Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

ALCALOIDES PIPERIDÍNICOS DE ALGAROBA EM DIETAS PARA CAPRINOS

WEIBER DA COSTA GONCALVES.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212086

Resumo

Objetivou-se avaliar os efeitos dos níveis de inclusão de alcaloides piperidínicos de algaroba (APA) em dietas sobre os parâmetros nutricionais e ruminais em caprinos: consumo e digestibilidade dos nutrientes; excreção urinária de creatinina, ureia, derivados de purina e síntese ruminal de proteína microbiana; população de protozoários e produtos da fermentação ruminal; palatabilidade e preferência dos concentrados. Experimento 1: o delineamento experimental foi disposto em quadrado latino duplo 5 x 5. Às dietas adicionaram-se monensina sódica (2,7 mg/kg MS) e APA (0; 9,2; 18,4 e 27,6 mg/kg MS). O ensaio foi composto por cinco períodos de 25 dias. Foram utilizados dez caprinos mestiços de Anglo Nubiano x SRD, machos não castrados, com idade aproximada de 210 dias e peso corporal inicial médio de 27,99±1,33 kg. O consumo de MS, nutrientes e energia foram similares para as dietas aditivadas com monensina (MON) e APA. A dieta com APA incrementou o consumo de MS, MO, PB, EE, CNF, NDT e energia, quando se compara com a dieta sem aditivo. Em relação aos coeficientes de digestibilidade, houve similaridade para MS, MO, FDN, PB, EE e NDT nas dietas com MON e APA (P>0,05). Entretanto, para digestibilidade do CNF o aditivo APA foi superior a MON (P<0,05). Não houve diferença para o volume urinário e concentração plasmática de creatinina entre as dietas aditivadas e sem aditivo (P>0,05). Observou-se diferença para a excreção urinária de creatinina entre a dieta aditivada com APA e a sem aditivo (P<0,05). Para o balanço de nitrogênio, não houve diferença entre as dietas aditivadas (P>0,05). Houve similaridade nas excreções urinárias de ureia e nitrogênio ureico para ambas as dietas (P>0,005). O mesmo ocorreu para produção e eficiência microbiana. No entanto, houve diferença quanto aos níveis plasmáticos de ureia e nitrogênio ureico entre as dietas aditivadas (P<0,05), e também quando comparado à dieta sem aditivo com a dieta com APA (P<0,05). Nenhum efeito foi observado (P>0,05) para ácidos graxos voláteis (AGVs) e a produção de metano (CH4) entre as dietas aditivadas com APA em relação à MON. Houve diferença na concentração do N-NH3 no rúmen entre as dietas aditivadas, com menor valor para MON quando comparado ao APA (P<0,05). A dieta aditivada com 27,6 mg/kg de MS de APA elevou em 27,08% a concentração de N-NH3 em relação à dieta controle. Para a quantificação da população total dos protozoários ruminais e identificação dos gêneros, não houve diferença entre animais dos grupos MON e APA (P>0,05), com exceção do gênero Isotricha spp. (P<0,05). O gênero Entodinium spp. foi dominante. A concentração de protozoários variou de 1,28 a 2,61 x 106/mL no fluído ruminal. Quanto à classificação dos protozoários (pequenos, médios ou grandes), houve predomínio dos médios. Experimento 2: para avaliação da palatabilidade, o delineamento foi disposto em quadrado latino quádruplo 4 x 4, sendo quatro dietas (as dietas foram as mesmas do experimento 1, porém, sem a monensina). Na avaliação de preferência o delineamento foi inteiramente casualizado (DIC) com quatro dietas. O ensaio experimental teve duração de 32 dias. Foram utilizados oito caprinos adultos mestiços de Anglo Nubiano x SRD, machos não castrados, com peso corporal inicial médio de 46,92±0,99 kg. A inclusão do APA no concentrado não alterou a palatabilidade dos alimentos, visto que não foram observadas diferenças para as variáveis em análise (Avaliando, consumindo, ócio, CMS e taxa de ingestão), quando comparadas à dieta sem aditivo (P>0,05). Os concentrados aditivados com APA foram preferidos pelos caprinos, visto que houve diferença entre a dieta sem aditivo e com APA (P<0,05). O ajuste foi quadrático para essa avalição, com ponto de máximo em 16,9 mg/kg MS. Ambos os ensaios ajudam a justificar a aplicação do APA na alimentação de ruminantes, por se tratar de um produto alternativo, mas é necessário avaliar sua ação sobre outros segmentos na produção animal.
