ABSTRACT
O presente estudo relata a experiência operatória de pacientes portadores da fístula arterial coronária (FAC) entre a artéria coronária interventricular anterior e o tronco da pulmonar. Foram operados cinco pacientes, o sexo feminino foi mais freqüente, com 60 por cento dos casos, e a idade variou de 40 a 46 anos. O ecocardiograma de stress e a cineangiocoronariografia foram realizados em todos pacientes. No pós-operatório, não houve mortalidade e presença de sintomas. Consideramos que procedimento operatório é a primeira escolha no tratamento da FAC, uma vez que previne as complicações do "shunt" artério-venoso, com segurança e eficácia.
The current study reports on the operative experience of patients with coronary artery fistulas between the anterior intraventricular coronary artery and pulmonary trunk. Of the five patients operated, 60 percent were women and the ages ranged form 40 to 46 years old. Stress echocardiogram and coronary cineangiography were accomplished for all patients. No deaths occurred in the postoperative period nor were symptoms reported. We believe that the surgical procedure is the first choice treatment for coronary artery fistulas, as it safely and effectively prevents the complications of arteriovenous shunts.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Angina Pectoris/etiology , Pulmonary Artery/pathology , Arterio-Arterial Fistula/therapy , Coronary Vessel Anomalies/surgery , Echocardiography , ElectrocardiographyABSTRACT
OBJETIVO: Analisar evolucão e a influência prognóstica dos níveis séricos da troponina I cardíaca nos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) submetidos a ressincronizacão interventricular (RV), com seguimento de até 59 meses. MÉTODOS: Foram analisados 33 pacientes com miocardiopatia dilatada idiopática em classe funcional III/IV da NYHA, submetidos a RV. A qualidade de vida (QV) foi analisada pré e pós-operatoriamente com o Minnesota Code e a funcão ventricular através da ecocardiografia. Os níveis séricos da troponina I foram dosados em 23 pacientes, utilizando o teste exato de Fischer para avaliar sua relacão com o evento óbito, e a curva de Kaplan-Meier para análise da taxa de sobrevivência. RESULTADOS: A QV foi significantemente melhor após a RV, com mediana de 73 pontos, no pré e 36, no pós (p<0,0001). O diâmetro diastólico do VE (DDVE) apresentou reducão de 65mm, no pré para 60mm, no pós (p=0,0014), com aumento da fracão de ejecão (FEVE) de 37 para 47 por cento (p=0,0004). Nos 15 pacientes com valores normais de troponina, não ocorreram óbitos e dos oito pacientes com valores elevados, seis faleceram (p=0,0003). A curva atuarial de livres de óbitos mostrou uma taxa de sobrevivência de 47,1n13,3 por cento, ao final de 59 meses. CONCLUSÕES: A RV em pacientes com ICC melhora a QV e os parâmetros ecocardiográficos. Constitui uma boa alternativa para os pacientes em classe funcional III/IV NYHA. Os níveis séricos elevados da troponina I cardíaca foram preditores de risco para óbito.
Subject(s)
Adult , Aged , Male , Humans , Heart Failure , Quality of Life , Follow-Up Studies , Pacemaker, ArtificialABSTRACT
OBJETIVO: Avaliar a importância dos níveis séricos de troponina I-cardíaca no pré-operatório de pacientes portadores de obstrução no tronco da artéria coronária esquerda (OTCE) sem evento cardíaco prévio. MÉTODO: Foram analisados os níveis séricos da troponina I-cardíaca de 115 pacientes com doença coronariana obstrutiva, com idade variando entre 32 e 81 anos (média e desvio-padrão de 59,7±10,5 anos). Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo A - 41 pacientes portadores de OTCE, variando o grau de obstrução entre 20 por cento de perda do diâmetro e subtotal (moda de 60 por cento); Grupo B - 74 pacientes sem OTCE. Todos os pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia de forma eletiva e não apresentavam infarto agudo do miocárdio prévio. O método empregado na dosagem da troponina-I cardíaca foi o da Quimioluminiscência, admitindo-se como valor normal abaixo de 0,1 nanogramas por mililitro (ng/ml). RESULTADOS: Não houve correlação entre o grau de OTCE e os níveis séricos de troponina-Ic (P= 0,4617), porém a média dos níveis séricos da troponina-I nos grupos A e B foi, respectivamente, 0,3841 ng/ml e 0,1711 ng/ml (P=0,0324); teste de Mann-Whithey; OR= 4,44 (IC95 por cento 1,60 _ 12,31). CONCLUSÕES: Os pacientes do grupo A têm 3,44 vezes mais chance de apresentar lesão miocárdica representada por elevação de troponina I-cardíaca que o grupo B, independente do grau da OTCE. A sensibilidade para suspeita clínica de mionecrose foi relativamente baixa (31,7 por cento), porém a especificidade foi elevada (90,5 por cento). Destaca-se, entretanto, a importância clínica da documentação de mionecrose em uma determinada porcentagem de pacientes com lesão de tronco, sem constatação eletrocardiográfica. Assim, os pacientes com OTCE devem ser submetidos com rapidez a procedimento operatório, a fim de evitar extensão da mionecrose.