ABSTRACT
ABSTRACT Non-traumatic myelopathies represent a heterogeneous group of neurological conditions. Few studies report clinical and epidemiological profiles regarding the experience of referral services. Objective To describe clinical characteristics of a non-traumatic myelopathy cohort. Method Epidemiological, clinical, and radiological variables from 166 charts of patients assisted between 2001 and 2012 were compiled. Results The most prevalent diagnosis was subacute combined degeneration (11.4%), followed by cervical spondylotic myelopathy (9.6%), demyelinating disease (9%), tropical spastic paraparesis (8.4%) and hereditary spastic paraparesis (8.4%). Up to 20% of the patients presented non-traumatic myelopathy of undetermined etiology, despite the broad clinical, neuroimaging and laboratorial investigations. Conclusion Regardless an extensive evaluation, many patients with non-traumatic myelopathy of uncertain etiology. Compressive causes and nutritional deficiencies are important etiologies of non-traumatic myelopathies in our population.
RESUMO As mielopatias não-traumáticas representam um grupo heterogêneo de doenças neurológicas. Poucos estudos descrevem os perfis clínico e epidemiológico sobre a experiência de serviços de referência. Objetivo Descrever as características clínicas de uma coorte de mielopatia não-traumática. Método Os registros clínicos de 166 pacientes atendidos entre 2001 e 2012 foram revisados e variáveis epidemiológicas, clínicas e radiológicas foram compiladas. Resultados O diagnóstico mais prevalente foi o de degeneração combinada subaguda (11,4%), seguido por mielopatia espondilótica cervical (9,6%), doenças desmielinizantes (9%), paraparesia espástica tropical (8,4%) e paraparesia espástica hereditária (8.4%). Aproximadamente 20% dos pacientes apresentaram mielopatia não-traumática de etiologia indeterminada, apesar da ampla investigação clínica, laboratorial e de neuroimagem. Conclusão Independentemente da ampla avaliação, muitos pacientes com mielopatia não-traumática apresentam etiologia incerta. Causas compressivas e deficiências nutricionais permanecem como etiologias importantes de mielopatias não-traumáticas.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Spinal Cord Diseases/etiology , Spinal Cord Diseases/diagnosis , Spinal Cord Diseases/epidemiology , Severity of Illness Index , Brazil/epidemiology , Magnetic Resonance Imaging , Retrospective Studies , Cohort Studies , ElectromyographyABSTRACT
Cerebellar ataxias represent a wide group of neurological diseases secondary to dysfunctions of cerebellum or its associated pathways, rarely coursing with acute-onset acquired etiologies and chronic non-progressive presentation. We evaluated patients with acquired non-progressive cerebellar ataxia that presented previous acute or subacute onset. Clinical and neuroimaging characterization of adult patients with acquired non-progressive ataxia were performed. Five patients were identified with the phenotype of acquired non-progressive ataxia. Most patients presented with a juvenile to adult-onset acute to subacute appendicular and truncal cerebellar ataxia with mild to moderate cerebellar or olivopontocerebellar atrophy. Establishing the etiology of the acute triggering events of such ataxias is complex. Non-progressive ataxia in adults must be distinguished from hereditary ataxias.
Ataxias cerebelares representam um grupo amplo de doenças neurológicas secundárias a disfunções cerebelares ou das vias associadas, raramente cursando com etiologias adquiridas de início agudo e com evolução crônica não-progressiva. Nós avaliamos pacientes com ataxia cerebelar adquirida não-progressiva com apresentação prévia aguda ou subaguda. Foi realizada caracterização clínica e de neuroimagem de pacientes adultos com ataxia adquirida não-progressiva. Cinco pacientes foram identificados com o fenótipo clínico de ataxia adquirida não-progressiva. A maior parte dos pacientes apresentou início juvenil ou no adulto, de forma aguda ou subaguda, de ataxia cerebelar appendicular e de tronco com atrofia cerebelar ou olivopontocerebelar leve a moderada. Estabelecer a etiologia dos eventos agudos desencadeantes de tais ataxias é complexo. Ataxia não-progressiva em adultos deve ser diferenciada das ataxias hereditárias.
Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Male , Middle Aged , Cerebellar Ataxia/etiology , Cerebellar Diseases/etiology , Acute Disease , Age of Onset , Cerebellar Ataxia/diagnosis , Cerebellar Diseases/diagnosis , Diagnosis, Differential , Magnetic Resonance Imaging , Neuroimaging , Rare Diseases , Retrospective Studies , Severity of Illness Index , SyndromeABSTRACT
The spinocerebellar ataxias (SCA) are a group of neurodegenerative disorders characterized by heterogeneous clinical presentation. Spinocerebellar ataxia type 7 (SCA7) is caused by an abnormal CAG repeat expansion and includes cerebellar signs associated with visual loss and ophthalmoplegia. Marked anticipation and dynamic mutation is observed in SCA7. Moreover, phenotype variability and very early onset of symptoms may occur. In this article, a large series of Brazilian patients with different SCA subtypes was evaluated, and we compared the age of onset of SCA7 with other SCA. From the 26 patients with SCA7, 4 manifested their symptoms before 10-year-old. Also, occasionally the parents may have the onset of symptoms after their children. In conclusion, our study highlights the genetic anticipation phenomenon that occurs in SCA7 families. Patients with very early onset ataxia in the context of a remarkable family history, must be considered and tested for SCA7.
