Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

EFEITOS DA VIRULÊNCIA DAS CEPAS VACINAIS CONTRA AS DOENÇAS DE NEWCASTLE E BRONQUITE INFECCIOSA EM FRANGOS DE CORTE

PRISCILLA MARIA CAVALCANTE ROCHA RIOS.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-217560

Resumo

A Doença de Newcastle (DN) e a Bronquite Infecciosa das Galinhas (BIG) estão entre as dez principais enfermidades de impacto econômico para a avicultura mundial. Diante da importância da avicultura brasileira como provedora de proteína e do impacto econômico que a DN e a BIG podem causar ao setor avícola, é necessário o estudo dos efeitos da virulência das cepas vacinais contra DN e BIG por meio de ferramentas como histomorfometria, histopatologia e sorologia, para a escolha do programa de imunização mais adequado para o plantel avícola. Em cada experimento foram utilizados 245 pintos de um dia de vida da linhagem Cobb, separados e alojados em blocos ao acaso em galpões distintos em condições controladas de temperatura e luz. No experimento com cepas de DN foram coletados fragmentos do terço médio da traqueia aos dois, quarto, sete, 14 e 21 dias de idade, enquanto que no experimento com cepas de BIG as coletas foram aos quatro, sete e 14 dias de vida e processados conforme rotina histológica. Para análise histomorfométrica da mucosa traqueal, as lâminas foram fotografadas e realizadas as mensurações da espessura da mucosa traqueal sendo aplicado teste ANOVA e utilizando o post-hoc de Tukey com nível de significância de 5%. Para a avaliação histopatológica das traqueias das aves vacinadas com cepas de DN foram observadas a presença de lesões e analisadas quanto ao grau de intensidade e distribuição. No experimento para BIG foram utilizadas as cepas Massachusetts H120 e a bronquite Variante BR, ambas administradas pela via ocular e spray. Amostras de sangue para obtenção de soro e posterior análise de resposta humoral por meio de ELISA, foram coletadas aos quatro, sete, 14, 21 e 28 dias de idade e em seguida foi confeccionado um perfil da resposta imune para cada grupo de vacina de acordo com a via de administração a partir dos títulos médios (GMT). Aos quatro dias as aves vacinadas com cepa La Sota para DN administrada por via ocular foram as que apresentaram pior resultado (p<0,05), sendo observado um maior espessamento da mucosa traqueal quando comparada a todas as demais cepas utilizadas. Já aos 21 dias foi possível observar que os animais vacinados com cepa PHY.LMV.42 por via ocular e com a cepa La Sota por via spray apresentaram maior espessamento da mucosa da traqueia comparada ao Sorotipo 3 (p<0,05). As aves vacinadas com a cepa Sorotipo 3 apresentaram os menores escores de lesões quando comparado às demais cepas estudadas. Já nas aves vacinadas com a cepa La Sota por via spray apresentaram os maiores escores de lesões histopatológicas em relação às demais cepas observando hiperemia e hiperplasia epitelial, hiperplasia de glândulas mucosas, desciliação e infiltrado inflamatório mononuclear. Para a BIG ao compararmos aos títulos médios obtidos pelas cepas H120 e Variante BR nas diferentes vias de aplicação observamos que são semelhantes quanto a resposta imune, pois ambas apresentam o mesmo perfil sorológico. Já na análise histomorfométrica da espessura da mucosa traqueal foram observadas diferenças significativas (p<0,05) apenas dentro dos grupos quando comparado a cepa testada ao seu controle, também ocorrendo diferenças (p<0,05) entre os diferentes tipos de cepas vacinais e entre diferentes dias de vida. Aos quatro e 14 dias as aves vacinadas com a cepa H120 pela via ocular e spray apresentaram maior espessamento da mucosa traqueal quando comparadas às aves vacinadas com a cepa Variante BR (p<0,05). Desta forma, concluímos que a cepa Sorotipo 3 foi a melhor por ter apresentado menor espessamento da mucosa traqueal pós vacinação e menores escores de lesão histopatológica sendo a melhor opção para imunização das aves contra a DN, bem como que a resposta imune a cepa Variante BR se comporta semelhante a cepa H120. Em relação a virulência, a cepa Variante BR é a mais adequada por apresentar menor reação pós-vacinal e proteger de forma homóloga frente ao desafio presente no plantel avícola brasileiro.
Newcastle Disease (ND) and Infectious Chicken Bronchitis (ICB) are among the top 10 diseases of economic impact for poultry farming worldwide. Given the importance of Brazilian poultry farming as a protein supplier and the economic impact that DN and ICB can cause to the poultry sector, it is necessary to study the effects of virulence of vaccine strains against DN and ICB through tools such as histomorphometry, histopathology and selection of the most appropriate immunization program for poultry. In each experiment, 245 day-old broilers of the Cobb lineage were used, separated and housed in randomized blocks in different houses under controlled conditions of temperature and light. In the experiment with ND strains fragments of the middle third of the trachea were collected at two, four, seven, 14 and 21 days of age, while in the experiment with ICB strains the collections were collected at four, seven and 14 days of life and processed according to histological routine. For the histomorphometric analysis of the tracheal mucosa, the slides were photographed and measurements of the thickness of the tracheal mucosa were performed using an ANOVA test and using Tukey post-hoc with a significance level of 5%. For the histopathological evaluation of the trachea of the birds vaccinated with ND strain, the presence of lesions was observed and the degree of intensity and distribution were analyzed. In the ICB experiment the Massachusetts H120 strains and BR variant bronchitis, both administered via the ocular route and spray, were used. Serum blood samples and subsequent humoral response analysis by ELISA were collected at four, seven, 14, 21 and 28 days of age and then a profile of the immune response was made for each vaccine group according to with the route of administration from the geometric mean titers (GMT). At four days the birds vaccinated with La Sota strain for ocular ND were the ones that presented the worst result (p <0.05), being observed a greater thickening of the tracheal mucosa when compared to all other strains used. At 21 days, it was possible to observe that the animals vaccinated with strain PHY.LMV.42 ocularly and with the La Sota strain by spray showed a greater thickening of the trachea mucosa compared to Serotype 3 (p <0.05). The birds vaccinated with the strain Sorotype 3 had the lowest lesion scores when compared to the other strains studied. In the birds vaccinated with the La Sota strain by spray, they presented the highest histopathological lesions in relation to the other strains, observing hyperemia and epithelial hyperplasia, mucosal gland hyperplasia, deciliation and mononuclear inflammatory infiltrate. For the ICB when comparing the average titers obtained by the H120 strains and the BR variant in the different routes of application we observed that they are similar as regards the immune response, since both have the same serological profile. In the histomorphometric analysis of the thickness of the tracheal mucosa, significant differences (p <0.05) were observed only within the groups when compared to the tested strain at their control, also occurring differences (p <0.05) between the different types of vaccine strains and between different days of life. At four and 14 days, the birds vaccinated with the H120 strain by the ocular route and spray presented greater thickening of the tracheal mucosa when compared to the birds vaccinated with the variant BR strain (p <0.05). In this way, we conclude that the strain Sorotype 3 was the best because it presented less thickening of the tracheal mucosa after vaccination and lower histopathological lesion scores being the best option for the immunization of the birds against DN, as well as that the immune response to strain Variante BR behaves similar to H120 strain. In relation to virulence, the Variante BR strain is the most adequate because it presents a smaller post-vaccinal reaction and protects homologously against the challenge present in the Brazilian poultry stock.
Biblioteca responsável: BR68.1