ABSTRACT
ABSTRACT BACKGROUND: Surgical resection represents the main treatment for resectable nonmetastatic gastric gastrointestinal stromal tumors. Despite the feasibility and safety of laparoscopic resection, its standard use in gastric tumors larger than 5 cm is yet to be established. AIMS: This study aimed to compare the current evidence on laparoscopic resection with the classical open surgical approach in terms of perioperative, postoperative, and oncological outcomes. METHODS: The PubMed, Scopus, and Web of Science databases were consulted. Articles comparing the approach to gastric gastric gastrointestinal stromal tumors larger than 5 cm by open and laparoscopic surgery were eligible. A post hoc subgroup analysis based on the extent of the surgery was performed to evaluate the operative time, blood loss, and length of hospital stay. RESULTS: A total of nine studies met the eligibility criteria. In the study, 246 patients undergoing laparoscopic surgery and 301 patients undergoing open surgery were included. The laparoscopic approach had statistically significant lower intraoperative blood loss (p=0.01) and time to oral intake (p<0.01), time to first flatus (p<0.01), and length of hospital stay (0.01), compared to the open surgery approach. No significant differences were found when operative time (0.25), postoperative complications (0.08), R0 resection (0.76), and recurrence rate (0.09) were evaluated. The comparative subgroup analysis between studies could not explain the substantial heterogeneity obtained in the respective outcomes. CONCLUSION: The laparoscopic approach in gastric gastrointestinal stromal tumors larger than 5 cm compared to the open surgical approach is a technically safe and feasible surgical method with similar oncological results.
RESUMO RACIONAL: A resseção cirúrgica representa a principal forma de tratamento de tumores estromais gástricos não metastáticos ressecáveis. Apesar da viabilidade e segurança da ressecção laparoscópica, a sua utilização generalizada em tumores gástricos com mais de 5 centímetros ainda não foi estabelecida. OBJETIVOS: Comparar as evidências atuais sobre a resseção por via laparoscópica com a cirurgia aberta, em termos de resultados peri-, pós-operatórios e oncológicos. MÉTODOS: Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science. Artigos que comparassem a abordagem de tumores estromais gástricos gástricos com tamanho superior a 5 centímetros por cirurgia aberta e por via laparoscópica foram incluídos. Uma análise de subgrupos post-hoc, com base na extensão da cirurgia, foi realizada para os outcomes tempo intra-operatório, perdas de sangue e tempo de hospitalização. RESULTADOS: Nove estudos cumpriram os critérios de elegibilidade, tendo sido incluídos 246 pacientes submetidos a cirurgia por via laparoscópica e 301 pacientes submetidos a cirurgia aberta. A abordagem laparoscópica apresentou perdas de sangue intra-operatórias (p=0,01) e tempos até alimentação oral (p<0,01), para primeiro flato (p<0,01) e de hospitalização (0,01) estatisticamente inferiores relativamente à abordagem por cirurgia aberta. Não foram encontradas diferenças significativas quando avaliados o tempo operatório (0,25), complicações pós-operatórias (0,08), resseção R0 (0,76) e taxa de recorrência (0,09). A análise de subgrupos comparativa não permitiu explicar a heterogeneidade substancial obtida nos respetivos outcomes. CONCLUSÕES: A via laparoscópica em tumores estromais gástricos superiores a 5 centímetros comparativamente com a abordagem por cirurgia aberta, constitui um método cirúrgico tecnicamente seguro e viável, com resultados oncológicos semelhantes.
ABSTRACT
ABSTRACT BACKGROUND: Gastric cancer is an aggressive neoplasm with a poor prognosis. The multimodal approach with perioperative chemotherapy is currently the recommended treatment for patients with locally advanced gastric cancer. This treatment induces a histopathological response expressed either through the degree of regression of the primary tumor or of the lymph nodes or through yTNM staging. Despite its advantages, there are still doubts regarding the effects of chemotherapy on postoperative morbidity and mortality. AIMS: This study aims to evaluate the impact of perioperative chemotherapy and its effect on anatomopathological results and postoperative morbidity and on patient survival. METHODS: This is an observational retrospective study on 134 patients with advanced gastric cancer who underwent perioperative chemotherapy and curative radical surgery. The degree of histological regression of the primary tumor was evaluated according to Becker's criteria; the proportion of regressed lymph nodes was determined, and postoperative complications were evaluated according to the Clavien-Dindo classification. Survival times were compared between the groups using Kaplan-Meier curves and the Mantel-Cox log-rank test. RESULTS: In all, 22.3% of the patients were classified as good responders and 75.9% as poor responders. This variable was not correlated with operative morbidity (p=1.68); 64.2% of patients had invaded lymph nodes and 46.3% had regressed lymph nodes; and 49.4% had no lymphatic invasion and 61.9% had no signs of venous invasion. Postoperative complications occurred in 30.6% of the patients. The group of good responders had an average survival of 56.0 months and the group of poor responders had 34.0 months (p=0.17). CONCLUSION: Perioperative chemotherapy induces regression in both the primary tumor and lymph nodes. The results of the operative morbidity were similar to those described in the literature. However, although the group of good responders showed better survival, this value was not significant. Therefore, further studies are needed to evaluate the importance of the degree of lymph node regression and its impact on the survival of these patients.
RESUMO RACIONAL: O cancer gástrico é uma neoplasia com mau prognóstico. A abordagem multimodal com quimioterapia-perioperatória é o tratamento recomendado para os pacientes com cancer gástrico localmente avançando. Este tratamento induz uma resposta histopatológica manifestado pelo grau de regressão do tumor primário, dos gânglios linfáticos e do estadiamento ypTNM. Apesar de suas vantagens, ainda há dúvidas quanto aos efeitos da quimioterapia na morbimortalidade pós-operatória. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da quimioterapia perioperatória e o seu efeito nos resultados anatomopatológicos, na morbidade pós-operatória e na sobrevida. MÉTODOS: Estudo observacional-retrospetivo com 134 doentes com cancer gástrico avançado, que se submeteram a quimioterapia perioperatória e cirurgia radical curativa. O grau de regressão histológico do tumor primário foi avaliado de acordo com os critérios de Becker. A proporção de gânglios regredidos foi determinada e as complicações pós-operatórias foram avaliadas com a classificação de Clavien-Dindo. Os tempos de sobrevida foram comparados entre os grupos por meio das curvas de Kaplan-Meier e do teste Mantel-Cox Log Rank. RESULTADOS: 22,3% dos doentes foram classificados como bons-respondedores e 75,9% como maus-respondedores. Esta variável e a morbidade pós-operatória não estavam relacionadas. 64,2% dos doentes apresentaram invasão ganglionar e 46,3% tinham regressão ganglionar, 49,4% não tinham invasão linfática e 61,9% não tinham sinais de invasão venosa. As complicações pós-operatórias ocorreram em 30,6% dos pacientes. O grupo dos bons respondedores apresentou uma sobrevida mediana de 56,0 meses e o grupo dos maus respondedores 34,0 meses. CONCLUSÕES: A quimioterapia perioperatória induz a regressão quer do tumor primário e dos gânglios-linfáticos. Os resultados da morbidade pós-operatória foram semelhantes aos descritos na literatura. Apesar do grupo dos bons-respondedores apresentar melhor sobrevida, este valor não foi significativo. Assim, são necessários mais estudos que avaliem a importância do grau de regressão ganglionar e o seu impacto na sobrevida.