ABSTRACT
Abstract The aim of this study was to describe the first records of termite activity on non-fossilized human bones in Brazil. The cases reported in this study resulted from forensic analysis of six human skeletons found in northeastern Brazil between 2012 and 2014. Traces of tunnels and nests commonly produced by termites were found on several human bone surfaces as well as the specimens and characteristic signs of osteophagic activity. In four cases, the species were identified: Amitermes amifer Silvestri, 1901, Nasutitermes corniger (Motschulsky, 1855) (on two skeletons), and Microcerotermes indistinctus Mathews, 1977. In two other cases, the activity of termites on bone surfaces was evidenced by remains of nests and tunnels produced by these insects. At least in the samples of human remains available for this report, the number of termites collected was greater on bones found during autumn, the rainy season in the Northeast of Brazil. The human bones examined showed termites like insects with lots of strength at bone degradation, capable of continuing the process of decomposition of human remains even in completely skeletonized bodies.
Resumo O objetivo deste estudo foi descrever os primeiros relatos de atividade de térmitas em ossos humanos não fossilizados, no Brasil. Os casos relatados neste estudo resultaram da análise pericial de seis esqueletos humanos encontrados no Nordeste do Brasil, entre os anos de 2012 e 2014. Vestígios de túneis e ninhos comumente produzidos por cupins foram encontrados em várias superfícies dos ossos humanos, bem como a presença de espécimes e característicos sinais de atividade osteofágica. Em quatro casos, foram identificadas as espécies: Amitermes amifer Silvestri, 1901, Nasutitermes corniger (Motschulsky, 1855) – em duas ossadas, e Microcerotermes indistinctus Mathews, 1977. Em dois outros casos, a atividade de cupins sobre superfícies ósseas foi evidenciada pelos restos de ninhos e túneis produzidos por esses insetos. Pelo menos nas amostras de restos humanos disponíveis para o presente estudo, o número de térmitas recolhido foi maior em ossos encontrados durante o outono, a estação chuvosa no Nordeste do Brasil. Os ossos humanos analisados apresentaram cupins como insetos com muita força na degradação óssea, com capacidade de prosseguir o processo de decomposição de restos humanos, mesmo em corpos completamente esqueletizados.