ABSTRACT
Abstract Background: Human herpesviruses (HHVs) are responsible for a significant number of clinical manifestations in systemic lupus erythematous (SLE) patients. The aim of this study was to determine the frequency of active HHV infections in SLE patients and correlating them with disease activity. Methods: Serum samples were collected from 71 SLE patients and their DNAs were extracted and analyzed to detect HHV-DNA viruses using the nucleic acid amplification technique. Results: Fifteen out of the 71 (21.1%) patients tested positive for the HHV-DNA virus. Of them, 11/15 HHV-DNA-positive patients (73.3%) had SLE activity index (SLEDAI - Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index) ≥8 (p = 0.0001). Active HCMV infection was the mostly frequently observed infection, occurring in 6/15 patients (40%). The frequencies of other active viral infections were 22% for HSV-1, 16.7% for HHV-7, and 5.5% for HSV-2. Viral coinfection (two or more viruses detected in the same sample) occurred in three patients (16.7%). Active HHV infections in SLE patients are more frequent in those with active SLE (≥8), who is at high risk of HHV reactivation and HCMV disease. Conclusion: Viral surveillance is important to identify active HHV infections that can cause clinical symptoms and other complication in SLE patients.
Subject(s)
Humans , Herpesviridae Infections/diagnosis , Nucleic Acid Amplification Techniques/instrumentation , Lupus Erythematosus, Systemic/physiopathology , Polymerase Chain Reaction/instrumentation , CoinfectionABSTRACT
Abstract Objective To evaluate the effects of pregnancy in systemic lupus erythematosus (SLE) patients. Methods The present article is a retrospective cohort study. Datawere collected from medical records of pregnant women with SLE from January 2002 to December 2012 at Universidade Estadual de Campinas, in the city of Campinas, state of São Paulo, Brazil. Systemic lupus erythematosus and disease activity were defined according to the American College of Rheumatology and the Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI) criteria respectively. The means, standard deviations (SDs), percentages and correlations were performed using the SAS software, version 9.4 (SAS Institute Inc., Cary, NC, US). Results We obtained data from 69 pregnancies in 58 women. During pregnancy, a new flare was observed in 39.2% (n = 27). The manifestations were most common in patients with prior kidney disease, and mainly occurred during the third quarter and the puerperium. Renal activity occurred in 24.6% (n = 17), and serious activity, in 16% (n = 11). Of all deliveries, 75% (n = 48) were by cesarean section. Twomaternal deaths occurred (3%). Preterm birth was themain complication in the newborns. The abortion rate was 8.7%. Severe SLEDAI during pregnancy was associated with prematurity (100%) and perinatal death (54%). Conclusion Thematernal-fetal outcome is worse in SLE when thewomen experience a flare during pregnancy. The best maternal-fetal outcomes occur when the disease is in remission for at least 6 months before the pregnancy.
Resumo Objetivo Avaliar os efeitos da gravidez em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). Métodos Estudo de coorte retrospectivo. Os dados foram coletados de prontuários de mulheres com LES que engravidaram de janeiro de 2002 a dezembro de 2012 na Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil. Lúpus eritematoso sistêmico e atividade da doença foram definidos segundo o American College of Rheumatology e os critérios doÍndice deAtividadedaDoença de Lúpus Eritematoso (SLEDAI, nasigla eminglês), respectivamente. As médias, os desvios-padrão (DP), as porcentagens e as correlações foram realizados utilizando o software SAS, versão 9.4 (SAS Institute Inc., Cary, NC, US). Resultados Obtivemos dados de 69 gestações em58mulheres. Durante a gravidez, a reatividade da doença foi observada em 39.2% (n = 27). As manifestações mais comuns foram em pacientes com doença renal prévia, e ocorreram principalmente no terceiro trimestre e no puerpério. Atividade renal ocorreu em 24,6% (n = 17), e atividade grave, em 16% (n = 11). De todos os partos, 75% (n = 48) foram por cesariana. Dois óbitos maternos ocorreram (3%). A prematuridade foi a principal complicação nos recém-nascidos. A taxa de aborto foi de 8,7%. O índice SLEDAI grave durante a gestação foi associado à prematuridade (100%) e à morte perinatal (54%). Conclusão O resultado materno-fetal é pior no LES quando as mulheres sofrem crise de reativação durante a gravidez. Os melhores desfechos materno-fetais ocorrem quando a doença está em remissão por pelo menos 6 meses anteriores à gestação.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Pregnancy Complications/diagnosis , Pregnancy Complications/therapy , Lupus Erythematosus, Systemic/diagnosis , Lupus Erythematosus, Systemic/therapy , Retrospective Studies , Cohort Studies , Middle AgedABSTRACT
Abstract Objective To describe clinical, laboratory, radiological and progression characteristics of myelopathy in systemic lupus erythematosus (SLE). Patients and methods A retrospective analysis was performed on a cohort of 1193 patients with SLE (ACR criteria) in order to identify patients with myelopathy (neuropsychiatric ACR). Disease activity was assessed by the SLE activity index (SLEDAI) on the date of the event and functional capacity was assessed by the Expanded Disability Status Scale (EDSS) at the last visit. Results We identified 14 (1.2%) patients with myelopathy. All were women with a mean age of 30 ± 11.5 years. Myelopathy occurred at the diagnosis of SLE in four (28%) patients; and nine (64%) patients had another type of neuropsychiatric manifestation associated. Neurological recurrence was observed in one (7%) patient. Disease activity was observed in 2 (14%) patients. Cerebrospinal fluid presented pleocytosis on 7 (53%) patients; antiphospholipid antibodies were positive in 5 (45%). Magnetic resonance imaging (MRI) showed T2 hyperintensity with a predominance of longitudinal involvement in 6 (86%) patients. Most were treated with intravenous corticosteroids and cyclophosphamide. No patient had full recovery and four (36%) had high EDSS scores. Three (21%) patients died from sepsis early in the course of their myelopathy, during or after immunosuppressive therapy. Conclusions Myelopathy occurred in 14 (1.2%) of the patients in our cohort and this may be the first manifestation of the disease occurring independently of systemic disease activity. Although rare, myelopathy shows great morbidity and mortality, can be recurrent and MRI is critical for diagnosis.
