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Estudo hematológico e etológico de micos-de-cheiro (Saimiri sciureus Linnaeus, 1758) submetidos a enriquecimento ambiental

Longa, Camila da Silva.
Niterói; s.n; 01/04/2012. 96 p.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-601

Resumo

Os micos-de-cheiro (Saimiri sciureus) são primatas do Novo Mundo de grande importância na pesquisas biomédica, principalmente relacionada com doenças neotropicais. O ambiente de cativeiro não proporciona à espécie a possibilidade de expressar todos os seus hábitos e comportamentos naturais, levando a um estresse crônico típico, caracterizado por distúrbios psicológicos, comportamentos anormais e, também, por alterações clínicas, visto que o estresse diminui a resposta imune. Desta forma, diversas alternativas, como o enriquecimento ambiental, têm sido utilizadas a fim de minimizar os efeitos negativos do estresse e, assim, proporcionar melhores taxas reprodutivas e animais mais saudáveis e de melhor qualidade, produzindo resultados mais confiáveis e aplicáveis para a população humana. Com o objetivo de avaliar a eficácia dos programas de enriquecimento ambiental utilizados na Fundação Oswaldo Cruz, foram instalados dispositivos de estímulos ocupacional, físico, sensorial e nutricional em quatro recintos sociais de micos-de-cheiro. Realizou-se a coleta de sangue para avaliação do hemograma e bioquímica sérica antes e após o enriquecimento, coletando-se dados comportamentais durante todo o experimento, a fim de avaliar as alterações ocorridas e o efeito da faixa etária nessas variáveis. Pôde-se observar diferença entre os valores leucocitários dos idosos, adultos, jovens e infantis, bem como padrões comportamentais relacionados à idade, principalmente quanto à atividade e locomoção, sendo os jovens mais ativos e os idosos mais inativos. O uso do enriquecimento ambiental proporcionou uma diminuição na concentração de neutrófilos e monócitos e um aumento na concentração de linfócitos sanguineos, mas não houve alteração bioquímica. As técnicas também promoveram uma ampliação na freqüência de comportamentos positivos, como grooming, locomoção e alimentação e uma redução em alguns comportamentos que quando em excesso são indesejáveis, como inativo e parado, forrageamento e auto cuidado. Não houve interferência nos comportamentos de play, anormal e agonístico. Percebeu-se que os dispositivos de estímulo nutricional são mais aceitos e que os jovens constituem a faixa etária de maior uso dos itens de enriquecimento ambiental. Assim, conclui-se que o hemograma foi um exame eficaz na avaliação do enriquecimento ambiental e que as técnicas utilizadas foram capazes de promover o bem-estar, diminuindo o estresse crônico promovido pelo cativeiro.(AU)
Biblioteca responsável: BR68.1
Localização: BR68.1