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Estudo dos fatores relacionados a infecção por cpv-2 no estado do rio de janeiro em um período de 8 anos (1995-2004)

Castro, Tatiana Xavier De.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-7520

Resumo

O parvovírus canino (CPV-2), apesar da vacinação, ainda é considerado um importante agente de gastroenterite em filhotes de cães até 6 meses de idade. Como os sinais clínicos da infecção por CPV-2 são comuns a outras agentes, a avaliação laboratorial é importante para o diagnóstico etiológico da doença . Este trabalho tem por objetivo analisar os sinais clínicos observados em cães com diagnóstico laboratorial de parvovirose canina e suas possíveis correlações com outros fatores (idade, sazonalidade, raça e clima) visando auxiliar no esclarecimento da epidemiologia da doença, além de pesquisar a associação entre a ocorrência do CPV-2 e parasitoses intestinais. Um total de 157 amostras fecais foram coletadas de cães até 6 meses de idade, no período de 1995 a 2004, no Estado do Rio de Janeiro. O diagnóstico foi confirmado através dos testes de hemaglutinação/inibição da hemaglutinação, isolamento viral em cultura de células, detecção do genoma viral através da reação em cadeia pela polimerase e/ou ensaio imunoenzimático (Idexx Laboratories Inc.). Cinquenta amostras foram coletadas durante o período de Novembro de 2002 a Julho de 2004 para detecção do CPV-2 e uma parte do material fecal foi separado logo após a coleta e mantido em solução de Railliet-Henry para realização dos métodos parasitológicos: Faust e colaboradores, Ritchie Modificado por Young e Lutz. A maioria das amostras foi coletada com 2 (51 amostras), 3 (42) ou 4 (18) dias do aparecimento dos sintomas, segundo informações dos proprietários. Entre as 157 amostras, 125 foram de animais entre 2 a 4 meses de idade. Houve predomínio de diarréia líquida, observada em 138 animais, sendo que 122 destas também era hemorrágica. Outros 21 animais apresentaram diarréia pastosa e 10 eram hemorrágicas. Entre os 157 animais, 109 (69,4%) apresentaram os sinais clínicos compatíveis com o quadro clássico da parvovirose canina: apatia, anorexia, vômito, e diarréia líquida hemorrágica. Para outros 48, os sinais clínicos foram variados: vômito ocorreu em 89% dos casos e anorexia e apatia em aproximadamente 94%. Não foi observada correlação entre a detecção de CPV-2 e os fatores climáticos (temperatura e umidade relativa do ar). De 50 amostras submetidas a testes parasitológicos, 11 amostras (22%) foram positivas para parasitas intestinais . O monoparasitismo foi evidenciado em 8 amostras, sendo Cystoisospora sp. em 2 amostras, Giardia sp. em 3, Toxocara canis em 1 e ancilostomídeos em 2. Três animais apresentaram poliparasitismo com associações entre Cystoisospora canis +Cystoisospora ohiensis, Ancilostomideo+ T. canis e Cystoisospora ohiensis + Ancilostomideo+ T. canis . Em apenas 1 amostra positiva para CPV-2 foi detectada a presença de parasitas (C. canis +C.ohiensis). A ocorrência de casos de parvovirose associados a infecções parasitárias não foi significativa nas amostras estudadas. Estes resultados mostram que o CPV-2 ainda está circulando no Rio de Janeiro e que em casos de diarréia hemorrágica ou não hemorrágica, acompanhados ou não de vômito, apatia e/ou anorexia, não se deve deixar de incluir o CPV-2 no diagnóstico diferencial das gastroenterites, o qual deve ser confirmado por métodos laboratoriais
Biblioteca responsável: BR68.1