Resumo Objetivo Descrever características clínicas, laboratoriais, radiológicas e evolutivas de mielopatia no lúpus eritematoso sistêmico (LES). Pacientes e métodos Foi feita análise retrospectiva de uma coorte de 1.193 pacientes com LES (critérios ACR) para identificar os pacientes com mielopatia (ACR neuropsiquiátrico). A atividade de doença foi analisada pelo Índice de Atividade do LES (Sledai) na data do evento e a capacidade funcional pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) na última consulta. Resultados Foram identificados 14 (1,2%) pacientes com mielopatia. Todas eram mulheres com média de 30 anos (DP ± 11,5 anos). A mielopatia ocorreu no diagnóstico do LES em quatro (28%) e em nove (64%) havia outro tipo de manifestação neuropsiquiátrica associada. Recorrência do quadro neurológico foi observado em uma (7%) paciente. Atividade de doença foi observada em dois (14%) pacientes. O líquido cefalorraquidiano apresentava pleocitose em sete (53%) pacientes anticorpos antifosfolípides eram positivos em cinco (45%). A ressonância magnética (RM) demonstrou hipersinal em T2 com predomínio do comprometimento longitudinal em seis (86%) pacientes. A maioria foi tratada com corticosteroides e ciclofosfamida endovenosos. Nenhuma paciente teve completa recuperação e quatro (36%) tinham escores altos da EDSS. Óbito foi observado em três (21%) durante episódio de mielopatia, por septicemia durante ou após terapia imunossupressora. Conclusões A mielopatia ocorreu em 14 (1,2%) dos pacientes da nossa coorte e pode ser a primeira manifestação da doença e ocorrer independentemente de atividade sistêmica da doença. Embora rara, é de grande morbimortalidade, pode ser recorrente e a RM é fundamental para o diagnóstico.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Young Adult , Spinal Cord Diseases/complications , Spinal Cord Diseases/diagnosis , Magnetic Resonance Imaging/methods , Lupus Erythematosus, Systemic/complications , Lupus Erythematosus, Systemic/diagnosis , Spinal Cord Diseases/immunology , Spinal Cord Diseases/diagnostic imaging , Retrospective Studies , Disease Progression , Lupus Erythematosus, Systemic/immunology , Lupus Erythematosus, Systemic/diagnostic imagingABSTRACT
Resumo O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune, que provoca diversas repercussões psicológicas que têm sido estudadas por meio de pesquisas qualitativas. Essas são consideradas relevantes, uma vez que reveladoras da amplitude vivenciada pelos pacientes. Face a essa relevância, este artigo buscou mapear a produção qualitativa na temática, oriunda de estudos de vivências de pacientes adultos de ambos os gêneros e que tivessem usado como instrumento a entrevista semiestruturada e/ou a observação de campo, além do critério de amostragem por saturação na definição do número de participantes de cada estudo. O levantamento foi feito nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Psycinfo e Cochrane em busca de produções em língua inglesa e portuguesa publicadas entre janeiro de 2005 e junho de 2012. Os 19 artigos revisados que se ocuparam com pacientes em fase aguda da doença revelaram temas categorizados em oito tópicos que contemplaram o processo vivenciado nas diversas etapas, desde o desencadeamento da doença, passando pelo conhecimento do diagnóstico pela e compreensão das manifestações da doença, até o tratamento medicamentoso e os cuidados gerais, a evolução e o prognóstico. Apontam também a difícil compreensão pelos pacientes do que consiste a chamada fase de remissão, bem como nos revela que se trata de uma fase clínica pouco explorada pelos estudos psicológicos.
