ABSTRACT
O sedentarismo é um problema de saúde pública e um dos maiores males da sociedade moderna. Já está bem estabelecido que esforço físico em excesso ou em indivíduos não condicionados acarreta estresse oxidativo e lesões musculares. No presente estudo, foi testada a hipótese de que um único esforço físico é capaz de causar estresse oxidativo e lesão muscular em indivíduos sedentários. Aditivamente foi avaliado efeito antioxidante do polifenol resveratrol (RV) quanto a sua capacidade de atenuar o estresse oxidativo e a lesão muscular causados pelo esforço físico. Para tal, 40 ratos (Rattus norvegicus albinus, Wistar), machos, adultos e sedentários foram aleatoriamente submetidos ou não a 90 minutos de natação, com e sem tratamento com RV (100mg/kg/PV/14dias): N-RV- (n=10) grupo mantido em repouso e não tratado com RV; N-RV+ (n=10) grupo mantido em repouso e tratado com RV; N+RV- (n=10) grupo submetido ao esforço físico de natação e não tratado com RV e N+RV+ (n=10) grupo submetido ao esforço físico de natação e tratado com RV. Em ratos sedentários, o esforço físico da natação promoveu estresse oxidativo (aumento da peroxidação lipídica e diminuição da capacidade antioxidante total do plasma) e aumento significativo da atividade plasmática de creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH). O tratamento com RV diminuiu a peroxidação lipídica e a concentração dos marcadores de lesão muscular (CK e LDH) de ratos sedentários submetidos à natação. Essa é uma das primeiras evidências de que um único esforço físico pode causar estresse oxidativo em indivíduos sedentários e que o RV pode ser uma alternativa para atenuar a lesão muscular causada por esse estresse.(AU)
Physical inactivity is a public health problem when a sedentary population practices physical activity sporadically. Exercise in unconditioned individuals causes oxidative stress and muscle damage. This study tested the hypothesis that a single physical exertion can cause muscle damage and oxidative stress in sedentary individuals, and resveratrol can attenuate it. For this, 40 sedentary adult male rats were equally and randomized into four groups subjected to 90min swimming or rest and administered aqueous resveratrol (100mg/kg/day) or saline for 14 days: N-RV-, rats maintained at rest and administered saline; N-RV+, rats maintained at rest and treated with resveratrol; N+RV-, rats subjected to physical exercise and administered saline; and N+RV+, rats subjected to physical exercise and treated with resveratrol. In sedentary rats, the physical exertion of swimming promoted oxidative stress, i.e. increased lipid peroxidation and decreased plasma total antioxidant capacity, and significant increases in CK and LDH plasma activities. Resveratrol diminished lipid peroxidation and the concentrations of muscle damage markers (CK and LDH) in sedentary rats subjected to swimming. The results provide evidence that a single sudden physical exertion can cause oxidative stress in sedentary rats. Resveratrol showed good results as a treatment for minimizing muscle damage caused by this stress.(AU)
Subject(s)
Animals , Rats , Oxidative Stress , Rats/physiology , Exercise , Sedentary BehaviorABSTRACT
O presente trabalho tem como objetivo testar a hipótese de que, à semelhança do que ocorre na uremia, cães com azotemia pré-renal sofrem estresse oxidativo, o qual está relacionado com alterações do metabolismo oxidativo e apoptose dos neutrófilos. Para tal, foi determinada a peroxidação lipídica pela quantificação do malondialdeído (MDA) e o status antioxidante total do plasma de 15 cães normais e 10 com azotemia pré-renal, correlacionando-os com a produção de superóxido e o índice apoptótico dos neutrófilos. As determinações do MDA e do status antioxidante total foram estabelecidas empregando-se um conjunto de reagentes comerciais. Por meio de citometria de fluxo capilar, a produção de superóxido e a apoptose de neutrófilos isolados de sangue periférico foram determinadas utilizando-se a sonda hidroetidina e o sistema anexina V-PE, respectivamente. Cães azotêmicos (26,29±5,32g/L) apresentaram menor concentração (p=0,0264) do antioxidante albumina em relação ao grupo-controle (30,36±3,29g/L) e também uma menor (p=0,0027) capacidade antioxidante total (2,36±0,32 versus 2,73±0,24mmol/L), enquanto não houve alteração da peroxidação lipídica plasmática e da produção de superóxido neutrofílica. Concluiu-se que, à semelhança do que ocorre na uremia, condições azotêmicas pré-renais no cão causam estresse oxidativo e aceleração da apoptose dos neutrófilos.
This study aims to test the hypothesis that, similarly to what occurs in uremia, dogs with prerenal azotemia suffer oxidative stress associated with changes in oxidative metabolism and apoptosis in neutrophils. For this purpose, fifteen normal dogs and ten with prerenal azotemia had lipid peroxidation determined by quantifying the malondialdehyde (MDA) and had plasma total antioxidant status evaluated, correlating them with the superoxide production and apoptotic index of neutrophils. MDA and plasma total antioxidant status were determined using commercial reagents. Using capillary flow cytometry, superoxide production and apoptosis were determined from isolated neutrophils of peripheral blood using the hydrithidine and Annexin V-PE probe system, respectively. Azotemic dogs (26.29±5.32g/L) had a lower concentration (p=0.0264) of the plasma antioxidant albumin than the control group (30.36±3.29g/L) and also had lower (p=0.0027) total antioxidant status (2.36±0.32 versus 2.73±0.24mmol/L), while no alterations were observed in plasma lipid peroxidation and superoxide production. It was concluded that, similarly to what occurs in uremia, prerenal azotemia causes oxidative stress and acceleration of neutrophil apoptosis in dogs.