Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

INVESTIGAÇÃO DAS ATIVIDADES BIOLÓGICAS DO EXTRATO AQUOSO DE Poincianella Pyramidalis NO CONTROLE DA HEMONCOSE CAPRINA

Nunes, Geyanna Dolores Lopes.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-397

Resumo

A infecção por nematódeos gastrintestinais em caprinos causa graves perdas econômicas, devido tanto à mortalidade, quanto à morbidade e redução na produtividade dos animais. A ocorrência, cada vez mais freqüente, de populações de parasitos resistentes aos anti-helmínticos aumenta o interesse por novas alternativas de controle, como a fitoterapia. Assim, Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P.Queiroz, utilizada empiricamente pela população contra infecções respiratórias e estomacais, foi avaliada contra nematódeos de caprinos. Foram realizados dois testes in vitro, o primeiro avaliando a ação do extrato aquoso de P. pyramidalis sobre a inibição da eclosão de ovos de helmintos, e o segundo sobre a inibição da migração de larvas infectantes em agar. Em seguida avaliou-se a toxicidade aguda em camundongos utilizando dose única oral ou por sete dias consecutivos. Por fim, realizou-se o experimento em caprinos naturalmente infectados por nematódeos gastrintestinais, divididos em seis grupos de 10 animais: G1 ao qual foi administrado apenas água destilada; G2 que recebeu 0,2 mg/kg de doramectina; G3 e G4 tratados com 5 mg/kg do extrato aquoso de P. pyramidalis e G5 e G6 com 10 mg/kg, sendo ainda que G4 e G6 receberam novamente o extrato após um mês. Foram realizados exames parasitológico, hematológico, bioquímico e imunológico nos dia 0, 30, 60 e 90 do experimento. O extrato de P. pyramidalis, na concentração de 100 mg/ml, inibiu 100% da eclosão de ovos de helmintos, enquanto as larvas infectantes mostraram-se totalmente resistentes. Na avaliação da toxicidade em camundongos não houve óbito, nem alterações nos parâmetros físicos e sanguíneos significativas, mostrando ser o extrato seguro nas condições testadas. No ensaio in vivo, G2 (doramectina) e G6 (extrato 10mg/kg) foram os únicos que após 30 dias reduziram mais de 50% dos níveis de OPG. Aos 90 dias pós-tratamento, todos os grupos apresentaram uma redução similar. Não houve variação significativa nos níveis de eosinófilos, mas G5 e G6 (extrato 10mg/kg) mantiveram seus valores de hematócrito estáveis ao longo do experimento, enquanto os demais grupos obtiveram redução aos 30 dias. Já na dosagem de IgG anti-Haemonchus contortus observou-se um declínio significativo (P<0,05) em todos os grupos aos 60 dias pós-tratamento, mas aos 90 dias os valores retornaram a níveis similares ao momento zero. A dose de 10 mg/kg do extrato de P. pyramidalis em caprinos foi capaz de reduzir 60% do OPG após 30 dias, podendo oferecer uma fonte alternativa e segura para o controle das helmintíases em caprinos. Entretanto, novas pesquisas são necessárias para identificar os componentes ativos e o mecanismo de ação de substâncias específicas presentes neste extrato
Biblioteca responsável: BR68.1