de 107 cães de área endêmica para LV foram selecionados de forma randomizada para o estudo. A qPCR utilizando o pelo apresentou uma sensibilidade de 37% (IC95% 27,43-46,54) e especificidade de 88% (IC95% 81-57-94,43), detectando 37% dos cães (27/73) comprovadamente positivos em outros tecidos. O aspirado esplênico foi o tecido que possibilitou maior detecção de cães positivos, diferindo do sangue, que foi o tecido cuja qPCR foi a menos sensível neste estudo. Em cães com sinais clínicos sugestivos de LV, o baço apresentou taxas superiores de detecção de kDNA, em comparação com os outros tecidos, corroborando os dados da literatura sobre a predileção e tropismo de protozoários por esse órgão. Não houve diferença na positividade de amostras de pelo em cães com ou sem doença clínica, porém quando somados, os resultados positivos de qPCR de pelo e de pele foram mais frequentes em cães com infecção subclínica (p=0,0345). Esses dados sugerem que o pelo pode ser útil quando amostras de citologia aspirativa ou de sangue são de difícil acesso, indisponíveis ou deterioradas. Sugere-se que detecção de kDNA apenas em tecidos do tegumento associada a negatividade em amostras de baço pode caracterizar cães com perfil de resistência, tendo em vista a não visceralização do parasito e nem a presença de manifestações clínicas de leishmaniose visceral.
Spleen, bone marrow, lymph nodes and blood samples are commonly used in the diagnosis of infection by Leishmania infantum. The methods of collecting these samples are effective and safe if performed by trained veterinarians, however, they are always invasive. The aims of this study were: (1) evaluate the hair as a sample for detection of L. infantum DNA by real-time PCR for the diagnosis of infection (2) standardize the hair DNA extraction (3) quantify the parasitic genetic material detected in the hair; (4) correlate the results of the hair samples with results of conventional samples: blood, spleen and skin for sensitivity verification and potential biomarker for visceral leishmaniasis (VL), and (5) compare the results of the tissue by PCR with serologic tests officially adopted. A total of 107 dogs from endemic area for VL were randomly selected for the study. The qPCR using the hair had a sensitivity of 37% (CI95% 27,43-46,54) and specificity of 88% (CI95% 81-57-94,43), detecting 37% of dogs (27/73) proved positive in other tissues. The splenic aspirate was the tissue that allowed greater detection of positive dogs, in contrast with blood, which had the less sensitive qPCR in this study. In dogs with clinical signs of VL, the spleen had higher kDNA detection rates, if compared with other tissues, corroborating the literature data on the predilection and tropism of protozoa by this organ. There was no difference in the positivity of hair samples in dogs with or without clinical signs, but when analysed together the positive results by qPCR hair and skin were more common in dogs with subclinical infection (p=0,0345). These data suggest that the hair can be useful when aspiration cytology or blood samples are difficult to access, unavailable or damaged. It is suggested that kDNA detection only in the integument tissues associated to negativity in spleen samples can characterize dogs with resistance profile considering that neither the parasite has internalized nor the presence of clinical manifestations of visceral leishmaniasis.
Biblioteca responsável: BR68.1