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Morfologia dos oocistos e sazonalidade das espécies do gênero Eimeria em uma criação de ovinos da raça Santa Inês

Hassum, Izabella Cabral.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-7442

Resumo

No período de novembro de 1997 a setembro de 1999 foi realizado um estudo em ovinos da raça Santa Inês, pertencentes a um criatório localizado no Município de Petrópolis, Microrregião Serrana, Estado do Rio de Janeiro. Os objetivos foram: desenvolver algoritmos para a separação das espécies do gênero Eimeria que parasitam ovinos, validar o uso da regressão linear para a detecção de diferenças interespecíficas e determinar suas freqüências e intensidade de infecção segundo as categorias zootécnicas dos animais, avaliando a eliminação dos oocistos. As categorias zootécnicas consideradas para coleta de amostras fecais foram jovens; fêmeas lactantes; gestantes; secas e reprodutores. As amostras foram coletadas sem utilização de critérios de aleatoriedade. Mensalmente, de cada categoria foram coletadas fezes dos animais para a contagem individual de oocistos por grama de fezes. Foram também coletados dados sobre variáveis climáticas e manejo do rebanho. Avaliaram-se, quando disponíveis, 100 oocistos e esporocistos de cada espécie identificada. Os algoritmos empíricos foram desenvolvidos com base em dados morfométricos e qualitativos dos oocistos de ovinos pertencentes a duas faixas etárias, jovens e adultos. A regressão linear entre os diâmetros maior e menor dos oocistos foi testada. Dez espécies do gênero Eimeria foram identificadas nos exames de fezes. Não houve diferença significativa entre as medidas dos oocistos de E. bakuensis, E. faurei e E. ovinoidalis eliminados por ovinos jovens e adultos. Das cinco espécies providas de capuz polar, E. ahsata foi diferenciada da E. intricata e da E. bakuensis com base no coeficiente angular das retas. As espécies que não apresentam capuz polar - E. parva e E. pallida - foram as espécies mais passíveis de confusão. Porém, com o emprego do algoritmo foi possível agrupá-las em faixas distintas, diferenciando-as. A eficiência apresentada pelo algoritmo, para o agrupamento destas espécies foi de 77% e 64%, respectivamente. Oitenta e dois por cento dos oocistos de E. faurei puderam ser agrupados através do uso do algoritmo. No caso de E. caprovina a eficiência do algoritmo foi mais baixa, 58% seguida da E. ovinoidalis com eficiência de 41%. Quanto às espécies com capuz polar, a menor eficiência apresentada pelo algoritmo foi para agrupar E. bakuensis, porém esteve acima de 50%. Eimeria intricata teve 94% de oocistos agrupados pelo algoritmo, seguida da E. ahsata (74%), E. granulosa (70%) e E. crandallis (60%). Os ovinos jovens foram mais sensíveis à infecção e intensamente parasitados, sendo a categoria que apresentou mais animais com OoPG (oocistos por grama de fezes) superior a 1000. O uso da regressão linear entre os diâmetros maior e menor dos oocistos, assim como os algoritmos desenvolvidos foram úteis na diferenciação das espécies do gênero Eimeria presentes na infecção dos ovinos. Fatores climáticos como temperatura e precipitação podem gerar variações no número de oocistos eliminados pelos ovinos. No entanto, os fatores intrínsecos dos hospedeiros e as práticas de manejo a que são submetidas as diferentes categorias parecem ter sido mais importantes na determinação de diferenças na intensidade da infecção e no percentual de animais infectados
Biblioteca responsável: BR68.1