Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

Dinâmica das infecções naturais por Eimeria spp em cordeiros da raça Santa Inês criados em sistema semi intensivo no norte de Minas Gerais e seu controle através da administração de toltrazuril

Silva, Talita Pinheiro Goncalves da.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-8499

Resumo

Desenvolveu-se um trabalho para determinar o comportamento da infecção por Eimeria spp em cordeiros e avaliar o controle desta infecção através da administração de toltrazuril em um sistema semi-intensivo de criação de ovinos da raça Santa Inês no norte de Minas Gerais. Foi determinado o momento da primoinfecção por Eimeria spp, a evolução da infecção e as principais espécies presentes. A ação profilática do toltrazuril (Baycox1) quando administrado à cordeiros lactentes foi avaliada em três estratégias diferentes, o grupo 1 foi efetivamente tratado com toltrazuril à quarta semana de idade, o grupo 2 à quarta e oitava semanas, o grupo 3 permaneceu como controle e não recebeu tratamento e o grupo 4 foi tratado à segunda semana de idade. Na avaliação da primoinfecção observou-se oocistos de Eimeria spp nas fezes pela primeira vez ao 16º dia de vida dos cordeiros, variando dos 16 aos 32 dias. A espécie mais freqüente nesta ocasião foi a E. ovinoidalis (52,8%). O OOPG dos cordeiros naturalmente infectados (grupo 3) tornou-se positivo a partir da terceira semana de idade. O comportamento da excreção de oocistos deste grupo de animais se caracterizou por um aumento progressivo com pico à sétima semana de vida, seguida de uma queda à oitava semana, com novo aumento a partir da nona semana, um segundo pico à décima semana e uma nova queda na liberação de oocistos, desta vez mais gradual e consistente. Este comportamento de queda na excreção de oocistos após os picos indica o desenvolvimento de imunidade pelo cordeiro, sendo mais sólida após o segundo pico. As infecções mistas predominaram e ao longo do período de estudo foram encontradas 11 espécies de Eimeria, sendo até nove espécies por amostra. A composição de cada amostra variou individualmente. A espécie E. crandallis foi a mais freqüente (47,25%). Os cordeiros do grupo controle apresentaram maiores taxas de excreção de oocistos quando comparado aos grupos tratados (P<0,05). A ação do toltrazuril foi influenciada pela idade ao tratamento, diminuindo significativamente (P<0,05) a eliminação de oocistos por quatro semanas quando administrado mais precocemente à segunda semana de vida (grupo 4). Cordeiros de todos os grupos desenvolveram imunidades equivalentes, independentes do tratamento utilizado. Não houve diferença significativa (P<0,05) no ganho de peso dos diferentes grupos avaliados. Em contrapartida, o tratamento em dose única com toltrazuril diminuiu significativamente a eliminação de oocistos pelos cordeiros por três a quatro semanas e, conseqüentemente, a contaminação do ambiente e o desafio sofrido por estes animais
The Eimeria spp infection in lactating lambs and the prophylactic efficacy of toltrazuril against it were evaluated in a semi-intensive system of ovine breeding, where there was the Santa Inês breed, at the north of Minas Gerais. The first appearance of oocysts of Eimeria spp in lambs faeces was detected and the evolution of the infection in naturally affected lambs was studied including the identification of the infecting species. The efficacy of toltrazuril (Baycox12) in preventing coccidiosis in lactating lambs was also studied. Forty three lambs were divided into four groups treated with 20mg of toltrazuril at different ages: Group 1 was treated once when the lambs were four weeks old, group two was treated twice, when the lambs were four and eight weeks old, group three was not treated at all (control group) and the lambs of group 4 were treated when they were two weeks old. The oocysts were first detected in lambs faeces when they were 16 days old, but it varied between 16 and 32 days old lambs. The species most frequently found was E. ovinoidalis (52,8%). The naturally infected lambs OPG (group 3) became positive after they were three weeks old. The oocyst output of this group of animals progressively rose until it peaked when the lambs were seven weeks old, at the 8th week it sharply reduced and began rising again until a second and smaller peak happened at the 10th week followed by a more gradual and consistent reduction in oocyst counting. These OPG reductions after the two peaks suggest the development of lambs immunity, which was more solid after the second peak. Mixed infections predominated, eleven Eimeria species were observed during the whole study period and in some samples nine species could be identified at the same time. The species infecting the lambs varied individually. E. crandallis was the most frequent species found (47,25%). The lambs of the control group had the highest oocysts output when compared to the treated groups (P<0,05). The action of toltrazuril was influenced by the age of treatment, effectively reducing the oocyst output for four weeks when administered earlier at the second week of lambs life (group 4). Lambs of all treated groups developed normal immunity. There was no significance between the weight gains of the four groups. On the other hand, toltrazuril was highly efficient in reducing total oocyst excretion, which happened for three to four weeks after treatment (P<0,05), also reducing the environments contamination and the lambs challenge
Biblioteca responsável: BR68.1