ABSTRACT
INTRODUÇÃO: O rúgbi é um dos esportes que mais ocasionam lesões. A lesão muscular apresenta uma variação térmica localizada, provocando um acréscimo da temperatura local que supostamente pode ser avaliado por meio da mensuração da temperatura. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre a variação de temperatura da pele em diversos sítios corporais e a variação da CK, em dois momentos do ciclo de atividades dos atletas profissionais de rúgbi, para, dessa forma, avaliar a utilização da termografia como método de apoio ao diagnóstico de lesões musculares. MÉTODOS: Participaram deste estudo, 21 atletas de rúgbi do sexo masculino com idade entre 19 e 31 anos, de um clube profissional de nível nacional. Foram realizadas coletas de sangue para avaliar a concentração sérica de CK e a aquisição da imagem infravermelha dos atletas (48 h pós-treino e 48 h pós-jogo) para avaliação da temperatura da pele nos músculos de interesse. Foram realizadas imagens do tronco e das coxas, nas incidências anterior e posterior. A análise dos termogramas foi realizada de forma sistemática. RESULTADOS: Não houve correlação entre a variação da CK e a variação de temperatura média das áreas dos músculos selecionados. Entretanto, no grupo de atletas que apresentaram elevação da CK superior a 50% entre o primeiro e o segundo momento de avaliação, os músculos peitoral esquerdo e semitendíneo esquerdo apresentaram diferenças significativas com valor de p de 0,037 e 0,045, respectivamente. CONCLUSÕES: Pode-se concluir que a termografia pode ser utilizada como método de apoio ao diagnóstico de lesão muscular em atletas. .
INTRODUCTION: Rugby is one of the sports that cause more injuries. Muscle injury presents a localized thermal variation, causing an increase in local temperature which supposedly can be assessed by measuring the temperature. OBJECTIVE: The aim of this study was to analyze the correlation between the changes in skin temperature at various body sites and the variation of CK, at two-cycle activities of professional rugby athletes, to thereby evaluate the use of thermography as a method to support the diagnosis of muscle injuries. METHODS: The study included 21 male rugby athletes aged between 19 and 31 years from a professional club nationwide. Blood samples were taken to assess serum CK and the acquisition of infrared image of athletes (48 h post-workout and 48 h post-game) for evaluation of skin temperature over the muscles of interest. Images in anterior and posterior view of the trunk and thighs were performed. The analysis of the thermograms was conducted systematically. RESULTS: There was no correlation between the change in CK and the average temperature variation of selected muscles.However, in the group of athletes who experienced an elevation of CK greater than 50% between the first and second assessment, the left pectoralis and the left semitendinosus muscles showed significant differences with p-values of 0.037 and 0.045, respectively. CONCLUSIONS: It can be concluded that thermography can be used as a method of support for diagnosis of muscle injury in athletes. .
INTRODUCCIÓN: El rugby es uno de los deportes que más ocasionan lesiones. La lesión muscular presenta una variación térmica localizada, provocando un incremento de la temperatura local que supuestamente puede ser evaluado por medio de la medición de la temperatura. OBJETIVO: El objetivo de este estudio fue analizar la correlación entre la variación de temperatura de la piel en diversos sitios corporales y la variación de la CK, en dos momentos del ciclo de actividades de los atletas profesionales de rugby para que, de esa forma, se evalúe el uso de la termografía como método de apoyo al diagnóstico de lesiones musculares. MÉTODOS: Participaron en este estudio 21 atletas de rugby de sexo masculino con edad entre 19 y 31 años, de un club profesional de nivel nacional. Fueron realizadas colectas de sangre para evaluar la concentración sérica de CK y la adquisición de la imagen infrarroja de los atletas (48 horas después del entrenamiento y 48 horas después del partido) para evaluación de la temperatura de la piel en los músculos de interés. Fueron realizadas imágenes del tronco y de los muslos, en las incidencias anterior y posterior. El análisis de los termogramas fue realizado de forma sistemática. RESULTADOS: No hubo correlación entre la variación de la CK y la variación de temperatura media de las áreas de los músculos seleccionados. Entretanto, en el grupo de atletas que presentaron elevación de la CK superior a 50% entre el primero y el segundo momento de evaluación, los músculos pectoral izquierdo y semitendíneo izquierdo presentaron diferencias significativas con valor de p de 0,037 y 0,045, respectivamente. CONCLUSIONES: Se puede concluir que la termografía puede ser utilizada como método de apoyo para el diagnóstico de lesión ...
