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Reprodução de Liophis miliaris (Serpentes: Colubridae) no Brasil: influencia historica e variações geograficas

Prado, Ligia Pizzatto do.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-766

Resumo

A reprodução de Liophis miliaris no Brasil foi estudada em quatro populações: Mata Atlântica do sul da Bahia, Mata Atlântica do litoral de São Paulo e Par_ Domínio Atlântico do interior de São Paulo e Domínio Atlântico do interior do Paraná. Em todas as localidades as fêmeas são maiores que os machos. Adultos e recém-nascidos da Mata Atlântica do sul da Bahia são menores que os das demais localidades. Nessa região, onde existe pouca variação climática ao longo do ano, as fêmeas apresentaram ciclo reprodutivo contínuo, ao passo que nas demais localidades ele é sazonal e relacionado ao aumento de temperatura e precipitação. O ciclo espermatogênico parece ser contínuo em todas as regiões. Nas populações onde o ciclo é sazonal, a cópula parece ocorrer antes da época de vitelogênese e, portanto, as fêmeas devem estocar os espermatozóides. A fecundidade é semelhante em todas as áreas e aumenta com o tamanho corporal da fêmea. A freqüência reprodutiva é menor na Mata Atlântica do sul da Bahia e, ao contrário das demais regiões, tende a ser maior em indivíduos de maior tamanho corporal. Os tipos de presas ingeridos são semelhantes nas quatro populações e fêmeas grávidas não se alimentam. Machos e fêmeas são parasitados (por nematóide Ophidiascaris sp. E cistacantos Oligacanthorynchus spira) em iguais proporções e os indivíduos da Mata Atlântica do sul da Bahia são menos parasitados. O parasitismo aparentemente não impede a reprodução da espécie. Entretanto, fêmeas parasitadas pelo nematóide, no Domínio Atlântico do interior do Paraná, apresentam menor fecundidade. A atividade das serpentes está relacionada ao ciclo reprodutivo e às variações climáticas nas quatro áreas estudadas. Liophis miliaris apresenta o ciclo reprodutivo diferente de outros membros da tribo Xenodontini, que tendem a se reproduzir continuamente mesmo em áreas onde a sazonalidade climática é acentuada. Assim, L. miliaris parece ser mais sensível a certos parâmetros ambientais do que outras espécies de Xenodontini já estudadas
This work reports different aspects on reproduction of the colubrid snake Liophis miliaris in four different regions of Brazil: Atlantic forest in south Bahia state, coastal Atlantic forest in São Paulo Paraná states, inland Atlantic forest in São Paulo and inland Atlantic forest in Paraná. Females have larger snout-vent length (SVL) than males in all these regions. In south Bahia, where there is little climate variation, the reproductive cycle is continuous whereas in the other regions it is seasonal, related to warmer and more rainy season. Sperm production seems to occur all through the year in all these regions. Where reproductive cycle is seasonal, mating seems to be dissociated from vitellogenesis, thus, females must store sperm overwinter. Clutch size is similar in all populations increasing with maternal length. In the Atlantic forest in south Bahia newborn snakes had a smaller SVL than in the other regions studied. Reproductive frequency is lower in Atlantic forest in south Bahia, different from the other regions, tends to increase with female length. Prey items are similar in all populations and gravid females do not feed. Ophidiascaris sp. (Nematoda) and cystacanths of Oligacanthorynchus spira (Acanthocephala) were found equally in both females and males, fewer in snakes from Atlantic forest in Bahia. Apparently, these parasites do not impede reproduction, but females attacked by nematodes in the inland Atlantic forest in Paraná show a smaller clutch size than non-attacked ones. The activity pattern of adults snakes is associated with reproductive cycle and climate variation in all sites. The reproductive pattern of L. miliaris differs from other Xenodontini species which tend to reproduce continuously even in areas with seasonal climate. Thus, L. miliaris seems to be more sensitive to some climate variables than other studied species of Xenodontini
Biblioteca responsável: BR68.1