ABSTRACT
Abstract Background: Takotsubo syndrome (TTS) is characterized by a temporary systolic dysfunction of the left ventricle (LV) related to a stressful event. However, the factors associated with its recurrence are still not well established. Objective: To analyze the main factors associated with TTS recurrence. Methods: A systematic review was performed using the PRISMA model. Observational studies, published between January 2008 and October 2017, which presented a recurrence rate of at least 3% and/or 5 or more patients with recurrence, and who met at least 80% of the STROBE criteria were included. Results: six articles reached the criteria to compose this systematic review. The recurrence rate ranged from 1 to 3.5% per year (global recurrence rate 3.8%). One study associated higher recurrence rate with the female gender, four reported the time between the first and second episodes, one study associated body mass index (BMI) and hypercontractility of the LV middle anterior wall to a higher recurrence rate. No association between recurrence and electrocardiographic changes were determined. Beta-blockers use was not associated with recurrence rates. Conclusions: Female gender, time from the first episode of the syndrome, low BMI and midventricular obstruction were reported as potential predictors of TTS recurrence.
Resumo Fundamento: A síndrome de Takotsubo (STT) é caracterizada por uma disfunção sistólica temporária do ventrículo esquerdo (VE) relacionada a um evento estressante. No entanto, os fatores associados à sua recorrência ainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Analisar os principais fatores associados à recorrência da STT. Métodos: Uma revisão sistemática foi realizada usando o modelo PRISMA. Foram incluídos estudos observacionais, publicados entre janeiro de 2008 e outubro de 2017, que apresentaram uma taxa de recorrência de pelo menos 3% e/ou 5 ou mais pacientes com recidiva e que preencheram pelo menos 80% dos critérios STROBE. Resultados: Seis artigos atenderam aos critérios para esta revisão sistemática. A taxa de recorrência variou de 1 a 3,5% ao ano (taxa de recorrência global 3,8%). Um estudo associou maior taxa de recorrência ao sexo feminino, quatro relataram o tempo entre o primeiro e o segundo episódio, um estudo associou o índice de massa corporal (IMC) e a hipercontratilidade da parede anterior média do VE a uma maior taxa de recorrência. Não foi determinada associação entre recorrência e alterações eletrocardiográficas. O uso de betabloqueadores não foi associado a taxas de recorrência. Conclusões: Sexo feminino, tempo desde o primeiro episódio da síndrome, baixo IMC e obstrução ventricular foram relatados como possíveis preditores de recorrência da STT.