ABSTRACT
O estudo teve como objetivo analisar as barreiras percebidas à prática de atividade física durante um programa de treinamento multicomponente em adultos e idosos pós infecção por COVID-19. Realizou-se um ensaio clínico randomizado com 40 participantes (19 grupo controle e 21 grupo intervenção). Foram coletadas informações sociodemográficas, de saúde e de barreiras para a prática de atividade física, antes, 12 e 24 semanas após o início da intervenção. A medida das barreiras para a prática de atividade física foi obtida por meio de uma escala válida composta por 16 itens. As diferen-ças de barreiras entre os grupos e ao longo de tempo foi analisada a partir das Equações de Estimativa Generalizada, α = 0,05. As barreiras mais citadas pelos dois grupos na linha de base foram "Preguiça, cansaço ou desânimo" (71%), "Dores, lesões ou incapacidade" (38%) e "Falta de motivação" (48%). As análises principais indicaram que ambos os grupos tiveram redução na frequeÌncia da barreira "Pre-guiça, cansaço ou desânimo" na 12ª semana (p = 0,003), porém voltando aos valores iniciais na 24ª semana (p = 0,441). Já a barreira "Por causa da epidemia de coronavírus" foi reduzida na 12ª semana (p = 0,704) e ainda mais reduzida na 24ª semana (p = 0,158), comportamento também similar entre os grupos. Como principal conclusão, barreiras para atividade física podem ser reduzidas pela parti-cipação em programas de exercício supervisionado e recomendação para a prática de atividade física
The study aimed to analyze perceived barriers to physical activity during a multicomponent training pro-gram in adults and seniors post-COVID-19 infection. A randomized clinical trial was conducted with 40 participants (19 control group and 21 intervention group). Sociodemographic, health, and barriers to physical activity information were collected before, 12 and 24 weeks after the start of the intervention. The measure of barriers to physical activity was obtained through a valid scale composed of 16 items. Differences in barriers between groups and over time were analyzed using Generalized Estimating Equations, α = 0.05. The most frequently mentioned barriers at baseline by both groups were "Laziness, fatigue, or lack of enthusiasm" (71%), "Pain, injuries, or disability" (38%), and "Lack of motivation" (48%). The main analyses indicated that both groups had a reduction in the frequency of the barrier "Laziness, fatigue, or lack of enthusiasm" at week 12 (p = 0.003), but returned to initial values at week 24 (p = 0.441). The barrier "Because of the coronavirus epidemic" was reduced in week 12 (p = 0.704) and further reduced in week 24 (p = 0.158), with a similar pattern between groups. The key conclusion is that barriers to physical activity can be reduced through participation in supervised exercise programs and recommendations for physical activity