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Caracterização fenotípica e genotípica de escherichia coli produtora da lesão attaching and effacing (aeec) isoladas de amostras fecais de bovinos sadios

Dias, Mariana Tavares.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-8428

Resumo

Uma grande variedade quanto aos mecanismos e patogenia relacionados à doença no homem e nos animais pode ser observada em amostras patogênicas de E. coli, que de acordo com as manifestações clínicas que determinam e os fatores de virulência que possuem, são classificadas em seis categorias: E. coli enteropatogênica (EPEC), E.coli enteroinvasora (EIEC), E. coli enteroagregativa (EAEC), E.coli enterotoxigênica (ETEC), E.coli produtora de toxina Shiga (STEC) e E.coli produtora de aderência difusa (DAEC). Entre as cinco categorias de E. coli diarréiagenicas, EPEC e ETEC estão claramente associadas a doenças entéricas em bovinos. As EPEC animais normalmente apresentam como fator de virulência apenas a capacidade de promover a lesão “attaching and effacing” - A/E, sendo denominada como E.coli produtora da lesão A/E AEEC. Diversos estudos revelam a importância da AEEC na diarréia dos bezerros, podendo ainda haver ocorrência da infecção mesmo em animais sadios. Através do presente estudo objetivamos isolar amostras de E.coli produtora da lesão “attaching and effacing” - AEEC em amostras fecais de bovinos sadios, caracterizando o perfil de virulência e avaliando o potencial zoonótico desse agente. Um total de 79 suspensões bacterianas foi analisado nesse trabalho. Dessas suspensões, 50 são originárias do Estado do Rio de Janeiro e 29 do Estado de São Paulo. A partir do esgotamento das suspensões em placas de Agar Mac Conkey, 20 colônias típicas de E.coli (para cada amostra) foram selecionadas. Um total de 36 amostras foram confirmadas eae + e submetidas à caracterização genotipica através de ensaios da reação em cadeia da polimerase (PCR) quanto ao sitio de inserção e a tipagem dos genes eae, tir, espA e espB do locus LEE , a presença de EAF e bfp e a produção de enterohemolisina. A caracterização fenotípica incluiu teste de aderência em cultivos celulares, teste FAS (“fluorescente actin staining”), pesquisa de hemolisinas e sorotipagem. Na caracterização genotípica de LEE os tipos de intimina variaram entre as amostras, entretanto, para o gene eae o perfil predominante foi o tipo ?, com 18 isolados, seguido pelo tipo ?, com 12. Cinco isolados não foram tipados para nenhum dos subtipos de intimina testados (?, ?, ?, ? e ?), apenas uma amostra foi caracterizada como sendo do subtipo ? e nenhum isolado foi positivo para o tipo ?. O perfil dos marcadores tir, espA e espB também apresentou variações, porém, os perfis predominantes foram os tipos ? e ? . O locus LEE foi testado para 2 sitios de inserçãos, selC e pheU, demonstrando 5 isolados inseridos em selC, 12 inseridos em pheU e 19 que não estão inseridos nem em SelC nem em PheU, estando provavelmente inseridos em um terceiro sítio de inserção, PheV. Todos os isolados foram negativos para EAF e bfp. Para o teste de aderência, nenhuma das amostras exibiu um padrão de aderência intenso e típico, nem tampouco se mostrou positiva no teste FAS. Diversos sorotipos foram encontrados, entretanto, 6 amostras apresentaram o sorotipo O26:H11, sorotipo esse já previamente reportado como patógeno em humanos e animais. Achados como estes contribuem ainda mais para a sustentação da hipótese de que animais domésticos podem ser potenciais reservatórios de AEEC, principalmente no perfil de EPEC atípicas, entre outros, para o homem
Biblioteca responsável: BR68.1