Abstract Systemic lupus erythematosus is an autoimmune disease that causes many psychological repercussions that have been studied through qualitative research. These are considered relevant, since they reveal the amplitude experienced by patients. Given this importance, this study aims to map the qualitative production in this theme, derived from studies of experiences of adult patients of both genders and that had used as a tool a semi-structured interview and/or field observations, and had made use of a sampling by a saturation criterion to determine the number of participants in each study. The survey was conducted in Pubmed, Lilacs, Psycinfo e Cochrane databases, searching productions in English and Portuguese idioms published between January 2005 and June 2012. The 19 revised papers that have dealt with patients in the acute phase of the disease showed themes that were categorized into eight topics that contemplated the experienced process at various stages, from the onset of the disease, extending through the knowledge of the diagnosis and the understanding of the manifestations of the disease, drug treatment and general care, evolution and prognosis. The collected papers also point to the difficulty of understanding, of the patients, on what consists the remission phase, revealing also that this is a clinical stage underexplored by psychological studies.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Lupus Erythematosus, Systemic/psychology , Prognosis , Disease ProgressionABSTRACT
OBJECTIVES: To determine the serum interleukin-17 (IL-17) levels in childhood-onset systemic lupus erythematosus patients and to evaluate the association between IL-17 and clinical manifestations, disease activity, laboratory findings and treatment. METHODS: We included 67 consecutive childhood-onset systemic lupus erythematosus patients [61 women; median age 18 years (range 11-31)], 55 first-degree relatives [50 women; median age 40 years (range 29-52)] and 47 age- and sex-matched healthy controls [42 women; median age 19 years (range 6-30)]. The childhood-onset systemic lupus erythematosus patients were assessed for clinical and laboratory systemic lupus erythematosus manifestations, disease activity [Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI)], cumulative damage [Systemic Lupus International Collaborating Clinics/American College of Rheumatology (ACR) Damage Index] and current drug use. Serum IL-17 levels were measured by an enzyme-linked immunosorbent assay using commercial kits. RESULTS: The median serum IL-17 level was 36.3 (range 17.36-105.92) pg/mL in childhood-onset systemic lupus erythematosus patients and 29.47 (15.16-62.17) pg/mL in healthy controls (p=0.009). We observed an association between serum IL-17 levels and active nephritis (p=0.01) and migraines (p=0.03). Serum IL-17 levels were not associated with disease activity (p=0.32), cumulative damage (p=0.34), or medication use (p=0.63). CONCLUSION: IL-17 is increased in childhood-onset systemic lupus erythematosus and may play a role in the pathogenesis of neuropsychiatric and renal manifestations. Longitudinal studies are necessary to determine the role of IL-17 in childhood-onset systemic lupus erythematosus. .
Subject(s)
Female , Humans , Middle Aged , Affect/physiology , Brain/physiology , Estrogens/physiology , Memory, Short-Term/physiology , Menopause/physiology , Menopause/psychology , Serotonin/physiology , Administration, Cutaneous , Administration, Oral , Amino Acids/administration & dosage , Amino Acids/pharmacology , Brain/drug effects , Brain/metabolism , Cross-Over Studies , Double-Blind Method , Estradiol/administration & dosage , Estradiol/blood , Estradiol/pharmacology , Functional Neuroimaging/methods , Functional Neuroimaging/psychology , Magnetic Resonance Imaging/methods , Magnetic Resonance Imaging/psychology , Psychomotor Performance/physiology , Serotonin/metabolism , Tryptophan/administration & dosage , Tryptophan/blood , Tryptophan/pharmacologyABSTRACT
Objetivo Elaborar recomendações para o diagnóstico, manejo e tratamento da nefrite lúpica no Brasil. Método Revisão extensa da literatura com seleção dos artigos com base na força de evidência científica e opinião dos membros da Comissão de Lúpus Eritematoso Sistêmico da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Resultados e conclusões 1) A biópsia renal deve ser feita sempre que possível e houver indicação e quando não for possível, o tratamento deve ser orientado com base na inferência da clase histológica. 2) Devem ser implementados medidas e cuidados idealmente antes do início do tratamento, com ênfase na atenção ao risco de infecção. 3) Devem-se compartilhar riscos e benefícios do tratamento com pacientes e familiares. 4) O uso da hidroxicloroquina (preferencialmente) ou difosfato de cloroquina é recomendado para todos os pacientes (exceto contraindicação) durante as fases de indução e manutenção. 5) A avaliação da eficácia do tratamento deve ser feita com critérios objetivos de resposta (remissão completa/remissão parcial/refratariedade). 6) Os IECA e/ou BRA são recomendados como antiproteinúricos para todos os pacientes (exceto contraindicação). 7) A identificação de sinais clínicos e/ou laboratoriais sugestivos de GN laboratoriais sugestivos de glomerulonefrite proliferativa ou membranosa deve indicar início imediato de terapia específica incluindo corticosteroides e agente imunossupressor, mesmo que não seja possível comprovação histológica. 8) O tempo de uso dos imunossupressores deve ser no mínimo de 36 meses, mas eles podem ser mantidos por períodos mais longos. A sua suspensão só deve ser feita quando o paciente atingir e mantiver remissão completa sustentada. 9) Deve-se considerar nefrite lúpica refratária quando a remissão completa ou parcial não for alcançada após 12 meses de tratamento adequado, quando uma nova biópsia renal deve ser considerada para auxiliar na identificação da causa da refratariedade e decisão terapêutica. .
