Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO ANTIGÊNICA DE BACTERINA CONTRA Streptococcus agalactiae LAVRAS MG 2018

RAFAELLA SILVA ANDRADE.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-216351

Resumo

A mastite bovina é um processo inflamatório da glândula mamária resultante da interação de fatores inerentes ao animal, patógenos e ambiente. A doença geralmente decorre da invasão microbiana da glândula mamária, principalmente por bactérias. Entre os principais microrganismos envolvidos em sua etiologia destaca-se o Streptococcus agalactiae, que geralmente acarreta índices elevados de novas infecções, afetando a quantidade e qualidade do leite produzido pelo animal ou rebanho infectado. Em relação às medidas de controle e prevenção para a mastite bovina, a vacinação tem sido extensamente estudada com objetivos de reduzir novas infecções intramamárias e diminuir a duração e a gravidade dos casos existentes. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar a antigenicidade de uma bacterina para o controle e prevenção da mastite bovina ocasionada por S. agalactiae. Para tal, foi confeccionada uma bacterina experimental adjuvada com hidróxido de alumínio, contendo os isolados de S. galactiae SA522 e SA199, numa concentração de 1x109UFC/mL de cada isolado. Para os testes de antigenicidade da vacina, foram utilizadas 45 novilhas gestantes, pertencentes a uma fazenda leiteira localizada na região Sul de Minas Gerais livre de infecções por S. agalactiae, sendo 30 utilizadas no grupo vacinado e as demais (15), no grupo controle. Os animais do grupo vacinado foram vacinados pela via subcutânea, utilizando-se duas doses de 5 mL intervaladas de 21 dias. O grupo controle foi inoculado com 5 mL de solução fisiológica estéril. Previamente à vacinação, foi realizada a coleta de sangue e de leite de cada animal, para cultura de todos os quartos mamários de todos os animais, a fim de assegurar que eles eram livres de infecção por S. agalactiae. Sete dias após a segunda dose vacinal, foi realizada coleta de sangue dos animais de ambos os grupos para mensuração de anticorpos induzidos pela bacterina por meio de um teste de ELISA indireto padronizado para este fim. Os dados foram analisados estatisticamente pelo Software R e pelo Software GraphPad Prism, sendo considerada uma diferença significativa de 5%. Foram observadas diferenças estatísticas (p<0,05) pelo teste T para o grupo vacinado antes da vacinação (D0) e após a segunda dose vacinal (D30) (p=0,0056). O grupo controle não apresentou alteração entre os momentos D0 e D30 (p=0,3303). A bacterina desenvolvida foi capaz de induzir a produção de anticorpos anti-S. agalactiae nas vacas estudadas. Estudos futuros devem ser realizados para avaliar a imunogenicidade desta vacina em rebanhos infectados por S. agalactiae.
Bovine mastitis is an inflammatory process of the mammary gland due to the interaction of animals related to the animal, pathogen and environment. This disease is generally caused by microbial invasion of the mammary gland, mainly by bacteria. Among the main pathogens involved in its aetiology, Streptococcus agalactiae stands out, which determines the high clinical levels of new infections, leading to a decrease in the quantity and quality of milk produced by the infected animal or herd. Among the measures of control and prevention for bovine mastitis the use of vaccines has been extensively, aiming to reduce de level of new infections and duration and severity of cases. Therefore, the objective of this work was to develop and evaluate the antigenicity of one bacterin for the control and prevention of bovine mastitis caused by S. agalactiae. To this propose, it was produced an experimental bacterin adjuvanted with aluminum hydroxide, containing the strains SA522 and SA199 at the concentration of 1x109 UFC / mL of each isolate. For antigenicity tests of vaccine, 45 pregnant heifers belonging to a dairy farm located in the south of Minas Gerais, which were negative for S. agalactiae were used, as 30 in vaccinated group and 15 in control group. Animals of vaccinated group received two doses of bacterin (5mL/dosis) by the subcutaneous route with interval of 21 days. The control was inoculated with placebo (5 mL sterile saline). Previously to vaccination was performed blood and milk collecting blood from each animal in order to assegurate that used animals were not infected by S. agalactiae. Nine days after second vaccinal dosis (D30) blood collections of all animals of vacinal group and control groups were performed and dosages of anti-S. agalactiae immunoglobulins were done by indirect enzyme-linked immunosorbent assays (ELISA). Due to the lack of ELISA kits for anti-S. agalactiae antibodies in cattle, an ELISA standardization was performed for this purpose. Data were statistically analised by Software R and GraphPad Prism Software, with a 5% statistical error level. Statistically significant differences (p <0.05) for test T, were observed for the vaccinated group before vaccination (D0) and after a second vaccine dose (D30) (p = 0.0056). The animals of the control group didn´t show differences in antibodies levels in D0 relation D30 (p = 0.3303). A vaccine produced was able to induce a production of anti-S.agalactiae antibodies in the studied cows. Further studies must be conduced to evaluate the immunogenicity of this bacterin in herds infected by S. agalactiae.
Biblioteca responsável: BR68.1