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INTOXICAÇÃO POR SALINOMICINA EM SUÍNOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

AMANDA QUEIROZ DE CARVALHO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212983

Resumo

CARVALHO, Amanda Queiroz. Intoxicação por salinomicina em suínos no Estado de Santa Catarina. 2019. 68p. Tese (Doutorado em Ciência Animal Área de Concentração: Saúde Animal). Universidade do Estado de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. Lages, 2019. A presente tese teve por objetivo estudar os casos de miopatia tóxica que ocorrem em suínos, no estado de Santa Catarina, relacionados ao uso de salinomicina na ração associado ao uso concomitante de antibióticos. Foram descritos dois casos espontâneos de intoxicação por salinomicina, o primeiro deles associado ao uso de tiamulina e o segundo ao florfenicol. Em ambos os casos os animais apresentaram sinais clínicos locomotores caracterizados por incoordenação motora, andar rígido, relutância ao movimento, fraqueza e tremores musculares, dispneia, depressão e decúbito, permanecendo em posição de cão sentado ou com abdução dos membros pélvicos, e quando em estação, apoiavam-se nas pinças dos cascos. O achado macroscópico mais relevante observado durante a necropsia foi palidez leve dos músculos dos membros pélvicos. Os principais achados histopatológicos foram áreas multifocais de degeneração hialina e necrose e necrose flocular acentuadas as vezes associado a fagocitose de fibras e formação de miotubulos. Essas lesões foram mais intensas nos músculos longissimus dorsi e semimembranoso. O diagnóstico de miopatia tóxica secundária a intoxicação por ionóforo baseou-se nos aspectos epidemiológicos e no quadro clínico-lesional. Para estudar a interação do florfenicol na intoxicação por salinomicina foram conduzidos dois experimentos. O primeiro teve o intuito de verificar a capacidade do florfenicol influenciar na toxicidade da salinomicina, e foi denominado Intoxicação aguda por salinomicina e florfenicol. O segundo teve a finalidade de verificar o potencial acumulativo da salinomicina, e foi denominado Intoxicação crônica por salinomicina. A intoxicação por salinomicina e florfenicol foi realizada utilizando 12 suínos, divididos em 4 grupos com 3 animais cada, tratados por 16 dias com rações contendo: Grupo 1: sem aditivos. Grupo 2: 50ppm de salinomicina. Grupo 3: 40ppm de florfenicol. Grupo 4: 50ppm de salinomicina e 40ppm de florfenicol. Dois animais do grupo 3 adoeceram e desenvolveram o quadro clínico lesiona de miopatia tóxica. A intoxicação aguda foi reproduzida a partir da ingestão de 24, 67mg/kg/PV de salinomicina e 19,74 mg/kg/PV de florfenicol, comprovando que o florfenicol foi capaz de influenciar na toxicidade de salinomicina. A intoxicação crônica por salinomicina foi realizada, com 20 suínos, com peso médio de 36,28kg, divididos em 5 grupos com 4 animais cada, alojados em baias individuais de alvenaria. Os animais foram alimentados por 42 dias com rações contendo salinomicina nas seguintes dosagens: Grupo 1: 25 ppm de salinomicina; Grupo 2: 50 ppm de salinomicina; Grupo 3: 75 ppm de salinomicina; Grupo 4: 100 ppm de salinomicina e Grupo 5: 150 ppm de salinomicina. Nesse experimento nenhum animal apresentou sintomatologia clínica, a menor ingestão foi de 40,69 mg/kg, enquanto a maior foi de 289,79 mg/kg. O consumo de ração não foi inibido pela alta ingestão de salinomicina e os suínos apresentaram ganho médio de peso de 46,64 kg em 42 dias, com peso final médio de 82,92 kg. Concluindo-se que nas doses utilizadas, a salinomicina não demonstrou potencial acumulativo nos suínos.
CARVALHO, Amanda Queiroz. Salinomycin intoxication in pigs in the State of Santa Catarina. 2019. 68p. Thesis (Doctorate in Animal Science Area: Animal Health). Santa Catarina State University. Post Graduate Program in Animal Science. Lages, 2019. This study aimed to study cases of toxic myopathy that occurs in Santa Catarina state, related to the use of salinomycin associated with antibiotics. Two spontaneous cases of salinomycin poisoning were described, the first associated with the use of tiamulin and the second with florfenicol. In both cases the animals presented locomotor clinical signs characterized by motor incoordination, rigid walking, reluctance to movement, muscle weakness and tremors, dyspnea, depression and decubitus, remaining in sitting dog position or with abduction of the pelvic limbs, and when in season, they rested on the hooves' tongs. The most relevant macroscopic finding observed during autopsy was mild pallor of the pelvic limb muscles. The main histopathological findings were multifocal areas of hyaline degeneration and marked floccular necrosis, sometimes associated with fiber phagocytosis and myotubule formation. These lesions were more intense in the longissimus dorsi and semimembranosus muscles. The diagnosis of toxic myopathy secondary to ionophore poisoning was based on the epidemiological aspects and the clinical-lesion picture. To study the interaction of florfenicol in salinomycin poisoning, two experiments were conducted. The first was intended to verify the ability of florfenicol to influence salinomycin toxicity and was called Acute salinomycin and florfenicol poisoning. The second was intended to verify the cumulative potential of salinomycin and was called Chronic Salinomycin Poisoning. Salinomycin and florfenicol poisoning was performed using 12 pigs, divided into 4 groups with 3 animals each, treated for 16 days with diets containing: Group 1: no additives. Group 2: 50ppm salinomycin. Group 3: 40ppm florfenicol. Group 4: 50ppm salinomycin and 40ppm florfenicol. Two animals from group 3 became got sick and developed the injured clinical condition of toxic myopathy. Acute intoxication was reproduced from ingestion of 24.67mg/kg/lw of salinomycin and 19.74 mg/kg/lw of florfenicol, proving that florfenicol was able to influence salinomycin toxicity. Chronic salinomycin poisoning was performed with 20 pigs weighing 36.28kg, divided into 5 groups with 4 animals each, housed in individual pen. The animals were fed for 42 days with diets containing salinomycin at the following dosages: Group 1: 25 ppm salinomycin; Group 2: 50 ppm salinomycin; Group 3: 75 ppm salinomycin; Group 4: 100 ppm salinomycin and Group 5: 150 ppm salinomycin. In this experiment no animal presented clinical symptoms, the lowest intake was 40.69 mg/kg, while the highest was 289.79 mg/kg. Feed intake was not inhibited by high salinomycin intake and pigs had average weight gain of 46.64 kg in 42 days, with average final weight of 82.92 kg. In conclusion, at the doses used, salinomycin did not show accumulative potential in pigs.
Biblioteca responsável: BR68.1