Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

Infecção por piroplasmídeos em cães e gatos no Distrito Federal

CAMILA MANOEL DE OLIVEIRA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-221812

Resumo

Piroplasmídeos são hemoprotozoários pertencentes ao Filo Apicomplexa. Em cães e gatos, os gêneros mais importantes são Babesia spp. e Theileria spp., além de Cytauxzoon spp. e Rangelia vitalii somente em felinos e caninos, respectivamente. No Brasil, apesar de já terem sido descritos casos desses piroplasmídeos em cães e gatos, a caracterização clínica, laboratorial e molecular é incipiente. Com o objetivo de investigar a ocorrência, bem como de realizar a caracterização clínico-patológica dessas infecções, o presente estudo analisou amostras de sangue total de 276 cães e 171 gatos domésticos oriundos de Brasília, centro-oeste do Brasil. As amostras foram submetidas à Reação em Cadeia pela Polimerase quantitativa (qPCR) direcionada ao gene mitocondrial LSU4. A ocorrência em cães foi de 9,7% (27/276) para Babesia vogeli e 1,44% (4/276) para Piroplasma sp. não identificado. Com relação aos felinos, foi observada a maior ocorrência de Cytauxzoon já descrita no país, de 7% (12/171), e 11,11% (19/171) para Babesia vogeli. Não foi detectada nenhuma amostra positiva para Theileria spp., tanto para cães quanto para gatos, tampouco para Rangelia vitalii. Em cães infectados foi observado risco 2,3 vezes maior de apresentar trombocitopenia, além de uma tendência a anemia, em comparação aos animais não infectados. Não houve diferença significativa na análise hematológica e bioquímica dos felinos. Todas as amostras positivas foram submetidas posteriormente à caracterização molecular por meio de PCR convencionais (cPCR) com o gene 18S rRNA e os marcadores mitocondriais cox-1 e Cytb. Em cães, a análise filogenética destacou a espécie Babesia vogeli como a mais prevalente em cães do Brasil, além de posicionar em clado distinto Piroplasmas não identificados. A rede de haplótipos realizada com sequências cox-1 dos cães e gatos positivos revelou a existência de seis haplótipos para Babesia vogeli, sendo que um mesmo haplótipo é compartilhado com isolados do Brasil, EUA e Índia. Nossos estudos sugerem a existência de um piroplasmídeo distinto de B. vogeli que infecta cães da região. Quanto aos felinos, a infecção por Babesia vogeli e Cytauxzoon sp. aparentemente não ocasiona alterações clínicas. Uma baixa variabilidade intraespecífica foi observada nas sequências cox-1 de Babesia vogeli.
Piroplasmida are hemoprotozoans that belong to Apicomplexa phylumIn dogs and cats, they encompass the genera Babesia spp and Theileria spp, besides Cytauxzoon spp. and Rangelia vitalii only for felines and canids, respectively. In Brazil, although there are some cases of these piroplasms in dogs and cats, the clinical, laboratory and molecular characterization is incipient. To investigate the occurrence as well as the clinicopathological characterization of these infections, the current study analyzed total blood samples of 276 dogs and 171 domestic cats from Brasilia, Midwestern Brazil. All samples were carried out with the Quantitative Polymerase Chain Reaction (qPCR) using the mitochondrial gene LSU. The occurrence in dogs for Babesia vogeli was 9.7% (27/276), and 1.44% (4/276) for a non-identified Piroplasm sp. Regarding the felines, it has been observed the highest occurrence of Cytauxzoon sp. ever found in the country (7%; 12/171), and 11.11% (19/171) for Babesia vogeli. None of the samples were positive for Theileria spp., for both dogs and cats, neither for Rangelia vitalii. Infected dogs were 2.3 times at higher risk of having thrombocytopenia, in addition to a tendency of anemia, compared with the non-infected dogs. There was no significant difference concerning the hematologic and biochemistry analysis of cats. Subsequently, all positive samples were submitted to a conventional PCR characterization, using the 18S rRNA and the molecular markers cox-1 and Cytb. For dogs, the phylogenetic analysis enhanced Babesia vogeli species as the most prevalent in Brazil, in addition to positioning the Piroplasm sp. in a distinct clade. The haplotype network was performed using the cox-1 sequences from dogs and cats, which found six haplotypes for Babesia vogeli, one of them is shared with isolates from Brazil, the USA and India. Our studies suggest the presence of a piroplasm different from Babesia vogeli species, that infects dogs from the region. Regarding the felines, the infection by Babesia vogeli and Cytauxzoon sp. apparently did not show clinical relevance. A low intraspecific variability regarding B. vogeli cox-1 gene sequences was found.
Biblioteca responsável: BR68.1