ABSTRACT
INTRODUÇÃO: Considerando que as lesões musculares desencadeiam processos inflamatórios e que a inflamação gera calor em decorrência do aumento do metabolismo local, então, o nível inflamatório pode ser avaliado por meio do gradiente de temperatura. OBJETIVO: Verificar a viabilidade da aplicação da termografia no diagnóstico de lesões causadas pelo treinamento físico. MÉTODOS: O estudo foi realizado com atletas adolescentes do Paraná Clube, Curitiba, PR, Brasil, que foram divididos em dois grupos, denominados controle e experimental. O grupo controle participou de uma sessão de treinamento de baixa intensidade e o grupo experimental de alta intensidade. Primeiramente, foi capturada uma imagem termográfica do quadríceps femoral de cada atleta antes do início da sessão de treinamento. Após a sessão de treinamento, coletou-se uma amostra de sangue para verificar o nível sérico de lactato de cada atleta. Posteriormente, 24h após o treinamento, efetuou-se outra coleta de sangue para verificar o nível sérico de CK de cada atleta. Outra imagem termográfica individual do quadríceps femoral também foi adquirida nessa etapa. RESULTADOS: A correlação entre os índices de lactato e CK foi positiva e estatisticamente significativa, com valor rho = 0,661 (p = 0,038). Não houve correlação estatisticamente significativa entre os valores de CK 24h pós-treino e na variação de temperatura (24h pós-treino - pré-treino) nos músculos avaliados para o grupo controle. Houve diferença de temperatura (24h pós-treino - pré-treino) estatisticamente significativa (p < 0,05) para os três músculos estudados apenas no grupo experimental. CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo sugerem a possibilidade da utilização de imagens termográficas para, em conjunto com a creatina-quinase, determinar a intensidade e a localização de lesões musculares pós-treino, uma vez que o citado marcador bioquímico não consegue determinar a localização anatômica da lesão muscular.
INTRODUCTION: Since muscle injuries trigger inflammatory processes and inflammation generates heat due to increased local metabolism, hence the level of inflammation can be measured by the temperature gradient. OBJECTIVE: To assess the feasibility of application of thermography in the diagnosis of injuries caused by physical training. METHODS: The study was conducted with adolescent athletes of the Paraná Club, Curitiba, Brazil, who were divided into two groups, namely control and experimental. The control group attended a training session of low intensity and the experimental group a high intensity one. First, a thermographic image of the quadriceps of each athlete was acquired before the training session. After the training session, a blood sample was collected to check the level of serum lactate of each athlete. Subsequently, 24 hours after training, an extra blood sample was performed to check the level of serum CK of each athlete. Another individual thermographic image of the quadriceps was acquired at that stage. RESULTS: The correlation between the lactate and CK was positive and statistically significant rho value = 0.661 (p = 0.038). There was no statistically significant correlation between CK values 24 h post-training and the change in temperature (24 h post-training - pre-training) in the muscles evaluated for the control group. There was a statistically significant difference in temperature (24 h post-training - pre-training) (p<0.05) for the three muscles studied only in the experimental group. CONCLUSION: The results of this study suggest the possibility of use of thermographic images, together with creatine kinase, in order to determine the intensity and location of post-training muscle damage, since the previously mentioned biochemical marker cannot determine the anatomic location of the muscle injury.