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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208101

Resumo

Tumores melanocíticos são comuns em cães e apresentam-se, quanto ao comportamento biológico, como benignos e malignos, sendo denominados melanocitoma e melanoma, respectivamente. Em humanos, a intensidade do infiltrado linfocitário tumoral (TIL) em melanomas cutâneos primários tem sido utilizada para avaliar a resposta imune antitumoral. O TIL tem exercido um importante papel, conferindo melhor prognóstico para estas neoplasias, além de estar associado à regressão tumoral. Os cães têm sido apontados como modelo para melanoma humano. Assim, com o intuito de avaliar o papel do TIL, verificar se há relação deste com variáveis prognósticas clinico-patológicas pré-estabelecidas e com o índice de proliferação celular e seu valor prognóstico foi realizado um estudo transversal e exploratório, com o uso de marcadores imuno-histoquímicos, a partir de junho de 2000 a setembro de 2016, em tumores melanocíticos primários caninos, diagnosticados no Laboratório de Patologia Animal da FAMV-UPF. Foram estudados 21 tumores, obtidos de 19 cães, dos quais 71,5% (15/21) correspondiam a melanomas melanóticos, 19,0% (4/21) melanocitomas, e 9,5% (2/21) melanomas amelanóticos. Cães geriátricos estiveram associados à presença de melanomas melanóticos. Não houve predisposição por sexo ea maioria dos tumores era oriunda do tecido cutâneo 71,5% (15/21). À confirmação diagnóstica, foi observado positividade de 92,5% para Melan-A, 87,5% para S-100 e 81% para HMB-45. Histologicamente, a maioria dos casos foi classificada como epitelioide57,1% (12/21). Melanomas estiveram associados à necrose, ulceração, atipia e elevado índice mitótico.Melanomas amelanóticos apresentaram elevada expressão de Ki67, sugerindo comportamento agressivo. O TIL apresentou forte correlação com os tumores malignos e com outros fatores prognósticos pré-estabelecidos, como necrose, ulceração e atipia nuclear. Linfócitos T são importantes na resposta imune antitumoral, contudo novos estudos são necessários para estabelecer os subtipos de linfócitos T presentes nos melanomas primários caninos na tentativa de elucidar o papel exercido por esta população e o comportamento da neoplasia.

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Melanocytic tumors are common in dogs and are present, regarding the biological behavior, as benign and malignant, being denominated melanocytoma and melanoma, respectively. In humans, the intensity of tumor lymphocytic infiltrate (TIL) in primary cutaneous melanomas has been used to evaluate the antitumoral immune response. The TIL has played an important role, assershing a better prognosis for these neoplasias, besides being associated with tumor regression. Dogs have been appointed as a model for human melanoma. So, in the intent to evaluate the role of TIL, verify if there is a relation of this one with pre-established clinicalpathological prognostic variables and with the index of cellular proliferation and its prognostic value, a transversal and exploratory study was carried with the use of immunohistochemical markers starting from June 2000 to September 2016, in canine primary melanocytic tumors diagnosed at the Animal Pathology Laboratory of FAMV-UPF. Were studied 21 tumors obtained from 19 dogs, of which 71.5% (15/21) corresponded to melanotic melanomas, 19.0% (4/21) melanocytomas, and 9.5% (2/21) amelanotic melanomas. Geriatric dogs were associated with the presence of melanotic melanomas.There was no predisposition by sex and most of the tumors came from the cutaneous tissue 71.5% (15/21). At the diagnostic confirmation, 92.5% positivity was observed for Melan-A, 87.5% for S-100 and 81% for HMB-45. Histologically, the majority of cases were classified as epithelioid 57.1% (12/21). Melanomas were been associated with necrosis, ulceration, atypia and high mitotic index. Amelanotic melanomas presented high Ki67 expression, suggesting aggressive behavior. The TIL showed a strong correlation with malignant tumors and other preestablished prognostic factors, such as necrosis, ulceration and nuclear atypia. The T lymphocytes are important on the immune antitumoral response, however, new studies are needed to establish the subtypes of the lymphocytes present in canine primary melanomas in an attempt to elucidate the role played by this population and the behavior of the neoplasia.

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