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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213845

Resumo

A doença de valva mitral mixomatosa é a cardiopatia que mais acomete cães a partir de meia idade, chegando a uma prevalência de 75% dos casos de alterações cardíacas diagnosticadas na rotina clínica. Ocorre por uma degeneração da valva, que se torna insuficiente e consequentemente, há um remodelamento cardíaco, prejudicando o debito. As manifestações clínicas e o tratamento variam de acordo com a severidade da lesão. Na fase assintomática, em que o cão já apresenta aumento de átrio esquerdo, o início do tratamento é benéfico, com intuito de retardar a progressão da doença. Entretanto, alguns medicamentos alopáticos, além de serem de custos elevados, podem apresentar diversos efeitos colaterais, que causam malefício ao animal ou até mesmo, resultam em desistência do tratamento pelo proprietário. Visando prolongar o tempo máximo desta fase assintomática, é recomendada a medicina complementar, fitoterapia e homeopatia, ciências antigas e com eficácias comprovadas. Dentre diversos medicamentos naturais, encontra-se o Crataegus oxyacantha, reconhecido como medicamento cardíaco em diversas pesquisas. Embora, a terapia com a tintura mãe do Crataegus oxyacantha possa ser benéfica, há risco de reações adversas, diferenciando da homeopatia, onde este risco é minimizado pela administração de doses ultradiluídas e potencializadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do medicamento na fase inicial da insuficiência cardíaca, através da pressão arterial sistêmica, frequência cardíaca, fração de encurtamento, fração de ejeção, tempo de relaxamento isovolumétrico e exame hematológico e bioquímico (hematócrito, hemoglobina, plaquetas, TGP, creatinina, fosfatase alcalina e ureia). O estudo comparou 30 cães com DVMM em fase B2, de acordo com a classificação do Colégio Americano de Medicina Veterinária Interna, de diversas raças, ambos os sexos, com 7 anos de idade ou mais, que foram randomizados e divididos em grupos de 10 cães em cada: grupo homeopático, aqueles que recebiam Crataegus 6 cH, fitoterápico, Crataegus TM e placebo, recebiam solução hidroalcoólica. Os animais foram avaliados por exames ecodopplercardiográficos, hematológicos e bioquímicos e aferições de pressão arterial sistêmica na seleção do paciente, após um mês para monitorar se houve progressão da doença e iniciar o tratamento e com 30, 60, 90 e 120 dias após início da terapia para coleta de dados para análise estatística e monitoramento do estudo em cego. Nenhum dos grupos apresentou alterações em exames laboratoriais. Os cães que receberam Crataegus TM apresentaram redução da pressão arterial sistêmica e os que receberam Crataegus 6 cH a queda foi ainda mais significativa. Não houve alteração em frequência cardíaca e fração de ejeção em nenhum dos grupos durante o período do estudo. O grupo que recebeu Crataegus 6 cH apresentou aumento estatisticamente significativo na fração de encurtamento e no tempo de relaxamento isovolumétrico

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Myxomatous mitral valve disease is the heart disease that affects most dogs from middle age, with prevalence of 75% of cases of cardiac alterations diagnosed in the clinical routine. It occurs due to a degeneration of the valve, which becomes insufficient and, consequently, there is cardiac remodeling, damaging the debit. The clinical manifestations and treatment vary according to the severity of the lesion. In the asymptomatic phase, in which the dog already presents increase of left atrium, the beginning of the treatment is beneficial, in order to delay the progression of the disease. However, some allopathic drugs, besides having high cost, may have several side effects, which cause harm to the animal or even result in withdrawal of treatment by the owner. In order to prolong the maximum time of this asymptomatic phase, complementary medicine, phytotherapy and homeopathy are recommended, old sciences and with proven efficacies. Crataegus oxyacantha, composed of flavonoids and glycosides with a potential cardiotonic effect, antioxidant, responsible for reducing oxidative stress and improving oxygenation, also has vasodilator and antiarrhythmic action, recognized as a cardiac drug in several studies. Although therapy with the mother tincture of Crataegus oxyacantha may be beneficial, there is a risk of adverse reactions, differing from homeopathy, where this risk is minimized by the administration of ultra-diluted and potentiated doses. The objective of this study was to evaluate the efficacy of the drug in the initial phase of heart failure, through systemic pressure blood, heart rate, shortening fraction, ejection fraction, isovolumetric relaxation time and hematological and biochemistry (hematocrit, hemoglobin, platelets, glutamic pyruvic transaminase, creatinine, alkaline phosphatase, urea). The study compared 30 dogs with MMVD in stage B2, according to the classification of the American College of Veterinary Internal Medicine, of different races, both sexes, 7 years of age or older, that were randomized and divided into groups of 10 dogs in each: homeopathic group, those receiving Crataegus 6 cH, phytotherapic, Crataegus TM and placebo, received hydroalcoholic solution. The animals were evaluated by echocardiographic, hematological and biochemical exams and blood pressure measurements at the patient's selection, after one month to monitor the progression of the disease and to start treatment and at 30, 60, 90 and 120 days after initiation of therapy for data collection for statistical analysis and monitoring of the blinded study. None of the groups presented alterations in laboratory tests. Dogs that received Crataegus TM had reduction in systemic blood pressure and those who received Crataegus 6 cH the reduction was even more significant. There was no change in heart rate and ejection fraction in either group during the study period. The group receiving Crataegus 6 cH showed a statistically significant increase in the shortening fraction and in the isovolumetric relaxation time

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