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Tese em Inglês | VETTESES | ID: vtt-218179

Resumo

Objetivou-se avaliar a substituição parcial da proteína bruta (PB) vinda do farelo de soja (FS; 49,2% PB) em dieta de vacas em lactação por grãos de destilaria de alta proteína com levedura (DDGY; 50,2% PB). Ambas dietas continham 16,7% de PB na matéria seca (MS). Trinta e duas vacas holandesas foram alimentadas individualmente por duas semanas de padronização e oito semanas de comparação. Os animais foram blocados e alocados a dieta controle (CTL; 17,8% FS na MS) ou DDGY (11,6% FS e 6,3% DDGY na MS). Foram avaliados o desempenho leiteiro, consumo, digestibilidade de nutrientes, concentração plasmática de N-ureico e glicose, e comportamento de ingestão. A cinética de degradação ruminal da PB do DDGY e do FS foi determinada in situ e a digestibilidade intestinal da proteína não degradável no rúmen (PNDR) das fontes proteicas foi determinada in vitro. Comparado ao FS, DDGY teve maior fração proteica indigestível C (38,5 vs. 3,3% da PB), fração proteica instantaneamente degradável A semelhante (13,7 vs. 17,7%), e menor fração lentamente degradável B (43,5 vs. 83,0%). O DDGY também teve menor taxa fracional de degradação da fração B comparado ao FS (4,4 vs. 8,5 %/h). O DDGY teve menor proporção da PB degradada no rúmen, considerando taxa de passagem de 4 a 7%/h. A digestibilidade intestinal do DDGY foi menor que do FS (61,0 vs. 50,7% da PNDR no resíduo de 16 h de incubação). DDGY e FS tiveram digestibilidade intestinal baixa, comparado a literatura, no entanto a redução foi proporcional para os dois alimentos. A dieta com DDGY aumentou a produção de leite (32,2 vs. 31,3 kg/d), sem efeito sobre o consumo de matéria seca (CMS; 22,3 kg/d) e aumentou a eficiência alimentar (1,48 vs. 1,42). O DDGY tendeu a aumentar a produção diária de caseína (0,806 vs. 0,779 kg/d) e reduziu a concentração de N-ureico no leite (17,1 vs. 14,1 mg/dL) e no plasma (19,1 vs. 16,5 mg/dL, média de 0, 2, 4, 8, 12, 16 e 20 h pós alimentação). Não houve efeito sobre a digestibilidade aparente no trato total da MS, matéria orgânica, amido e fibra em detergente neutro e sobre a excreção urinária de alantoína e a concentração de glicose plasmática. Vacas no DDGY tenderam a comer por menos tempo (272 vs. 299 min./d) sem efeito sobre o tempo de ruminação (460 min./d), a aumentaram a proporção do consumo a tarde (44,0 vs. 37,6%). A frequência, duração e tamanho das refeições não diferiu. A substituição parcial de FS por DDGY não teve efeito na digestibilidade dos nutrientes, consumo, produção de proteína microbiana no rúmen e afetou comportamento alimentar, melhorou produção de leite e eficiência alimentar. A dieta com DDGY reduziu a concentração de N-ureico no plasma e no leite, suportando a estimativa in situ de maior suprimento de PNDR com DDGY comparado ao FS.

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The objective of this study was to evaluate the partial replacement of crude protein (CP) from soybean meal (SF; 49.2% CP) in the diet of lactating cows by high-protein distillery grains with yeast (DDGY; 50.2% CP). ). Both diets contained 16.7% CP in dry matter (DM). Thirty-two Holstein cows were individually fed for two weeks of standardization and eight weeks of comparison. The animals were blocked and allocated to a control diet (CTL; 17.8% FS in MS) or DDGY (11.6% FS and 6.3% DDGY in SM). Dairy performance, intake, digestibility of nutrients, plasma concentration of N-urea and glucose, and ingestion behavior. The ruminal degradation kinetics of CP from DDGY and FS were determined in situ and the intestinal digestibility of rumen-degradable protein (PNDR) from protein sources was determined in vitro. Compared to FS, DDGY had higher indigestible protein fraction C (38.5 vs. 3.3% of CP), similar instantly degradable protein fraction A (13.7 vs. 17.7%), and lower slowly degradable fraction B ( 43.5 vs. 83.0%). DDGY also had a lower fractional rate of degradation of fraction B compared to FS (4.4 vs. 8.5 %/h). The DDGY had a lower proportion of CP degraded in the rumen, considering a passage rate of 4 to 7%/h. The intestinal digestibility of DDGY was lower than that of FS (61.0 vs. 50.7% of PNDR in the residue of 16 h of incubation). DDGY and FS had low intestinal digestibility, compared to literature, however the reduction was proportional for both food. The DDGY diet increased milk production (32.2 vs. 31.3 kg/d), with no effect on dry matter intake (DMI; 22.3 kg/d) and increased feed efficiency (1.48 vs. 1.42). DDGY tended to increase the daily production of casein (0.806 vs. 0.779 kg/d) and reduced the concentration of N-urea in milk (17.1 vs. 14.1 mg/dL) and plasma (19.1 vs. . 16.5 mg/dL, mean 0, 2, 4, 8, 12, 16 and 20 h post-feeding). There was no effect on the apparent total tract digestibility of DM, organic matter, starch and neutral detergent fiber and on urinary allantoin excretion and plasma glucose concentration. Cows in the DDGY tended to eat for less time (272 vs. 299 min./d) with no effect on rumination time (460 min./d), and increased the proportion of consumption in the afternoon (44.0 vs. 37, 6%). The frequency, duration and size of meals did not differ. Partial replacement of FS by DDGY had no effect on nutrient digestibility, intake, microbial protein production in the rumen and affected feeding behavior, improved milk yield and feed efficiency. The diet with DDGY reduced plasma and milk urea-N concentration, supporting the in situ estimate of a higher supply of PNDR with DDGY compared to FS.

Biblioteca responsável: BR68.1