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Qualidade bacteriológica de carcaças de aves, sob diferentes condições das operações de abate, comercializadas em feiras urbanas do distrito federal

Moura, Luis Antonio De.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-2297

Resumo

Um dos principais problemas de Saúde Pública, as doenças de origem alimentar têm elevado impacto econômico em todo o mundo. A tendência de consumo de produtos naturais ou regionais tem feito da avicultura de fundo de quintal uma alternativa de renda para muitas famílias, cuja produção é entregue em diversos pontos de abate irregular. Entretanto, enquanto no abate industrial são observadas normas rigorosas de higiene, no artesanal verifica-se uma total precariedade das instalações e dos procedimentos. Objetivou-se, com este trabalho, determinar a qualidade bacteriológica de carcaças de galinha provenientes de feiras urbanas; compará-la à qualidade de carcaças de galinha caipira provenientes de um modelo alternativo de miniabatedouro (MOURA, 2010); apresentar aos órgãos da Vigilância Sanitária elementos para uma eventual regulamentação dessa atividade; e verificar se existe diferença no diagnóstico pela Reação de Cadeia de Polimerase em Tempo Real (PCR) com cartão de celulose quando se coletam suabe da região pericloacal e suabe do líquido na embalagem plástica. Foram analisadas, em duas etapas, 100 amostras, coletadas de outubro de 2011 a fevereiro de 2012. Na primeira etapa, fez-se um levantamento analítico de carcaças obtidas em diferentes feiras, oriundas de abate irregular ocorrido nas feiras e nas residências dos permissionários de bancas, ou até de comercialização irregular de aves abatidas em indústrias. Na segunda etapa, foram analisadas 36 amostras obtidas de três estabelecimentos distintos, após a divisão das bancas em áreas “suja” e “limpa”, e modificações na higiene da manipulação. Nas duas etapas, foram realizadas contagens de Staphylococci coagulase-positivos, coliformes totais e fecais, Clostridia sulfito-redutores e microrganismos mesófilos e psicrotróficos (64 amostras na primeira etapa), por microbiologia convencional; e pesquisa de Campylobacter spp., Listeria monocytogenes e Salmonella spp. (44 amostras na primeira etapa), por PCR. Foram encontradas diferenças significativas (teste de Kruskal-Wallis) no número de UFC/g das amostras em cada modelo de abate, sendo maiores entre microrganismos psicrotróficos, mesófilos, coliformes totais e Clostridia sulfito-redutores (p < 0,01) e coliformes fecais (p < 0,05). Baseado na Resolução da Diretoria Colegiada nº 12/2001, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, os produtos foram classificados em “de acordo” ou “impróprios” (BRASIL, 2001), confirmando-se a diferença entre os modelos (teste de Fisher: p < 0,01). O PCR mostrou diferença em relação à detecção de Campylobacter spp. (teste de Fisher: p < 0,01), com 95,45% de ocorrência no Modelo Existente e 61,11% no Modelo Proposto. Quanto à detecção de L. monocytogenes, não foi significativo (p = 0,499), com 4,54% de ocorrência no Modelo Existente. Não foi encontrada Salmonella spp. Na comparação entre a detecção pelas diferentes amostras, não se verificou diferença significativa (teste de McNemar) para os patógenos pesquisados. O abate irregular revelou qualidade insatisfatória; entretanto, caso não haja intenção de impedir, torna-se necessário regulamentá-lo. A divisão em dois ambientes, simples e de baixo custo, acompanhada de educação e treinamento dos manipuladores, revelou-se a melhor forma para assegurar a qualidade dos produtos, reduzindo-se assim os riscos para a saúde do consumidor
Biblioteca responsável: BR68.1