ABSTRACT
Compararam-se cinco diferentes técnicas de liberação de Trichogramma galloi Zucchi, no campo, para o controle de Diatraea saccharalis (Fabricius). Os ensaios foram realizados em junho, novembro e dezembro de 1998, em Piracicaba, SP, avaliando-se o parasitismo médio diário de ovos, em 25 pontos eqüidistantes, dentro de parcelas de 400 m² infestadas artificialmente com ovos de D. saccharalis, a partir de uma única liberação do parasitóide. Não existiram diferenças na porcentagem de parasitismo e tempo de atuação de T. galloi entre a liberação de adultos por dispersão e em ponto fixo na área, nem entre a liberação de adultos ou de pupas desprotegidas. Entretanto, a utilização de pupas protegidas mostrou parasitismo maior do que as demais técnicas, não sendo as pupas afetadas pelas condições climáticas. A temperatura e a chuva foram os fatores que mais afetaram a eficiência das liberações nas demais técnicas. A liberação de pupas protegidas de três idades diferentes não aumentou o tempo de atividade do parasitóide, pois independente da técnica utilizada, houve parasitismo durante seis dias. A distribuição espacial de T. galloi não foi afetada pela forma de liberação.
We compared five different release techniques of Tricchogramma galloi Zucchi in the field to control the sugarcane borer, Diatraea saccharalis (Fabricius). The tests were carried out in June, November, and December of 1998, in Piracicaba, state of São Paulo. We evaluated the average daily egg parasitism in 25 equidistant infestation sites within 400 m² plots artificially infested with D. saccharalis eggs, with only one release of parasitoids. The percentage of parasitism and active period of T. galloi observed after adults were spread over the plot was similar to that obtained when adults were released in a single place. Besides, no differences were observed between releases of adults or non-protected pupae. However, the techniques using releases of protected pupae were superior to the others and were not affected by the weather conditions. Temperature and rain were the factors that most affected the release efficiency of the other four techniques. The release of protected pupae at three different ages did not increase the active period of the parasitoid. The spatial distribution of T. galloi was not affected by the release technique. Regardless of the technique used, the active period of the parasitoid lasted for six days.