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EFEITO IMUNOTERAPÊUTICO DE UMA VACINA ANTI- LEISHMANIA EM CÃES DE UMA ÁREA ENDÊMICA PARA LEISHMANIOSE VISCERAL

LUCILANDIA MARIA BEZERRA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213762

Resumo

Em regiões endêmicas, a maior desafio enfrentado atualmente é a detecção de animais infectados e assintomáticos, uma vez que podem se tornar o maior fator de risco para a manutenção da infecção, portanto, o diagnóstico baseado em testes mais sensíveis e específicos para leishmaniose visceral canina (LVC) pode ser a possível solução para o controle dessa doença. Exames sorológicos que possam identificar animais expostos, infectados ou doentes, como o Elisa IgG anti-Leishmania, se destacam como excelentes ferramentas para a detecção de animais nessa condição clínica nas áreas de alto risco devido a sua alta sensibilidade nessas regiões. Entre os marcadores clínico patológicos que podem contribuir para a percepção de infecção por Leishmania, foram realizados exames hematológicos e bioquímicos. Assim como o diagnóstico precoce e seguro, o tratamento de cães infectados ou infecciosos utilizando vacinas tem despertado interesse por pesquisadores. Nesse sentido, foram realizados dois experimentos. No primeiro, foi avaliada a resposta imunoterapêutica de uma vacina anti- Leishmania (Leish-Tec®), em dose dupla, em cães de uma área endêmica para LVC. Para isso, analisaram-se 85 amostras de soro de animais assintomáticos, não reagentes e reagentes a baixa titulação (ponto de corte 1/40) para leishmaniose aos testes ELISA/RIFI, negativos ao teste parasitológico da medula óssea. A resposta imune dos cães tratados foi avaliada pelo ELISA IgG anti-rA2, cujo antígeno (rA2) faz parte da composição da vacina. No segundo, foi avaliado o desempenho de uma proteína recombinante rK28, objetivando verificar sua sensibilidade em detectar animais infectados em área endêmica. Nesse sentido, foi delineado um ensaio clínico de intervenção e controle para analisar os desfechos positivos e negativos dos animais em estudo. De acordo com o teste sorológico na triagem (RIFI), os animais foram distribuídos em cinco grupos (NRNV-não reagente não vacinado, n=23; RNV-reagente não vacinado, n=7; NRVS-não reagente vacinado 1 ml, n=22; NRVD-não reagente vacinado 2 ml, n=16; e RVD- reagente vacinado 2 ml, n=15). Após o agrupamento, os animais foram vacinados com três aplicações, com intervalos de 21 dias, e acompanhados em seis pontos de atendimento a cada três meses por meio de exames clínicos e laboratoriais, por um período de 18 meses. Para avaliar a presença de parasitas realizaram-se os testes parasitológico de medula óssea e PCR aos seis e nove meses após a vacinação, respectivamente. A resposta sorológica dos animais à infecção foi avaliada a partir da dosagem de IgG anti-rA2 e anti-rK28. As enzimas hepáticas e renais foram testadas como condição de possível lesão tecidual nesses órgãos, não sendo observadas alterações compatíveis com infecção ou inflamação, a exceção da proteína total que apresentou diferença nas médias dos grupos no último ponto de acompanhamento. Quanto a avaliação das respostas a anticorpos IgG anti-rA2, houve alta resposta no grupo vacinado com dose profilática (NRVS) e baixa naqueles vacinados com dose dupla (NRVD e RVD). Quando comparados os grupos entre si, houve diferença entre os grupos vacinados e o controle não reagente não vacinado. A proteína rK28 apresentou um bom desempenho em todos os grupos, mostrando alta sensibilidade na detecção de infectados positivos e negativos aos testes parasitológicos e PCR. Conclui-se que a vacina anti-leishmania (Leish-Tec®) é imunogênica ao induzir altos níveis de anticorpos IgG anti-rA2. A vacinação com dose dupla reduz os níveis de anticorpos anti-rA2 em relação a vacinação com dose única. No entanto, a vacinação em dose única ou dupla de animais soropositivos para RIFI não confere proteção contra a infecção por Leishmania. Ainda, a resposta imunológica a IgG anti-rK28 apresenta bom desempenho para diagnóstico da LVC em animais assintomáticos e expostos em área endêmica.
In endemic regions, the biggest challenge currently faced is the detection of infected and asymptomatic animals, as it may be the biggest risk factor for maintenance of the infection, therefore, the diagnosis based on more sensible and specific for visceral canine leishmaniasis (CVL) may be the possible solution to control this disease. Serological tests that can identify exposed, infected or diseased animals, such as Elisa IgG anti-Leishmania, stand out as excellent tools for detecting animals in this clinical situation in high-risk areas because of their high influence in these situations. Among the pathological clinical markers that may contribute to the detection of Leishmania infection, hematological and biochemical tests were performed. As well as the early and safe diagnosis, the treatment of infected or infectious dogs using vaccines has been of interest to researchers .In this sense, two experiments were performed. In the first, the immunotherapeutic response of a double dose anti-Leishmania vaccine (Leish-Tec®) in dogs from an endemic area for CVL was evaluated. For this purpose, 85 serum samples from asymptomatic, non-reactive and low titrated reagents (1/40 cutoff point) for RIFI tests negative to the parasitological bone marrow test were analyzed. The immune response of treated dogs was evaluated by the anti-rA2 IgG ELISA whose antigen (rA2) is part of the vaccine composition. The second evaluated the performance of a recombinant protein rK28, aiming to verify its sensitivity in detecting infected animals in endemic area. In this sense, a clinical intervention and control trial was designed to analyze the positive and negative outcomes of the animals under study. According to serological screening tests (RIFI) the animals were divided into five groups (NRNV - unvaccinated nonreactive, n = 23; RNV - unvaccinated reagent, n = 7; NRVS - vaccinated nonreactive 1 ml, n = 22; NRVD - non-vaccinated reagent 2 ml, n = 16; and RVD - 2 ml vaccinated reagent, n = 15). After grouping, the animals were vaccinated with three applications at 21-day intervals and followed at six points of care every three months through clinical and laboratory examinations for a period of 18 months. A proteína rK28 teve um bom desempenho em todos os grupos, mostrando uma alta sensibilidade na detecção de infectados positivos e negativos aos testes parasitológicos e PCR. To assess the presence or absence of parasites, bone marrow and PCR parasitological tests were performed at six and nine months after vaccination, respectively. The animals' serological response to infection was assessed by anti-rA2 and anti-rK28 IgG levels. Hepatic and renal enzymes were tested as a condition of possible tissue damage in these organs, no changes compatible with infection or inflammation were observed, in the average of the groups in the last following point. Regarding the evaluation of responses to anti-rA2 IgG antibodies, there was a high response in the prophylactic dose (NRVS) vaccinated groups and low response in the double dose (NRVD and RVD) vaccinated groups. When the groups were compared, there was a statistical difference between the vaccinated groups and the unvaccinated nonreactive control. The rK28 protein performed well in all groups, showing a high sensitivity in detecting positive and negative infected parasitological tests and PCR. It was concluded that the anti-leishmania vaccine (Leish-Tec®) is immunogenic by inducing high levels of anti-rA2 IgG antibodies. Double-dose vaccination reduces anti-rA2 antibody levels compared to single-dose vaccination. However, single or double dose vaccination of seropositive animals for IFAT does not provide protection against Leishmania infection. Moreover, the immunological response to anti-rK28 IgG presents good performance for the diagnosis of CVL in asymptomatic animals exposed in an endemic area.
Biblioteca responsável: BR68.1