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Coprodutos do beneficiamento de girassol na dieta de ovinos confinados

LUZIA ELAINE DOMINGUES PIMENTA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-206815

Resumo

Os ruminantes, devido ao seu sistema digestivo peculiar, apresentam alta capacidade de consumo e digestão de uma variedade de coprodutos gerados pela agroindústria. Por sua vez, o beneficiamento de girassol para produção de óleo gera coprodutos que, devido ao alto volume, podem ocasionar problemas organizacionais e ambientais. Assim, nesta pesquisa teve-se por objetivo avaliar a viabilidade nutricional da inclusão de coprodutos do beneficiamento de girassol à dieta de ovinos. No Laboratório de Metabolismo Animal no Campus Universitário de Rondonópolis-MT foram realizados dois experimentos independentes. Para cada experimento foram utilizados 20 borregos não castrados, de aproximadamente 30 kg de peso corporal (PC) inicial, alojados em gaiolas de metabolismo e arranjados em um delineamento experimental em blocos casualizados com cinco repetições. Foram avaliadas a composição química dos ingredientes, rações, sobras, fezes e urina, a partir dos quais foram quantificados os consumos e digestibilidades da matéria seca (MS) e dos nutrientes e o balanço de compostos nitrogenados (BN). Em ambos os experimentos as dietas foram isoproteicas com relação volumoso:concentrado (V:C) de 60:40%, em base da MS. Os dados foram submetidos às análises de variância e regressão utilizando-se o software estatístico R. No primeiro experimento foi avaliado a inclusão de 0; 12; 24; e 36% de resíduo de girassol (RG) em substituição a silagem de milho na dieta. O consumo de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente ácido (FDA), nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN) e carboidratos não fibrosos (CNF) não foram influenciados (P>0,05) pela a inclusão de RG. Foram registrados valores médios de 1271,70 e 158,8 g dia-1, respectivamente para os consumos de MS e PB. Porem houve influencia (P<0,05) nos consumos de fibra em detergente neutro (FDN) e extrato etéreo (EE), registrando-se redução de 3,39 g dia-1 e acréscimo de 2,84 g dia-1 para cada unidade porcentual de RG adicionado na dieta, respectivamente. Os coeficientes de digestibilidade (CD) da MS; PB e FDN foram 71,11; 70,60; e 59,91%, respectivamente. Verificou-se efeito linear crescente para o NDT com acréscimos de 0,31% para cada 1% de inclusão de RG na dieta. Não houve influência do coproduto sobre nitrogênio ingerido (NI), nitrogênio excretado pelas fezes (NF), nitrogênio absorvido (NA) e nitrogênio retido (RN), mas a excreção de nitrogênio via urina (NU) atingiu o máximo quando a oferta foi de 13,74% de RG. Concluiu-se que o RG apresenta bom potencial para uso na alimentação de ovinos. No segundo experimento, foi avaliado a inclusão de 0; 9,3; 18,6 e 27,9% de farelo de girassol (FG) em substituição a 0, 33, 66 e 100% do farelo de soja (FS) na ração concentrada, o que correspondeu a 0; 3,7; 7,4; 11,1% de FG na MS da dieta, respectivamente. Os resultados indicaram ausência de efeito significativo (P<0,05) para consumo e digestibilidade da MS, MO, PB, EE, FDN, FDA, e CNF. Os quantitativos médios para consumo de MS, PB e de FDN foram de 2,9; 0,4 e 1,3% PC dia-1, respectivamente e da digestibilidade foi de 69,6; 72,84; 53,60%, respectivamente. Houve aumento linear (P<0,05) para o consumo de NIDN e NIDA, estimando-se acréscimos de 0,19 e 0,04 g dia-1 para cada unidade de FG adicionado na ração concentrada, respectivamente. Os valores de NI, NF, NU, NA e RN não foram influenciados pela inclusão de FG na dieta dos animais. Foram registrados valores médios de 13,77; 6,84; 6,04; 16,92; e 10,78 g dia-1, respectivamente para NI, NF, NU, NA e RN. Conclui-se que em dietas para ovinos com 40% de concentrado o FG pode ser utilizado como fonte exclusiva de proteína em substituição ao FS.
Ruminants, due to their peculiar digestive system, presents high capacity of consumption and digestion of a variety of byproducts generated by the agribusiness. In turn, sunflower processing for oil production generates byproducts that, due to the high volume, can cause organizational and environmental problems. Thus, the objective of this research was to evaluate the nutritional viability of the inclusion of byproducts from the sunflower processing to the sheep diet. In the Laboratory of Animal Metabolism in the University Campus of Rondonópolis-MT, two independent experiments were performed. For each experiment, 20 uncastrated lambs weighing approximately 30 kg body weight (CP) were housed in metabolism cages and arranged in a randomized complete block design with five replicates. The chemical composition of the ingredients, rations, leftovers, faeces and urine were evaluated, from which the intakes and digestibilities of the dry matter (DM) and nutrients and nitrogen balance (BN) were quantified. In both experiments the diets were isoprotein with a bulky: concentrate ratio (V: C) of 60: 40%, based on MS. Data were submitted to analysis of variance and regression using statistical software R. In the first experiment was evaluated the inclusion of 0; 12; 24; and 36% of sunflower residue (RG) to replace corn silage in the diet. The consumption of DM, organic matter (OM), crude protein (CP), acid detergent fiber (FDA), neutral detergent insoluble nitrogen (NIDN) and non-fibrous carbohydrates (CNF) were not influenced (P> 0.05) by the inclusion of GR. Mean values of 1271.70 and 158.8 g day-1, respectively, were recorded for MS and PB intakes. However, there was an influence (P <0.05) on the consumption of neutral detergent fiber (FDN) and ethereal extract (EE), registering a reduction of 3.39 g day-1 and an increase of 2.84 g day -1 for Each percentage unit of RG added in the diet, respectively. The digestibility coefficients (CD) of DM; PB and FDN were 71.11; 70.60; and 59.91%, respectively. There was an increasing linear effect for NDT with increases of 0.31% for every 1% inclusion of RG in the diet. There was no influence of byproduct on ingested nitrogen (NI), nitrogen excreted by feces (NF), nitrogen absorbed (NA) and nitrogen retained (NR), but nitrogen excretion via urine (NU) reached the maximum when supply was 13.74% RG. It was concluded that RG presents good potential for use in sheep feeding. In the second experiment, the inclusion of 0; 9.3; 18.6 and 27.9% of sunflower meal (FG) replacing 0, 33, 66 and 100% of the soybean meal (FS) in the concentrated ration, which corresponded to 0; 3.7; 7.4; 11.1% FG in the dietary MS, respectively. The results indicated absence of significant effect (P <0.05) for consumption and digestibility of DM, OM, PB, EE, FDN, FDA, and CNF. The mean values for DM, PB and FDN consumption were 2.9; 0.4 and 1.3% PC day-1, respectively and the digestibility was 69.6; 72.84; 53.60%, respectively. There was a linear increase (P <0.05) for the consumption of NIDN and NIDA, estimating increments of 0.19 and 0.04 g day-1 for each unit of GF added in the concentrate ration, respectively. The values of NI, NF, NU, NA and RN were not influenced by the inclusion of FG in the animals' diet. Mean values of 13.77 were recorded; 6.84; 6.04; 16.92; and 10.78 g day-1, respectively for NI, NF, NU, NA and RN. It is concluded that in diets for sheep with 40% of concentrate the FG can be used as exclusive source of protein in substitution to FS.
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