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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-7958

Resumo

Diversos autores têm demonstrado que o leite cru produzido no Brasil tem baixa qualidade microbiológica e pode veicular uma série de microrganismos patogênicos, dentre eles, o Staphylococcus aureus. A intoxicação causada por alimentos contendo enterotoxinas termoestáveis de S. aureus é um dos tipos mais comuns de doenças de origem alimentar em todo o mundo. Este trabalho teve como objetivo quantificar os estafilococos, detectar resíduos de pesticidas, inibidores de crescimento, determinar as principais fontes de contaminação de estafilococos e aeróbios mesófilos na cadeia produtiva e avaliar a qualidade microbiológica do leite cru produzido em dois estados brasileiros. Foram avaliadas 51 amostras em Londrina-PR e 50 em Pelotas-RS, todas de leite refrigerado e granelizadas. Deste total, 19 apresentaram contagem de estafilococos coagulase positivos acima de 105 UFC/mL e 53,5% apresentaram contagens de mesófilos superiores a 106 UFC/mL. A contagem máxima de coliformes totais foi de 6x106 UFC/mL, e 98% das propriedades apresentaram contagens acima de 100 UFC/mL, estando acima dos níveis recomendados pela literatura. A contagem máxima de E. coli foi de 1,0x104 UFC/mL em duas propriedades. Quanto aos pesticidas, foi encontrada uma alta ocorrência de resíduos de carbamatos e organofosforados, sendo que todas as amostras de Pelotas (100%) e 24 (61,5%) de Londrina foram positivas para pelo menos um dos princípios. Quanto à presença de inibidores de crescimento microbiano no leite cru, as amostras de Londrina apresentaram uma ocorrência maior (71,4%) do que as amostras de Pelotas (6%). As contagens bacterianas de estafilococos coagulase positivos, aeróbios mesófilos, coliformes totais e E. coli foram elevadas em geral, indicando a baixa qualidade microbiológica do leite in natura produzido. No rastreamento feito em 4 propriedades de Pelotas-RS, os pontos de contaminação por estafilococos coagulase positivos foram as mãos do ordenhador, leite mastítico dos animais e superfície mal higienizada dos tetos. As fontes de contaminação de aeróbios mesófilos foram as mesmas fontes de estafilococos, além da superfície dos latões e a contaminação inicial das teteiras

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