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Toxoplasmose aguda em pacientes HIV/aids no extremo sul do Brasil

FABIANE CAMPOS DA SILVA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208930

Resumo

A infecção por Toxoplasma gondii em indivíduos imunossuprimidos pelo HIV pode evoluir para doença oportunista. A neurotoxoplasmose tende a ser a forma mais prevalente, levando a quadros mais ou menos graves, a depender do grau de imunossupressão. Este trabalho objetivou analisar os aspectos clínico-epidemiológicos da toxoplasmose aguda em pacientes HIV/aids atendidos no Serviço de Assistência Especializada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas. Os dados foram coletados através da análise de prontuários de todos os pacientes que estiveram em tratamento no período de 1998 a 2016, após a implantação do uso da terapia antirretroviral (HAART). A prevalência de toxoplasmose aguda foi de 3,65%. Destes, os índices foram de 77,6% para neurotoxoplasmose, 13% para toxoplasmose ocular e 9,3% para títulos elevados de IgG. Hemiparesia e diminuição de acuidade visual foram os sinais clínicos mais comuns de neurotoxoplasmose e toxoplasmose ocular, respectivamente. Foram constatados como fatores de risco para o desenvolvimento de infecção aguda por T. gondii, através do modelo de regressão logística: níveis baixos de linfócitos T CD4+ (OR=6,65), baixa relação CD4/CD8 (OR=8,03), uso irregular de antirretrovirais (OR=2,83; IC95%=2,34 -12,73) e o não uso dos mesmos (OR=1,13). Os resultados indicam a frequência de infecção aguda por T.gondii entre esses pacientes, com lesões predominantemente neurológicas, e que sua ocorrência está diretamente relacionada ao não uso ou uso inadequado da terapia específica antirretroviral, que resulta em grave imunossupressão, permitindo a agudização da infecção pelo protozoário, até então latente.
Toxoplasma gondii infection in HIV-immunocompromised individuals may progress to opportunistic diseases. Neurotoxoplasmosis tends to be the most prevalent form leading to more or less severe immunosuppression, depending on the degree of immunosuppression. This study aimed to analyze the clinical and epidemiological aspects of acute toxoplasmosis in HIV/AIDS patients who have been treated at the Specialized Assistance Service in the School of Medicine in Federal University of Pelotas. Data were collected through the medical records analysis of all patients who underwent treatment from 1998 to 2016, after the implementation of antiretroviral therapy (HAART). The prevalence of acute toxoplasmosis was 3.65%. From them, the rates were 77.6% for neurotoxoplasmosis, 13% for ocular toxoplasmosis and 9.3% for increased IgG titers. Hemiparesis and decreased visual acuity were the most common clinical signs of neurotoxoplasmosis and ocular toxoplasmosis, respectively. Low CD4 +T lymphocytes (OR=6.65), low CD4/CD8 ratio (OR=8.03), irregular use of antiretrovirals (OR=2.83, 95% CI=2.34-12.73) and non-use (OR=1.13) have been found as risk factors for the development of acute toxoplasmosis using a logistic regression model. The findings show the frequency of clinical toxoplasmosis among the patients with predominantly neurological lesions, and occurrence of them is directly related to the inadequate use or non-use at all of specific antiretroviral therapy, which leads to severe immunosuppression, allowing exacerbation of infection by the protozoan, latent until then.
Biblioteca responsável: BR68.1