Ataxias espinocerebelares (SCA) são um grupo de doenças neurodegenerativas caracterizadas por expressão clínica variável. A ataxia espinocerebelar tipo 7 (SCA7) é causada por uma expansão anormal dos trinucleotídeos CAG, e clinicamente se caracteriza por sinais cerebelares associados a perda visual e oftalmoplegia. Antecipação genética e mutação dinâmica são frequentemente observados na SCA7. Além disso, podem ocorrer variabilidade fenotípica e início precoce dos sintomas. Neste artigo avaliamos uma série de pacientes brasileiros com diferentes subtipos de SCA, e comparamos a idade de início dos pacientes com SCA7 com outras SCA. Dos 26 pacientes com SCA7, 4 iniciaram os sintomas antes dos 10 anos de idade. Além disso, ocasionalmente, os pais podem ter o início dos sintomas após os mesmos se manifestarem nos seus filhos. Concluindo, esse estudo destaca o fenômeno da antecipação genética que ocorre em famílias com SCA7. Além disso, em pacientes com ataxia com início muito precoce no contexto de uma história familiar positiva. deve ser considerado o teste genético para SCA7.
Subject(s)
Adult , Female , Humans , Male , Middle Aged , Phenotype , Spinocerebellar Ataxias/genetics , Age of OnsetABSTRACT
Patients with adult onset non-familial progressive ataxia are classified in sporadic ataxia group. There are several disease categories that may manifest with sporadic ataxia: toxic causes, immune-mediated ataxias, vitamin deficiency, infectious diseases, degenerative disorders and even genetic conditions. Considering heterogeneity in the clinical spectrum of sporadic ataxias, the correct diagnosis remains a clinical challenge. In this review, the different disease categories that lead to sporadic ataxia with adult onset are discussed with special emphasis on their clinical and neuroimaging features, and diagnostic criteria.
Pacientes com ataxia progressiva que se inicia na idade adulta, e sem histórico familiar da doença, são classificados no grupo das ataxias esporádicas. Existem várias categorias de doenças que podem se manifestar com ataxia esporádica, tais como: causas tóxicas, ataxias imunomediadas, deficiência de vitaminas, doenças infecciosas, doenças degenerativas e até mesmo condições genéticas. Considerando a heterogeneidade no espectro clínico das ataxias esporádicas, a definição da etiologia constitui um desafio diagnóstico. Neste artigo de revisão, realizamos uma discussão sobre as diferentes categorias de doenças que causam ataxia com início na idade adulta sem histórico familiar, com ênfase nas características clínicas, aspectos de imagem e critérios diagnósticos.
Subject(s)
Adult , Humans , Cerebellar Ataxia/diagnosis , Age of Onset , Cerebellar Ataxia/classification , Cerebellar Ataxia/etiology , Disease Progression , Magnetic Resonance ImagingABSTRACT
Autosomal recessive cerebellar ataxias are a heterogeneous group of neurological disorders. In 1981, a neurological entity comprised by early onset progressive cerebellar ataxia, dysarthria, pyramidal weakness of the limbs and retained or increased upper limb reflexes and knee jerks was described. This disorder is known as early onset cerebellar ataxia with retained tendon reflexes. In this article, we aimed to call attention for the diagnosis of early onset cerebellar ataxia with retained tendon reflexes as the second most common cause of autosomal recessive cerebellar ataxias, after Friedreich ataxia, and also to perform a clinical spectrum study of this syndrome. In this data, 12 patients from different families met all clinical features for early onset cerebellar ataxia with retained tendon reflexes. Dysarthria and cerebellar atrophy were the most common features in our sample. It is uncertain, however, whether early onset cerebellar ataxia with retained tendon reflexes is a homogeneous disease or a group of phenotypically similar syndromes represented by different genetic entities. Further molecular studies are required to provide definitive answers to the questions that remain regarding early onset cerebellar ataxia with retained tendon reflexes.
.As ataxias cerebelares autossômicas recessivas são um grupo heterogêneo de doenças neurológicas. Em 1981, foi descrita uma entidade neurológica incluindo ataxia cerebelar progressiva de início precoce, disartria, liberação piramidal e manutenção ou aumento dos reflexos tendíneos nos membros superiores e inferiores. Essa síndrome é conhecida como ataxia cerebelar de início precoce com reflexos mantidos. Neste artigo, o objetivo foi chamar a atenção para o diagnóstico de ataxia cerebelar de início precoce com reflexos mantidos como a segunda causa mais comum de ataxia cerebelar autossômica recessiva, após a ataxia de Friedreich, e também realizar um estudo do espectro clínico da síndrome. Doze pacientes de diferentes famílias preencheram os critérios clínicos para ataxia cerebelar de início precoce com reflexos mantidos. Disartria e atrofia cerebelar foram as características mais frequentes. No entanto, não há consenso se a ataxia cerebelar de início precoce com reflexos mantidos é uma doença homogênea ou um grupo de síndromes com fenótipos semelhantes representadas por diferentes entidades genéticas. Estudos moleculares futuros são necessários para fornecer respostas definitivas para as questões pendentes em relação à ataxia cerebelar de início precoce com reflexos mantidos.
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