ABSTRACT
Duas estratégias farmacológicas têm sido propostas para o tratamento da fibrilaçäo atrial: a reversäo e manutençäo do ritmo sinusal com drogas antiarritmicas ou o controle da resposta ventricular associado ao emprego de anticoagulante oral. Até que se conheçam os resultados de alguns ensaios randomizados em andamento, comparando estas duas estratégias, a conduta mais adequada parece ser: 1) restaurar o ritmo sinusal, sem utilzaçäo de drogas antiarritmicas profiláticas após oum primeiro episódio de fibrilaçäo atrial, particularmente nos pacientes sem cariopatia; 2) manter o ritmo sinusal com drogas antiarritmicas nos pacientes com crises recorrentes, instabilidade hemodinâmica ou cardiopatia estrutural moderada e grave; 3) controlar a resposta ventricular e prevenir a ocorrência de eventos tromboembólicos, por meio de terapia anticoagulante em pacientes com fibrilaçäo atrial crônica e baixa probabilidade de manutençäo do ritmo sinusal (diâmetro do átrio esquerdo maior que 6,0 cm, fibrilaçäo atrial de longa duraçäo e resistência a vários antiarritmicos.