Objective To develop recommendations for the diagnosis, management and treatment of lupus nephritis in Brazil. Method Extensive literature review with a selection of papers based on the strength of scientific evidence and opinion of the Commission on Systemic Lupus Erythematosus members, Brazilian Society of Rheumatology. Results and conclusions (1) Renal biopsy should be performed whenever possible and if this procedure is indicated; and, when the procedure is not possible, the treatment should be guided with the inference of histologic class. (2) Ideally, measures and precautions should be implemented before starting treatment, with emphasis on attention to the risk of infection. (3) Risks and benefits of treatment should be shared with the patient and his/her family. (4) The use of hydroxychloroquine (preferably) or chloroquine diphosphate is recommended for all patients (unless contraindicated) during induction and maintenance phases. (5) The evaluation of the effectiveness of treatment should be made with objective criteria of response (complete remission/partial remission/refractoriness). (6) Angiotensin-converting enzyme inhibitors and/or angiotensin receptor blockers are recommended as antiproteinuric agents for all patients (unless contraindicated). (7) The identification of clinical and/or laboratory signs suggestive of proliferative or membranous glomerulonephritis should indicate an immediate implementation of specific therapy, including corticosteroids and an immunosuppressive agent, even though histological confirmation is not possible. (8) Immunosuppressives must be used during at least 36 months, but these medications can be kept for longer periods. Its discontinuation should only be done when the patient could achieve and maintain a sustained and complete remission. (9) Lupus nephritis should be considered as refractory when a full or partial remission is not achieved after 12 months of an appropriate treatment, when ...
Subject(s)
Humans , Lupus Nephritis/diagnosis , Lupus Nephritis/therapy , Biopsy , Brazil , Disease Progression , Remission InductionABSTRACT
Objetivo: Avaliar pacientes com LES estável, sem comprometimento respiratório evidente, por meio do TC6M. Casuística e métodos: Foram recrutados 45 pacientes com LES estável. Foi utilizado o protocolo ATS/ERS para TC6M, tendo sido escolhidos dois parâmetros com pontos de corte. Resultados: Quarenta e dois dos pacientes eram mulheres.A média de idade foi 39 ± 11,4 anos; a duração média da doença, 121 ± 93,1 meses; valor médio de MRC 2 ± 0; CVF média 85,9 ± 34,2%; VEF1 médio 67,5 ± 21,6%; PIM média 82 ± 58,4%; PEM média 78 ± 37,3%; frequência cardíaca média em repouso 75 ± 12,8 bpm; frequência respiratória média em repouso 19 ± 5,3 bpm; distância média no TC6M 478 ± 82 m; SpO2 média em repouso 98 ± 0,8%; queda média em SpO2 4 ± 6 pontos. Quando a população em estudo foi dividida de acordo com o valor de corte de 400 m de distância caminhada, a frequência cardíaca imediatamente antes do teste foi significativamente menor naqueles participantes que caminharam menos de 400 m (p = 0,0043), da mesma forma que o valor da escala de Borg (p = 0,0036). De acordo com a presença de saturação ≥ 4, a frequência cardíaca ao final do teste estava significativamente mais elevada naqueles participantes exibindo dessaturação (p = 0,0170); PEM (p = 0,0282) e TC6M (p = 0,0291) estavam significativamente menores e PIM revelou uma tendência para diminuir (p = 0,0504). CVF < limite inferior do normal foi achado significativamente associado com o grupo com dessaturação (p = 0,0274). Conclusão: Comparado com TC6M, a dessaturação foi o indicador mais apropriado para localizar os pacientes com os índices mais comprometidos nos testes de função respiratória. .
Objective: Evaluate SLE stable patients, without overt respiratory compromise, by means of 6MWT. Casuistic and methods: Forty-five stable SLE patients were enrolled. The ATS/ERS protocol for 6MWT, was used and two parameters with cut-off points were chosen. Results: Forty-two patients were women. The mean age was 39 ± 11.4 years; mean duration of disease, 121 ± 93.1 months; mean value of MRC, 2 ± 0; mean FVC, 85.9 ± 34.2%; mean FEV1, 67.5 ± 21.6%; mean MIP, 82 ± 58.4%; mean MEP, 78 ± 37.3%; mean heart rate at rest, 75 ± 12.8 bpm; mean respiratory rate at rest, 19 ± 5.3 bpm; mean 6MWD, 478 ± 82 m; mean SpO2 at rest was 98 ± 0.8%; mean fall in SpO2, 4 ± 6 points. When the study population was divided according to the 400-m walk distance cut-off value, the heart rate immediately before the test was significant lower in those participants who walked less than 400 m (p = 0.0043), just like the value of Borg scale (p = 0.0036); according to the presence of saturation ≥ 4, heart rate at the end of the test was significantly higher in those participants who were showing desaturation (p = 0.0170); MEP (p = 0.0282) and 6MWD (p = 0.0291) were significantly lower, and MIP showed a tendency towards being smaller (p = 0.0504). FVC < normal inferior limit was significantly associated with the group with desaturation (p = 0.0274). Conclusion: Compared to 6MWD, desaturation was better suited to find the patients with the most compromised indexes in respiratory function tests. .
