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Potencial antibacteriano dos óleos essenciais Lippia sidoides, Ocimum gratissimum e Zingiber officinale em juvenis de Colossoma macropomum infectados por Aeromonas hydrophila

PATRICIA CASTRO MONTEIRO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212028

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana dos oleos essenciais (OEs) de Lippia sidoides, Ocimum gratissimum e Zingiber officinale in vitro e in vivo por meio de banhos terapeuticos e a suplementacao na dieta de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) e seus efeitos sobre crescimento, parametros hematologicos, bioquimicos e histologicos apos desafio com a bacteria Aeromonas hydrophila. No capitulo 1 foram realizados os testes in vitro frente 10 cepas de A. hydrophila isoladas de tambaquis, alem de determinar sua composicao quimica. Os principais compostos presentes nos OEs foram timol (76,6%), p-cimeno (6,3%) e -cariofileno (5,0%) para L. sidoides, eugenol (43,3%), 1,8-cineole (28,2%) e -selineno (5,5%) para O. gratissimum e geranial (23,2%), neral (16,7%) e 1,8-cineole (15,8%) para Z. officinale. Todos os OEs avaliados apresentaram acao bactericida frente 10 cepas de A. hydrophila, com concentracao inibitoria minima (CIM) e concentracao bacteriana minima (CBM) variando de 625 a 5.000 g mL1. Dentre os OEs avaliados, o OE de L. sidoides apresentou a melhor atividade antimicrobiana contra as cepas de A. hydrophila (CIM e CBM de 625 a 1.250 g mL-1). No capitulo 2, juvenis de tambaqui foram experimentalmente infectados com A. hydrophila, e entao submetidos a banhos terapeuticos de 60 minutos durante 5 dias consecutivos. Os tratamentos aplicados foram: 1) controle positivo (infectado com A. hydrophila e sem adicao de OE), 2) controle negativo (infectado com A. hydrophila e adicao de 10 mg L-1 de gentamicina), 3) 2,5 mg L-1 e 4) 5,0 mg L-1 do OE L. sidoides, 5) 5,0 mg L-1e 6) 10,0 mg L-1 do OE O. gratissimum, 7) 5,0 mg L-1 e 8) 10,0 mg L-1 do OE Z. officinale, cada um com tres repeticoes, sendo a sobrevivencia dos peixes registrada durante 10 dias. A maior taxa de sobrevivencia de tambaquis foi alcancada pelo grupo tratado com 5,0 mg L-1 de OE O. gratissimum (89,5%), valores proximos aos obtidos no grupo controle negativo. Ja com 5,0 mg L-1 do OE de L. sidoides a sobrevivencia foi 75,0%, e para os demais tratamentos com OE os valores de sobrevivencia foram proximos ou abaixo do registrado para o grupo controle positivo (70,8%). Na avaliacao dos parametros hematologicos e bioquimicos foi observada reducao nos valores de hematocrito, hemoglobina e numero de eritrocitos em tambaquis expostos aos OE L. sidoides e Z. officinale em relacao aos grupos controle, entretanto nao houve alteracao significativa nos valores de glicose plasmaticas, proteinas totais e das enzimas aminotransferases (aspartato e alanina aminotransferase) entre os tratamentos avaliados. Na analise histopatologica do tecido hepatico de tambaquis infectados com A. hydrophila, apos banhos com OE, foi observada a ocorrencia de danos que variaram de leves a moderados. Os OE de O. gratissimum e L. sidoides, aplicados via banhos, promoveram melhor sobrevivencia de tambaquis infectados com A. hydrophila, entretanto estrategias adicionais sao necessarias para o uso destes oleos essenciais como antibacteriano. No capitulo 3 foi avaliado o efeito da inclusao de OEs de L. sidoides, O. gratissimum e Z. officinale na dieta de juvenis de tambaqui sobre os parametros de crescimento, hematologicos e imunologicos, bem como sua resistencia frente a infeccao induzida por A. hydrophila. Sete dietas foram elaboradas (32% de proteina bruta) contendo duas concentracoes de cada oleo essencial avaliado, compondo os tratamentos: 1) 0 g kg-1 (controle); 2) 0,625 g kg-1 e 3) 1,25 g kg-1 de OE de L. sidoides; 4) 1,25 g kg-1 e 5) 5,0 g kg-1 de OE de O. gratissimum; 6) 1,25 g kg-1 e 7) 5,0 g kg-1 de OE de Z. officinale, com tres repeticoes. Ao final de 30 e 60 dias de alimentacao, os parametros de desempenho e algumas variaveis hematologicas nao apresentaram diferencas significativas entre os tratamentos (p<0,05), sendo observado somente reducao de trombocitos totais ao final de 30 dias de alimentacao com 1,25 g kg-1 e 5,0 g kg-1 de OE de O. gratissimum. Apos o periodo de 60 dias, os juvenis de tambaqui foram desafiados com a bacteria A. hydrophila (1,6 x 108 UFC mL-1), sendo observados por 10 dias. A adicao de 0,625 e 1,25 g kg-1 do OE de L. sidoides na dieta de tambaquis promoveu respostas de imunidade inespecifica atraves do aumento da atividade respiratoria de leucocitos, apos infeccao induzida, com reducao nos niveis de glicose plasmatica, que sugere acao da insulina, e sem alteracao nos niveis de proteinas totais. A sobrevivencia de peixes infectados com A. hydrophila foi maior naqueles alimentados com 0,625 g kg-1 de OE de L. sidoides.
