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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-206024

Resumo

As plantas medicinais têm sido utilizadas desde épocas muito antigas, e atualmente são alvos da pesquisa para obtenção de novos compostos bioativos, para combater, principalmente, microrganismos patogênicos resistentes. Nessa realidade, também existe a preocupação do uso tradicional das plantas e os resultados científicos positivos sobre os microrganismos, porém, muitos, sem a avaliação química e toxicológica. Nesse contexto, o trabalho teve por objetivo avaliar a sensibilidade dos isolados clínicos de microrganismos patogênicos de animais frente aos fármacos rotineiramente utilizados na clínica veterinária e a extratos hidroalcoólicos de Schinus terebinthifolius (ST), Eugenia uniflora (EU), Polygonum hydropiperoides (PH), Baccharis trimera (BT), Equisetum hyemale (EH) e Solidago chilensis (SC), além de determinar sua composição química, atividade antioxidante e toxicidade in vitro e in vivo. Foram testados 88 microrganismos, através do teste de microdiluição em caldo em bactérias (n=58) (CLSI, M07-A9), com realização de antibiograma prévio, e em fungos (n=30) (CLSI M38-A2 e M27-A3). A atividade antioxidante foi avaliada através dos testes com DPPH e ATBS. A identificação química e testes de toxicidade foram realizados apenas nos extratos com melhores resultados na atividade antimicrobiana. Os compostos químicos foram identificados através de CLAE e CG. Enquanto que a toxicidade in vitro foi avaliada através do teste pelo MTT em células Vero, avaliação espermática através dos parâmetros de motilidade no CASA e celulares por citometria de fluxo, e atividade hemaglutinante e hemolítica em eritrócitos caninos. A toxicidade in vivo foi avaliada pelo teste de embriotoxicidade em ovos de codorna. Houve a observação de isolados bacterianos e fúngicos resistentes, assim como, grande parte dos isolados com sensibilidade frente aos extratos de ST, EU e PH. Estes extratos apresentaram níveis superiores de atividade antioxidante, com presença de diversos compostos fenólicos e flavonoides. Porém, em relação a toxicidade in vitro, houve presença de citotoxicidade nas concentrações mais altas, principalmente nos extratos de EU e ST. As alterações foram a redução na viabilidade celular e motilidade espermática, reação no acrossoma, aumento na fluidez da membrana, redução no potencial de membrana mitocondrial, hemaglutinação e hemólise. No entanto, na avaliação in vivo, não demonstraram alterações/efeitos tóxicos. Os extratos vegetais de ST, EU e PH, apresentam-se promissores para a continuação dos estudos, com possibilidade de isolamento de substâncias antimicrobianas e antioxidantes.

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Medicinal plants have been used since ancient times, and are currently the targets of research to obtain new bioactive compounds, to combat, mainly, pathogenic resistant microorganisms. In this reality, there is also concern about the traditional use of plants and positive scientific results on microorganisms, but many, without chemical and toxicological evaluation. In this context, the objective of this study was to evaluate the sensitivity of clinical isolates of pathogenic microorganisms from animals to drugs routinely used in veterinary clinics and hydroalcoholic extracts of Schinus terebinthifolius (ST), Eugenia uniflora (EU), Polygonum hydropiperoides (PH), Baccharis trimera (BT), Equisetum hyemale (EH) and Solidago chilensis (SC), in addition to determining its chemical composition, antioxidant activity and toxicity in vitro and in vivo. A total of 88 microorganisms were tested by broth microdilution in bacteria (n = 58) (CLSI, M07-A9) with pre-antibiogram and in fungi (n = 30) (CLSI M38-A2 and M27-A3 ). The antioxidant activity was assessed by DPPH and ATBS tests. Chemical identification and toxicity tests were performed only on extracts with better results in antimicrobial activity. Chemical compounds were identified by HPLC and GC. While in vitro toxicity was assessed by MTT testing in Vero cells, sperm evaluation through the cell and cell motility parameters by flow cytometry, and haemagglutination and hemolytic activity in canine erythrocytes. In vivo toxicity was assessed by the embryotoxicity test on quail eggs. Resistant bacterial and fungal isolates were observed, as well as most isolates with sensitivity to ST, EU and PH extracts. These extracts presented higher levels of antioxidant activity, with the presence of several phenolic compounds and flavonoids. However, in relation to in vitro toxicity, there was presence of cytotoxicity in the higher concentrations, mainly in the extracts of US and ST. The changes were the reduction in cell viability and sperm motility, acrosome reaction, increase in membrane fluidity, reduction in mitochondrial membrane potential, haemagglutination and hemolysis. However, in the in vivo evaluation, they did not demonstrate toxic effects. The extracts of ST, EU and PH, are promising for the continuation of the studies, with the possibility of isolation of antimicrobial substances and antioxidants.

Biblioteca responsável: BR68.1