Subject(s)
Adolescent , Adult , Aged , Female , Humans , Male , Middle Aged , Young Adult , Exercise Test/methods , Lupus Erythematosus, Systemic/complications , Respiration Disorders/diagnosis , Respiration Disorders/etiology , Cross-Sectional Studies , Time FactorsABSTRACT
OBJETIVO: Avaliar a frequência do HLA classes I e II e sua associação com a manifestação cutânea da vasculite reumatoide (VR) em pacientes brasileiros. PACIENTES E MÉTODOS: Durante um ano foram selecionados 130 pacientes com artrite reumatoide (AR), classificados de acordo com os critérios do American College of Rheumatology de 1987. Os pacientes foram submetidos a um questionário clínico e laboratorial para exclusão de outras causas de vasculopatia cutânea (neoplasia, infecções, uso de drogas ilícitas, diabetes mellitus e tabagismo). Setenta e três foram excluídos por apresentarem algum fator de risco para outras causas de vasculopatias. Cinquenta e sete foram incluídos no estudo sem fator de risco para outras causas de vasculopatia, dos quais 17 apresentavam VR de acordo com os critérios de 1984 de Scott e Bacon. Foram analisados dados demográficos, tempo de diagnóstico de AR, atividade da doença (DAS28) e presença de fator reumatoide e de anticorpos antipeptídeo citrulinado cíclico. Alelos HLA foram tipificados usando-se a reação em cadeia da polimerase-DNA amplificada por hibridização de baixa resolução com sequências específicas de sondas. RESULTADOS: A comparação entre os 40 pacientes sem VR e os 17 pacientes com VR demonstrou uma frequência aumentada do HLA-B*14 (Pc = 0,168) e do HLA-Cw*08 (Pc = 0,084) em pacientes com VR, e uma frequência aumentada do HLA-DRB5*01 (Pc = 0,048) em pacientes sem VR. CONCLUSÃO: O HLA-DRB5*01 pode conferir proteção contra essa manifestação extra-articular da AR.
OBJECTIVE: To evaluate the frequency of HLA classes I and II and their association with the cutaneous manifestation of rheumatoid vasculitis (RV) in Brazilian patients. PATIENTS AND METHODS: During one year we selected 130 patients with rheumatoid arthritis (RA) classified according to the American College of Rheumatology, 1987. All patients underwent a clinical and laboratory questionnaire to exclude other causes of cutaneous vasculopathy (neoplasia, infections, illicit drug use, diabetes mellitus, and tobaccoism). Seventy-three patients with any risk factor for other causes of vasculopathy were excluded. Fifty-seven without risk factors for other causes of vasculopathy were included in the study, 17 with RV according to Scott and Bacon's criteria, 1984. Demographic data, time of RA diagnosis, disease activity (DAS28), presence of rheumatoid factor, and anti-cyclic citrullinated peptide antibodies were analyzed. The HLA alleles were typed using the DNA-amplified polymerase chain reaction with low-resolution hybridization and sequence-specific primers. RESULTS: The comparison between the 40 patients without RV and the 17 patients with RV showed an increased frequency of HLA-B*14 (Pc = 0.168) and HLA-Cw*08 (Pc = 0.084) in patients with RV and an increased frequency of HLA-DRB5*01 (Pc = 0.048) in patients without RV. CONCLUSION: The HLA-DRB5*01 may confer protection against that extra-articular manifestation of RA.
Subject(s)
Adolescent , Adult , Aged , Female , Humans , Male , Middle Aged , Young Adult , /immunology , Rheumatoid Vasculitis/immunology , Skin Diseases, Vascular/immunology , BrazilABSTRACT
INTRODUCTION: Epstein-Barr virus exposure appears to be an environmental trigger for rheumatoid arthritis that interacts with other risk factors. Relationships among anti-cyclic citrullinated peptide antibodies, the shared epitope, and smoking status have been observed in patients with rheumatoid arthritis from different populations. OBJECTIVE: To perform an association analysis of anti-Epstein-Barr nuclear antigen-1 antibodies, anti-cyclic citrullinated peptide antibodies, the shared epitope, and smoking status in Brazilian patients with rheumatoid arthritis. METHODS: In a case-control study, 140 rheumatoid arthritis patients and 143 healthy volunteers who were matched for age, sex, and ethnicity were recruited. Anti-Epstein-Barr nuclear antigen-1 antibodies and anti-cyclic citrullinated peptide antibodies were examined using an enzyme-linked immunosorbent assay, and shared epitope alleles were identified by genotyping. Smoking information was collected from all subjects. A comparative analysis of anti-Epstein-Barr nuclear antigen-1 antibodies, anti-cyclic citrullinated peptide antibodies, the shared epitope, and smoking status was performed in the patient group. Logistic regression analysis models were used to analyze the risk of rheumatoid arthritis. RESULTS: Anti-Epstein-Barr nuclear antigen-1 antibodies were not associated with anti-cyclic citrullinated peptide antibodies, shared epitope alleles, or smoking status. Anti-cyclic citrullinated peptide antibody positivity was significantly higher in smoking patients with shared epitope alleles (OR = 3.82). In a multivariate logistic regression analysis using stepwise selection, only anti-cyclic citrullinated peptide antibodies were found to be independently associated with rheumatoid arthritis (OR = 247.9). CONCLUSION: Anti-Epstein-Barr nuclear antigen-1 antibodies did not increase the risk of rheumatoid arthritis and were not associated with the rheumatoid arthritis risk factors studied. Smoking and shared epitope alleles were correlated with anti-cyclic citrullinated peptide-antibody-positive rheumatoid arthritis. Of the risk factors, only anticyclic citrullinated peptides antibodies were independently associated with rheumatoid arthritis susceptibility.