The objective of this work was to evaluate the antimicrobial activity of Lippia sidoides, Ocimum gratissimum and Zingiber officinale essential oils (EOs) in vitro and in vivo by therapeutic baths and the supplementation in the diet of tambaquis juveniles (Colossoma macropomum) and their effects on growth, hematological, biochemical and histological parameters after challenge with Aeromonas hydrophila. In chapter 1, in vitro tests were carried out against 10 strains of A. hydrophila isolated from tambaquis, in addition to determining their chemical composition. The main compounds present in EOs were thymol (76.6%), p-cymene (6.3%) and -caryophyllene (5.0%) for L. sidoides, eugenol (43.3%), 1.8-cineole (28.2%) and -selinene (5.5%) for O. gratissimum and geranial (23.2%), neral (16.7%) and 1,8-cineole (15.8%) to Z. officinale. All EOs evaluated showed bactericidal action against 10 strains of A. hydrophila, with minimal inhibitory concentration (MIC) and minimum bacterial concentration (MBC) ranging from 625 to 5,000 g mL1. Among the evaluated EOs, L. sidoides showed the best antimicrobial activity against A. hydrophila strains (MIC and MBC varing from 625 to 1,250 g mL- 1). In chapter 2, tambaqui juveniles were experimentally infected with A. hydrophila, and then subjected to 60-minute therapeutic baths for 5 consecutive days. The treatments applied were: 1) positive control (infected with A. hydrophila and no OE added), 2) negative control (infected with A. hydrophila and added 10 mg L-1 gentamicin), 3) 2.5 mg L-1 and 4) 5.0 mg L-1 of L. sidoides EO, 5) 5.0 mg L-1 and 6) 10.0 mg L-1 of O. gratissimum EO, 7) 5.0 mg L-1 and 8) 10.0 mg L-1 of Z. officinale EO, each with three repetitions, with fish survival recorded for 10 days. The highest survival rate of tambaqui was achieved by the group treated with 5.0 mg L-1 O. gratissimum (89.5%), values close to those obtained in the negative control group. Already with 5.0 mg L-1 of the L. sidoides EO the survival was 75.0%, and for the other treatments with EO the survival values were close to or below those registered for the positive control group (70.8%). In the evaluation of hematological and biochemical parameters it was observed reduction in hematocrit, hemoglobin and erythrocyte number in tambaqui exposed to L. sidoides and Z. officinale EO in control groups, however there was no significant change in plasma glucose, total protein values and the enzymes aminotransferases (aspartate and alanine aminotransferase) among the evaluated treatments. Histopathological analysis of liver tissue of tambaqui infected with A. hydrophila after baths with Eos showed mild to moderate damage. O. gratissimum and L. sidoides EOs, applied via baths, promoted better survival of tambaquis infected with A. hydrophila, however additional strategies are needed for the use of these essential oils as antibacterial. In chapter 3, the effect of the inclusion of L. sidoides, O. gratissimum and Z. officinale Eos in the diet of tambaquis juveniles on the growth, hematological and immunological parameters, as well as their resistance to infection induced by A. hydrophila was evaluated. Seven diets were prepared (32% crude protein) containing two concentrations of each essential oil evaluated, comprising the treatments: 1) 0 g kg-1 (control); 2) 0.625 g kg-1 and 3) 1.25 g kg-1 of L. sidoides EO; 4) 1.25 g kg-1 and 5) 5.0 g kg-1 of O. gratissimum EO; 6) 1.25 g kg-1 and 7) 5.0 g kg-1 of Z. officinale EO, with three repetitions. At the end of 30 and 60 days of feeding, the performance parameters and some hematological variables did not show significant differences between treatments (p <0.05), being observed only reduction of total thrombocytes at the end of 30 days of feeding with 1.25. g kg-1 and 5.0 g kg-1 of O. gratissimum EO. After 60 days, tambaqui juveniles were challenged with the bacteria A. hydrophila (1.6 x 108 CFU mL-1) and observed for 10 days. The addition of 0.625 and 1.25 g kg-1 of L. sidoides EO in tambaqui diet promoted nonspecific immunity responses through increased leukocyte respiratory activity after induced infection, with a reduction in plasma glucose levels, which suggests insulin action, and no change in total protein levels. The survival of A. hydrophila-infected fish was higher in those fed with 0.625 g kg-1 of L. sidoides EO.
Biblioteca responsável: BR68.1