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Influência do estresse em ratos jovens tratados com ivermectina: estudos comportamentais e bioquímicos

DEBORA PEDROLO PARISI.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208614

Resumo

A ivermectina é um dos antiparasitários mais utilizados no mundo. Nosso grupo tem revelado diversos prejuízos comportamentais e neuroquímicos induzidos pelo tratamento de ratos adultos com doses terapêuticas de ivermectina. Os efeitos nos jovens são desconhecidos, embora ela venha sendo prescrita para jovens humanos, pets e animais de criação, os quais ainda apresentam notável desenvolvimento e podem ser mais susceptíveis a intervenções medicamentosas. Foram estudados os efeitos comportamentais e neuroquímicos de duas doses terapêuticas (0,2 e 1,0 mg/kg) de ivermectina em ratos jovens. O fator estresse também foi estudado, já que ele é subestimado nas prescrições médicas. As duas doses de ivermectina induziram hiperatividade nos ratos, sendo o efeito da dose maior mais marcante. A associação de 1,0 mg/kg de ivermectina com o estresse induziu hipolocomoção nos ratos. A dose de 1,0 mg/kg de ivermectina associada ou não ao estresse exacerbou a socialização dos ratos jovens. A ivermectina não afetou nem os níveis de ansiedade, nem os níveis de corticosterona dos ratos. Os achados comportamentais motores e exploratórios induzidos após a associação da ivermectina com o estresse parecem ter sidos desencadeados pelo aumento na atividade do sistema serotoninérgico estriatal. A associação da ivermectina com o estresse aumentou os níveis de dopamina estriatal, o que aumentou o comportamento (excessivo) de brincar social. Os resultados sugerem uma revisão no uso da ivermectina ou de sua dose prescrita durante a juventude de humanos e pets. O fator estresse deve ser considerado para as prescrições médicas, pois ele pode exacerbar os prejuízos comportamentais e neuroquímicos induzidos pelas doses terapêuticas de ivermectina.
Ivermectin is one of the most widely used antiparasitic agents in the world. Studies from our group have revealed several behavioral and neurochemical impairments induced by therapeutic doses of ivermectin in adult rats. However, the effects on juveniles remain unknown. Ivermectin has been prescribed for juvenile humans, pets and farm animals, which still show remarkable development and postnatal maturation and may be more susceptible to drug interventions. Hence, we studied the behavioral and neurochemical effects of two therapeutical doses (0.2 and 1.0 mg/kg) of ivermectin in juvenile rats. As it is underestimated in prescriptions, the stress factor was also studied. Both therapeutic doses of ivermectin induced hyperlocomotion in juvenile rats; with a more pronounced effect from the higher dose. Association of 1.0 mg/kg ivermectin with stress induced hypolocomotion in rats. Ivermectin 1.0 mg/kg whether or not associated with stress exacerbated socialization of rats. Ivermectin did not affect anxiety or corticosterone levels of juvenile rats. The motor/exploratory behavioral findings induced by association of ivermectin and stress seem to be triggered after the increase in the striatal serotonergic system activity. Association of ivermectin with stress increased striatal dopamine levels, which increased (excessive) social play behavior. Our results suggest a review of the use of ivermectin or its prescribed dose for juvenile humans and pets. Moreover, it has been found that the stress factor should be considered for medical prescriptions, since it may exacerbate behavioral and neurochemical impairments induced by therapeutical doses of ivermectin.
Biblioteca responsável: BR68.1