Subject(s)
Adult , Aged , Aged, 80 and over , Female , Humans , Male , Middle Aged , Arthritis, Rheumatoid/etiology , Epstein-Barr Virus Infections/complications , Epstein-Barr Virus Nuclear Antigens/blood , Peptides, Cyclic/immunology , Smoking/adverse effects , Alleles , Antibodies, Viral/blood , Arthritis, Rheumatoid/genetics , Arthritis, Rheumatoid/immunology , Autoantibodies/blood , Case-Control Studies , Enzyme-Linked Immunosorbent Assay , Epitopes/blood , Epitopes/immunology , Genotype , Risk FactorsSubject(s)
Humans , Adolescent , Arthroscopy , Diagnostic Imaging , Shoulder , Synovitis , Synovitis/diagnosisABSTRACT
Em quadros de monoartrite crônica devem ser investigadas doenças inflamatórias como a artrite reumatoide (AR), doenças infecciosas como a tuberculose e outras doenças que causem espessamento sinovial e derrame articular como sinovite vilonodular pigmentada (SVNP), hemangioma sinovial, osteocondromatose sinovial e lipoma arborescente sinovial. Relatamos o caso de uma jovem paciente com quadro de monoartrite em ombro, cujo exame por imagem mostrou sinovite e cujo exame histopatológico obtido através de artroscopia com biópsia revelou tratar-se de SVNP. RELATO DO CASO: J C M, 15 anos, sexo feminino, branca, estudante, foi encaminhada ao reumatologista com hipótese diagnóstica de artrite idiopática juvenil (AIJ) pauciarticular. Apresentava, há um ano, dor no ombro D, que melhorava com o uso de anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) em dois dias. Teve nesse período de cinco a seis destes episódios que duravam poucos dias. Negava outras queixas articulares ou sistêmicas. Trazia exames normais ou negativos: hemograma, VHS, proteína C reativa, fator reumatoide, sedimento de urina. O FAN era positivo 1/80, pontilhado fino. Trazia Ressonância Magnética do ombro indicativa de sinovite glenoumeral com derrame articular com conteúdo expansivo de tecidos moles na bursa subescapular, segundo o laudo, podendo corresponder a pannus. Como história e exame físico não eram compatíveis com AIJ, foi realizada outra RM que mostrou aumento da lesão já descrita. Foi então encaminhada à artroscopia para biópsia, que revelou SVNP. Durante o procedimento, foi realizada sinovectomia, e uma nova RM feita após nove meses mostrou ausência de sinovite. A SVNP do ombro é incomum e a sinovectomia foi curativa nesse caso.
Chronic monoarthritis demand an investigation of inflammatory diseases, such as rheumatoid arthritis (RA), infectious diseases like tuberculosis; and other diseases that cause synovitis and joint effusion, such as pigmented villonodular synovitis (PVNS), synovial hemangioma, synovial osteochondromatosis and arborescence lipoma. We report the case of a young patient with chronic right shoulder monoarthritis, who's magnetic resonance imaging (MRI) showed synovitis. Arthroscopy was performed and the biopsy revealed PVNS. CASE REPORT: J C M, 15 years-old, female, Caucasian, student. She was sent to a Rheumatologist along with a diagnosis of juvenile idiopathic arthritis (JIA). The patient presented, for one year, a mild pain of insidious onset in her right shoulder, with relief of the symptoms in two days under nonsteroidal anti-inflammatory therapy (NSAIDs). During this year, the patient presented five or six episodes of pain with the same characteristics. No other signs and symptoms were related. The following tests showed normal or negative results:complete blood count, ESR, C-reactive protein, rheumatoid factor and urinalysis. The antinuclear antibody (ANA) was 1/80 speckled pattern. The MRI of the shoulder showed glenohumeral synovitis with joint effusion and soft tissue swelling in the subscapular bursa, which could correspond to pannus. As the medical history and physical examination were not compatible to JIA, a second MRI was performed, which showed an increase of the synovitis. The patient was submitted to an arthroscopy with biopsy and the histopathological examination showed PVNS. A complete synovectomy was performed and a new MRI, nine months later, showed no synovitis. PVNS of the shoulder is uncommon, and synovectomy was curative in this case.
ABSTRACT
OBJETIVO: analisar as curvas de sobrevida em uma amostra de lúpus eritematoso sistêmico (LES) infanto-juvenil, as variáveis clínicas e laboratoriais e o tipo de tratamento associado ao óbito. MÉTODOS: de uma coorte de 519 pacientes seguidos prospectivamente, 55 foram identificados como tendo LES infanto-juvenil. Análise univariada e regressão de Cox foram utilizadas para determinar as variáveis associadas com a sobrevida nesta coorte. RESULTADOS: o óbito foi identificado em 12 dos pacientes (21,8 por cento) com LES infanto-juvenil. A causa de óbito em freqüência decrescente foi septicemia em 6 (50 por cento), acidente vascular cerebral (AVC) em 4 (33.3 por cento) e insuficiência renal em 2 (16,7 por cento) pacientes. Na análise univariada o sexo masculino, a presenca de infeccões e o uso de ciclofosfamida oral estiveram associados ao óbito. Na regressão multivariada, somente o sexo masculino influenciou negativamente o tempo de sobrevida (odds ratio 5,8). CONCLUSÕES: em um período de 27 anos o óbito foi observado em 21,8 por cento dos pacientes. Embora infeccões tenham sido causa de morte em metade desses pacientes, a sobrevida não estava associada à presenca de infeccões ou à insuficiência renal, mas ao fato de o paciente ser do sexo masculino. Prestar maior atencão aos meninos com LES, com diagnóstico, tratamento e seguimento adequados pode influenciar o prognóstico nesses casos.
