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Dinâmica da infecção e influência de fatores ambientais e populacionais na ocorência de escherichia coli produtora de toxina shiga (stec) em bovinos no estado do rio de janeiro

Joaquim, Rogerio Marques.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-6415

Resumo

Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) é uma categoria enterovirulenta de E. coli causadora de uma zoonose emergente de distribuição mundial e que tem como principal reservatório os ruminantes, especialmente bovinos. Está associada a doenças humanas graves como colite hemorrágica (CH), síndrome hemolítica urêmica (HUS) e púrpura trombótica trombocitopênica. Apesar de ser um patógeno relativamente raro em infecções humanas no Brasil, sua elevada ocorrência em bovinos já foi relatada, principalmente no estado do Rio de Janeiro. No entanto, nenhuma avaliação mais detalhada sobre a persistência de STEC no reservatório animal no Brasil foi realizada até o momento. O presente estudo teve como objetivos avaliar a dinâmica de infecção e a influência de fatores ambientais e populacionais na ocorrência de STEC em bovinos do Estado do Rio de Janeiro. Na avaliação da dinâmica de infecção, 72 bovinos de 3 faixas etárias e 2 regimes de produção, pertencentes a 4 propriedades no município de Miracema, RJ foram analisados durante 12 meses para presença de STEC através de ensaios de PCR para os genes stx e eae. Um subgrupo de 15 animais foi avaliado adicionalmente quanto à ocorrência de sorogrupos específicos de STEC através de ensaios de PCR para rfb O111, O113 e O157. Colônias STEC foram isoladas destes animais e de 5 outros positivos para apenas para stx visando sua caracterização fenotípica e genotípica. Amostras de água, alimento e solo também foram analisadas os 3 últimos meses. Para a avaliação da influência de fatores ambientais e populacionais foram analisados dados prévios de 2318 amostras fecais de bovinos de diferentes faixas etárias pertencentes a 5 sub-regiões distintas do estado do Rio de Janeiro. A ocorrência média de STEC em bovinos no município de Miracema foi de 86%. Presença simultânea de stx e eae foi detectada em 28% dos animais sendo significativamente maior em animais de regime leiteiro (30%) e bezerros (40%). O perfil stx1/stx2 predominou em 11 dos 12 meses analisados. A maioria dos animais (99%) foi positiva para stx em ao menos 6 meses e apresentou o mesmo perfil toxigênico (79%) por até 4 meses. Os genes stx associados ou não a eae foram detectados nas amostras de água, solo e alimento por 2 ou 3 meses consecutivos. Os 15 animais apresentaram-se positivos para rfb de 1 a 9 meses no período estudado, predominando a ocorrência de rfb O113 (77%). Foram isoladas 22 colônias STEC de 9 animais, 11 destas positivas para rfb O 113. A maioria (86%) expressou stx, apresentando o gene stx2 (77%). O gene ehxA foi detectado em 9 (41%) colônias, no entanto apenas 7 (32%) revelaram a expressão de enterohemolisina nos testes fenotípicos. Doze sorotipos foram identificados. Dentre os fatores ambientais avaliados, a localização (Norte Fluminense, p<0,0001), topografia (acima de 50% de morro, p=0,02), época do ano (inverno, p=0,02), alimentação (pastagem, p<0,0001) e regime de produção (corte, p<0,0001) se associaram significativamente a ocorrência mais elevada de STEC em bovinos. Ao contrário, o tamanho e a hidrografia da propriedade e, dentre os fatores populacionais, a faixa etária e o perfil racial do rebanho, não influenciaram de forma significativa à ocorrência de STEC. O perfil toxigênico stx1/stx2 (32%) foi maior em adultos (43%) e em animais do regime de corte (42%) na maioria das sub-regiões. A elevada ocorrência de STEC, freqüente ao longo do ano, detectada nos animais confirma a importância de bovinos como reserva
Biblioteca responsável: BR68.1