ABSTRACT
Objetivo: Avaliar a resposta terapêutica inicial instituída para úlceras de córneas infecciosas correlacionando-a com os achados laboratoriais. Métodos: Foram estudados prospectivamente 24 casos de úlcera de córneas infecciosas atendidos no Setor de Córnea e Patologia Externa do Hospital do Servidor Público Estadual - São Paulo, no período entre julho de 1997 e novembro de 1999. Acompanhou-se a resposta destes pacientes ao tratamento antibiótico inicial (cefalotina 50 mg/m1 e gentamicina 14 mg/ml ou ciprofloxacina 0,3 por cento), verificando-se a necessidade de modificação deste tratamento a partir dos testes microbiológicos pré-tratamento. Resultados: Dezessete culturas (70,83 por cento) foram positivas e sete (29,17 por cento) negativas. Apenas em três amostras analisadas pelo exame direto e coradas pelo método de Gram, observou-se a presença de algum microrganismo, sendo que em duas (8,33 por cento) houve correlação com a cultura. Três pacientes (12,5 por cento) apresentaram piora clínica e foram submetidos à mudança da medicação inicialmente instituída de acordo com a cultura e antibiograma. Todos os pacientes (100 por cento) cursaram com a cura do processo infeccioso. Conclusão: Pela análise dos resultados, observa-se que o tratamento tópico com antibióticos de amplo espectro ou associação de colírios com antibióticos fortificados foi, na maioria dos casos, eficaz na abordagem terapêutica inicial das ceratites infecciosas.