Subject(s)
Child , Adolescent , Male , Female , Humans , Lupus Erythematosus, Systemic , Rheumatic DiseasesABSTRACT
Estudos epidemiológicos com análise multivariada de fatores prognósticos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) são fundamentais para a sobrevida e demonstrar estratégias de diagnóstico e tratamento. Objetivo: analisar os fatores de risco para a mortalidade em uma coorte de 508 pacientes com LES. Métodos: os pacientes foram acompanhados em um hospital terciário, por um período de 27 anos (1974-2001), de acordo com um protocolo previamente padronizado. Inicialmente, foi realizada a análise de sobrevida global até o óbito dos 509 pacientes e, posteriormente, foi verificada a diferença entre as probabilidades de sobrevida global para pacientes com início da doença antes dos 16 anos e após os 16 anos. Resultados: a taxa de sobrevida para os 509 pacientes com LES após 1, 5, 10 e 20 anos foram respectivamente de 96 por cento, 88 por cento e 75 por cento. Os fatores prognósticos para o óbito dos pacientes com LES foram a ausência de artrite ao diagnóstico (p=0,007; OR=0,45 por cento; 95 por cento IC=0,25-0,8), a ausência do uso de antimaláricos (p=0,0001; OR=0,3; 95 por cento IC=0,2-0,5), a presença de hipertensão arterial (p=0,002; OR=2,2; 95 por cento IC=1,1-4,5), a presença de infecções (p=0,003; OR=2,3; 95 por cento IC=1,3-4,1) e a idade ao diagnóstico menor que 16 anos (p=0,004; OR=2,6; 95 por cento IC=1,4-5,0). Conclusões: este trabalho mostra uma excelente taxa de sobrevida nesta casuística de 509 pacientes com LES, observando-se proporção de pacientes que sobreviveram após 1, 5, 10 e 20 anos de seguimento, respectivamente, de 96 por cento, 88 por cento, 80 por cento e 75 por cento, comparável às maiores séries que tratam de sobrevida.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Lupus Erythematosus, Systemic , Mortality , Risk FactorsABSTRACT
Objetivo: avaliar a freqüência e os tipos de danos permanentes com relação ao tempo da doença em pacientes brasileiros com lúpus eritematoso sistêmico (LES) de um hospital universitário, através da aplicação do índice de dano do Systemic Lupus International Collaborating Clinics/American College of Rheumatology (SLICC/ACR/DI). Métodos: foram incluídos 60 pacientes neste estudo. Os dados utilizados, extraídos dos prontuários dos pacientes, foram obtidos através de anamnese, exame físico e exames complementares. A freqüência e os tipos de danos permanentes foram avaliados através do SLICC/ACR/DI. A estatística foi realizada através do teste quiquadrado e teste t. Regressão multivariada foi utilizada para correlacionar o dano com o tempo de doença. Resultados: entre os 60 pacientes, 41 (68,3 por cento) apresentaram algum tipo de dano. Houve tendência, entre os pacientes não caucasóides e com maior tempo de doença, a apresentarem mais danos (p=0,058). Os sistemas mais acometidos foram: pele (35,0 por cento); neuropsiquiátrica (18,3 por cento); ocular (15,0 por cento); vascularização periférica (16,6 por cento); e cardiovascular 10,0 por cento). Com o aumento do tempo de doença (superior a 60 meses), houve maior tendência a danos oculares, neuropsiquiátricos, renais, musculoesquelético e da pele. Com evolução superior a 12 meses houve aumento dos danos pulmonares, cardiovasculares e aqueles relacionados com a vascularização periférica. Conclusões: observou-se 68,3 por cento de dano permanente, havendo maior freqüência de danos relacionados com acometimento neuropsiquiáticos, oculares, da vascularização periférica e da pele. Não se observou importante acometimento renal e gonadal, ao contrário do descrito anteriormente. Pacientes não caucasóides apresentaram tendência a maiores escores de dano. No entanto, outros estudos são necessários para se comprovar o envolvimento da fatores étnicos e/ou fatores sócio-econômicos nesse processo de dano irreversível.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Damage Assessment , Lupus Erythematosus, SystemicABSTRACT
Pacientes com hipotiroidismo freqüentemente apresentam sintomas músculo-esquelético e aumento de enzimas musculares, como a creatinaquinase (CK). Com o tratamento hormonal adequado é incomum ocorrer grandes aumentos de CK e manutanção de queixas musculares. Este trabalho relato o caso de uma paciente com hipotiroidismo, queixa de fraqueza muscular proximal e aumento de CK, sem melhora clínica com uso de levotiroxina. O diangóstico de polimiosite foi confirmado por eletroneuromiografia e biópsia muscular. Após tratamento com prednisona e metotrexato, além de adequação da dose de levotiroxina, houve melhora clínica significativa e normalização de CK
Subject(s)
Humans , Female , Middle Aged , Hypothyroidism , Muscular Diseases , PolymyositisABSTRACT