The The aim was to evaluate the effects of inclusion levels of mesquite piperidine alkaloids (MPA) in diets on nutritional and ruminal parameters in goats: intake and digestibility of nutrients; urinary creatinine excretion, urea, purine derivatives and ruminal microbial protein synthesis; protozoa population and ruminal fermentation products; palatability and preference of concentrates. Experiment 1: the experimental design was a 5 x 5 double Latin square. Sodium monensin (2.7 mg / kg DM) and MPA (0,9.2, 18.4 and 27.6 mg / kg DM) were added in the diets. The trial consisted of five periods of 25 days. Ten crossbred goats (Anglo Nubian x no defined race), uncastrated, male, with an approximate age of 210 days and mean initial body weight of 27.99 ± 1.33 kg were used. Intake of DM, nutrients and energy were similar for monensin (MON) and MPA diets. The MPA diet increased the intake of DM, OM, CP, EE, NFC, TDN and energy when compared to the diet without additive. In relation to the digestibility coefficients, there were similarities for DM, OM, NDF, CP, EE and TDN in the diets with MON and MPA (P> 0.05). However, for NFC digestibility the MPA additive was higher than MON (P <0.05). There was no difference for urinary volume and plasma creatinine concentration among the additives diets and no additive diet (P>0.05). Differences were observed in the urinary excretion of creatinine between the diet with MPA and without additive (P <0.05). For the nitrogen balance, there was no difference between the additives diets (P> 0.05). There was similarity in the urinary excretions of urea and urea nitrogen for both diets (P> 0.005). The same occurred for microbial production and microbial efficiency. However, there were differences in plasma levels of urea and urea nitrogen between the additives diets (P <0.05), and also when compared to the diet without additive with the MPA diet (P <0.05). There was not effect (P> 0.05) for volatile fatty acids (VFA) and methane (CH4) production between MPA diets with relation to MON. There was a difference in rumen N-NH3 concentration among the additives diets, with lower value for MON when compared to MPA (P <0.05). The diet with 27.6 mg / kg MPA DM increased the N-NH3 concentration in relation to the control diet by 27.08%. For the quantification of the total population of ruminal protozoa and identification of genera, there was no difference between animals of the MON and MPA groups (P> 0.05), except for the genus Isotricha spp. (P <0.05). The genus Entodinium spp. was dominant. The concentration of protozoa ranged from 1.28 to 2.61 x 106 / mL in the ruminal fluid. Regarding the protozoa classification (small, medium or large), there was a predominance of medium. Experiment 2: to evaluate the palatability, the design was arranged in a 4 x 4 quadruple latin square, with four diets (diets were the same as in experiment 1, but without monensin). In the preference evaluation the design was completely randomized with four diets. The experimental trial lasted 32 days. Eight adult male goats (Anglo Nubian x no defined race), uncastrated, with mean initial body weight of 46.92 ± 0.99 kg, were used. The MPA inclusion in the concentrate did not alter the food palatability. No differences were observed for the variables under analysis (Intake, leisure, DMI and ingestion rate), when compared to the diet without additive (P> 0.05). Concentrates with MPA were preferred by goats. There was difference between the diet without additive and MPA (P <0.05). The adjustment was quadratic for this evaluation, with maximum point at 16.9 mg / kg DM. Both assays help to justify the MPA application to ruminant feed, as it is an alternative product, but it is necessary to evaluate its action on other segments in animal production.
Biblioteca responsável: BR68.1