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Alterações anatomo-histopatológica do trato gastrointestinal de tartarugas marinhas de vida livre e investigação da relação com detritos inorgânicos, parasitas e Helicobacter spp.

SAMARA ROSOLEM LIMA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213543

Resumo

Tartarugas marinhas de vida livre são constantemente expostas à fatores estressores e agressões fisiológicas. O objetivo desta tese foi relatar e quantificar a ocorrência e associações entre Helicobacter spp., parasitas e lesão em esôfago e estômago de Tartarugas marinha de vida livre encontradas mortas nas praias da Microrregião dos Lagos, Rio de Janeiro (RJ), por meio das análises bacterioscópica, anatomopatológica e imuno-histoquímica. Neste estudo foram submetidas à necropsia e análise 25 tartarugas marinhas de vida livres e realizado um estudo retrospectivo dos arquivos de necropsia de tartarugas marinhas arquivadas em Iguaba Grande. Amostras estomacais e esofágicas foram coletadas e submetidas ao teste bacterioscópico, de urease, histológica, impregnação por prata (métodos de Whatin-Starry) e à técnica de imuno-histoquímica (IHQ). Com base nos dados foram produzidos, e ou estão em fase de produção, artigos científicos que serão aqui transcritos em forma de capítulos. O primeiro capítulo aborda o estudo retrospectivo de 186 fichas de necropsia de tartarugas marinhas e teve como objetivo descrever as características observadas entre as tartarugas marinhas de vida livre que ingeriram detritos inorgânicos de origem antropogênica em comparação com as que não ingeriram. O estudo revelou que quase metade das mortes destes quelônios no estado do RJ resultou da ingestão de lixo. Demonstrou que a ingestão se repete ao longo da vida e o intestino grosso era o local com maior acúmulo. No segundo capítulo foram descritos as lesões gástricas de 22 tartarugas marinhas, sendo observado gastrites em 86.4% destes animais, parasitismo em 81.3% e alterações morfológicas celulares adaptativas em 59,1%. No terceiro capítulo foi descrito 15 casos de esofagite caseosa em Chelonia mydas, todos em região de esfíncter gastroesofágico. Estas esofagites apresentaram diferentes graus de intensidade, podendo evoluir para obstruição esofágica. No quarto capítulo, foi descrito a identificação de bactérias do gênero Helicobacter no estômago de 20 tartarugas marinhas de vida livre através das análises bacterioscópicas, anatomo-patológicas e imuno-histoquímica. Este estudo demonstrou enfermidades sofridas por tartarugas marinhas de vida livre oriundas da Microrregião do Lagos, RJ. Estes quêlonios estavam diretamente expostos à agressões do ambiente, como ingestão do lixo disperso na água e de parasitos que residem o ambiente onde vivem. A identificação de Helicobacter sp. nestas tartarugas forneceu novos parâmetros para a identificação da causa de agressão à estes animais.
Free-living sea turtles are constantly exposed to stressors and physiological aggressions. The purpouse of this thesis was to report and quantify the occurrence and associations between Helicobacter spp., Parasites and esophageal and stomach lesions of free-living marine turtles found dead in the beaches of the microregion of Lagos, Rio de Janeiro, through bacterioscopic analysis. anatomopathological and immunohistochemical. In this study, 25 free-living sea turtles were necropsied and analyzed and a retrospective study of archival sea turtle necropsy archives in Iguaba Grande was performed. Stomach and esophageal samples were collected and submitted to bacterioscopic, urease, histological, silver impregnation (Whatin-Starry methods) and immunohistochemistry (IHQ). Based on the data, scientific articles have been produced, or are being produced, which will be transcribed here as chapters. The first chapter deals with the retrospective study of 186 sea turtle necropsy records and aimed to describe the characteristics observed among freeliving sea turtles that ingested inorganic debris of anthropogenic origin compared with those that did not ingest. The study revealed that almost half of the deaths of these turtles in the state of RJ resulted from the ingestion of garbage. It showed that ingestion is repeated throughout life and the large intestine was the site with the highest accumulation. In the second chapter, gastric lesions of 22 sea turtles were described, with gastritis being observed in 86.4% of these animals, parasitism in 81.3% and adaptive cellular morphological changes in 59.1%. In the third chapter 15 cases of caseous esophagitis in Chelonia mydas were described, all in the gastroesophageal sphincter region. These esophagitis presented different degrees of intensity and may progress to esophageal obstruction. In the fourth chapter, the identification of bacteria of the genus Helicobacter in the stomach of 20 free-living sea turtles was described through bacterioscopic, pathological and immunohistochemical analyzes. These chelonios were directly exposed to environmental aggressions, such as ingestion of waterborne waste and parasites residing in the environment where they live. The identification of Helicobacter sp. These turtles provided new parameters for identifying the cause of aggression to these animals.
Biblioteca responsável: BR68.1