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Perfil metabólico energético e enzimático hepático e sua influência no retorno à ciclicidade e ocorrência de infecções uterinas pós-parto em vacas leiteiras cruzadas Gir x Holandês.

JACYMARA DUTRA SANTOS.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-217037

Resumo

Desordens metabólicas e reprodutivas afetam vacas leiteiras no pós-parto apresentando relevante importância econômica, pois reduzem a produção. Objetivou-se verificar a influência das alterações clínicas e reprodutivas, escore de condição corporal (ECC), perfil metabólico energético e enzimático hepático no retorno à ciclicidade ovariana e ocorrência de infecções uterinas pós-parto em fêmeas leiteiras. Foram utilizadas 53 fêmeas cruzadas Gir x Holandês, provenientes de propriedades do Sul do Espírito Santo, subdivididas em dois grupos: Primíparas, com 19 fêmeas de primeira cria e; Multíparas, com 34 fêmeas com mais de dois partos. Avaliou-se os seguintes momentos: 15 dias pré-parto e, 15, 30, 45 e 60 dias pós-parto. No exame físico avaliou-se as frequências cardíaca (FC) e respiratória (FR), temperatura retal (TºR), peso e ECC. Foram coletadas amostras sanguíneas por meio de venopunção da veia coccígea para avaliação das concentrações séricas de -hidroxibutirato, colesterol total e lipoproteínas (perfil energético) e alanina aminotransferase (ALT), gama glutamiltransferase (GGT) e fosfatase alcalina (FA) (perfil enzimático hepático). O exame ginecológico foi realizado por meio de palpação e ultrassonografia transretal. O útero foi avaliado quanto ao tamanho, posição, consistência e simetria de cornos uterinos para acompanhamento do processo de involução uterina e os ovários, quanto ao tamanho e presença de estruturas ovarianas para determinação do retorno à atividade ovariana luteal cíclica. Realizou-se o exame de vaginoscopia para avaliação da presença e características das secreções vaginais. As infecções uterinas foram classificadas como metrite clínica e puerperal e endometrite clínica de acordo com a característica e tempo da secreção liberada e; endometrite subclínica quando diagnosticada por citologia endometrial. As variáveis paramétricas foram submetidas ao teste de Tukey e variáveis não paramétricas, ao teste de Kruskall-Wallis. Para correlação, utilizou-se o teste de correlação de Spearman; todos com nível de significância de 5%. Os parâmetros clínicos de FC, FR e TºR encontraram-se dentro dos limites de normalidade estabelecidos para a espécie. O ECC variou de 4 a 2,5 e o peso, de 273 a 315kg; observou-se diminuição nos dois parâmetros do momento D-15 para os demais, indicando a importância da adoção de estratégias que minimizem os efeitos da perda de condição corporal pós-parto.; sendo observadas diferenças entre os grupos em todos os momentos avaliados para o peso. Aos 60 dias pós-parto 33,96%(18/53) dos animais haviam retomado a atividade ovariana. Não observou-se diferença no tamanho dos ovários entre momentos e grupos. Em relação ao tamanho de útero e cérvix notou-se diminuição entre D-15 e os demais, entretanto, não observou-se diferenças entre grupos. A incidência de infecções uterinas foi de 33,96%(18/53), sendo que 27,78%(5/18) dos animais que cursaram a enfermidade eram primíparas. Dos animais que apresentaram infecção uterina, 50%(9/18) apresentaram metrite clínica, dos quais 33,33% eram primíparas e 50%(9/18) apresentaram endometrite clínica, sendo 22,22% primíparas. Nenhum animal apresentou endometrite subclínica. A perda de ECC pós-parto não influenciou na ocorrência de infecções uterinas e no retorno à ciclicidade. Não houve correlação entre a ocorrência de cetose e infecções uterinas nem com o tempo de retorno ao cio pós-parto. Não foram observadas alterações no perfil metabólico enzimático hepático.
Metabolic and reproductive disorders have an economic impact on livestock production mainly affecting dairy cattle during post-partum reducing production. The aim of this study is verify the clinic and reproductive disorders influence, body condition score, metabolic energy and enzymatic liver function in the return of ovarian cyclicity and the occurrence of uterine infections during post-partum in dairy cattle. In this research was used 53 females crossbreed with Gyr x Holland from South of Espírito Santo. It was divided in two groups, first one primiparous cows with 19 females and the second one pluriparous cows with 34 females giving birth more than twice. These groups were evaluated during 15 days prepartum and during postpartum for 15, 30, 45 and 60 days. In addition, was evaluated as well in the physical exam cardiac and respiratory frequency, rectal temperature, weight and body condition score. Blood samples was collected by means of venipuncture process from coccygeal vein for serum evaluation. The concentrations of betahydroxybutyrate, total cholesterol and lipoproteins, alanine aminotransferase, gamma glutamyltransferase and alkaline phosphatase was check too. Gynecological exam was performed by rectal palpation and trans rectal ultrasound. At the same time, the uterus was assessing by the size, position, uterine horns consistence and symmetry. It was important to follow uterine and ovary involution observing size and ovarian structures for return of luteal ovarian cycle activity. Moreover, vaginoscopy exam was done to evaluated characteristic and presence of vaginal discharge. The uterine infections were classifying as clinical metritis and puerperal; clinical endometritis according to characteristics and vaginal discharge during time; and subclinical endometritis when diagnosed by endometrial cytology. The Parametric variables was submitted on Turkey test and non-parametric variables on Kruskall-Wallis test. Spearman test was uses to correlation, with 5% significance in all levels. Clinic parameters as cardiac frequency, respiratory frequency and temperature was found normal in pattern of species. Body condition score diversified for 4 to 2,5 and weight for 273 to 315 kg. It was observed that body condition score and weight was low at D-15 compared to other days. For this reason, is important to add strategies that minimize the effects of lost weight during post-partum. The weight observed was different between groups at distinct time. During 60 days post-partum 33,96% of female cows had return to ovarian activity. Ovarian size was not different between groups or moments. Uterus and cervix size decrease between D-15 and other days, however do not observed difference between groups. The incidence of uterine infections was 33,96%, being that 27,78% of cows with infection was primiparous. Dairy cattle that had infection 50% acquired clinical metritis of which 33,33% was primiparous, and 50% acquired clinical endometritis being 22,22% primiparous as well. Endometritis subclinical was not acquired in the groups. The decrease of body condition score was not an influence on occurrence of uterine infections and return of ovarian cyclicity. Correlation between ketosis and uterine infection do not occur, similarly for post-partum ovarian cyclicity return. Changes in metabolic enzymatic liver function was not detected in this research.
Biblioteca responsável: BR68.1