Objetivo: Avaliar a frequência e a intensidade da atrofia cerebral (AC) por meio da tomografia computadorizada cerebral (TCC) e a sua possível relação com a corticoterapia ou com a doença no lúpus eritematoso sistêmico. Métodos: Cento e sete pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) (critérios de ARA, 1982) foram estudados por meio de um exame neurológico completo e de uma avaliação laboratorial (grupo 1). A classificação do ACR para o lúpus neuropsiquiátrico foi empregada e para a atividade de doença, o critério de SLEDAI. Um grupo de pacientes usuários de corticosteróides (grupo 2) e outro de indivíduos normais (grupo 3) foram os controles. Não havia diferenças demográficas entre eles. A TCC foi realizada em todos os participantes do estudo e a frequência e a intensidade da atrofia cerebral analisadas, por meio de índices bem definidos, por dois neurologistas. Resultados: A AC foi significativamente mais importantes no LES (p< 0,05), independente da doença ou do uso de esteróides, quando comparada com dois outros grupos. Nenhum paciente apresentou AC grave. A presença de AC não se relacionou com atividade de doença ou com manifestações neuropsiquiátricas, com exceção de convulsões (p< 0,05). Conclusões: A corticoterapia esteve assoaciada à AC no LES, porém foi independente da dose ou duração do tratamento. A doença contribuiu para intensificar a atrofia cerebral nestes pacientes.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Adrenal Cortex Hormones , Atrophy , Cerebrum/pathology , Lupus Erythematosus, Systemic/complications , TomographyABSTRACT
Objetivo: Verificar a frequência e o tipo de envolvimento primário do sistema nervoso central (SNC) no lúpus eritematoso sistêmico (LES), e verificar pssíveis associações clínico-laboratoriais. Métodos: Foram analisados 40 pacientes com LES (ARA, 1982), com atenção a manifestações do SNC, obedecendo aos critérios propostos pelo ACR para diagnóstico de LES neuropsiquiátrico - LESNP - (critérios ACR, 1999). Exame neurológico completo foi realizado nos pacientes. Para se detectar a presença de distúrbios cognitivos, empregou-se o minimental, teste de memória lógica, testes de memória a curto e médio prazos e fluência verbal. Para depressão e/ou ansiedade foram utilizados questionários: BPRS, BECK e HAD/CAGE. Cefaléia foi avaliada por um questionário elaborado especificamente para este fim. As manifestações neuropsiquiátricas foram comparadas às manifestações clínico-laboratoriais e à atividade da doença avaliada pelo SLEDAI. A análise estatística foi realizada por Qui quadrado e teste exato de Fischer. Resultados: A incidência de comprometimento primário do SNC nos pacientes com LES foi de 75 por cento, incluindo: alterações cognitivas (75 por cento), depressão (75 por cento), ansiedade (70 por cento), migrânea (44 por cento), convulsão (10 por cento) e doença cerebro vascular (5 por cento). Houve associação estatisticamente significativa entre migrânea e convulsão. Não se observou relação entre as manifestações primárias do SNC e a atividade da doença (SLEDAI). Conclusão: O envolvimento primário do SNC é bastante frequente no LES e a aplicação de testes e questionários apropriados permite maior sensibilidade na identificação dos distúrbios cognitivos, depressão, ansiedade e migrânea em pacientes com LES, o que pode aumentar significativamente a frequência destas manifestações.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Anxiety , Headache/etiology , Central Nervous System , Cognition Disorders , Depression/etiology , Lupus Erythematosus, Systemic/complicationsABSTRACT
Objetivo: Elaborar recomendação baseada na melhor evidência científica para o tratamento das diversas manifestações do lúpus eritematoso sistêmico. Métodos: Oito reumatologistas que trabalham em serviços que atendem um grande número de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES), alguns com pesquisa e publicações científicas nesta área, foram convidados para participar do grupo de trabalho. Também foram convidados um nefrologista e uma dermatologista que atuam em grandes centros universitários, com grande experiência no atendimento de pacientes com LES. Todos se reuniram para discutir o tratamento das diferentes manifestações do LES. O grupo foi subdividido em quatro grupos, cada qual ficando responsável por buscar a melhor evidência para o tratamento de um ou mais comprometimentos do LES. A última edição de um clássico livro-texto sobre lúpus, Dubois's lupus erythematosus, editado por Wallace e Hahn, em 2001, foi utilizado como base da discussão e trabalhos publicados nos últimos cinco anos foram pesquisados no banco de dados do MEDLINE, em busca da melhor evidência para o tratamento de pacientes com LES. Resultados: Por ser uma doença não muito freqüente, com manifestações clínicas e laboratoriais bastante heterogêneas, infelizmente, a maioria dos trabalhos que avalia a eficácia dos diferentes esquemas terapêuticos não contempla grande casuística e nem são randômicos e controlados. Salientamos também que as manifestações, assim como a gravidade da doença pode variar em diferentes grupos populacionais, razão pela qual devemos avaliar com cuidado os estudos realizados em grupos populacionais distintos
Subject(s)
Humans , Consensus , Diagnosis , Guidelines as Topic , Lupus Erythematosus, Systemic/therapyABSTRACT
Objetivo: estudar a evolução e os fatores prognósticos do lúpus eritematoso sistêmico (LES) em relação com a idade de início da doença. Métodos: foram analisados 75 pacientes com LES, cujo início da doença se deu antes dos 16 anos, e 393 pacientes cujo inicio se deu após os 16 anos. Todos os pacientes preenchiam os critérios diagnósticos do Colégio Americano de Reumatologia para LES. Os seus dados iniciais e evolutivos, bem como dados sobre a mortalidade e fatores com ela relacionados foram avaliados. Resultados: fotossensibilidade e convulsão ocorreram com maior freqüência no início, e nefrite ocorreu com maior freqüência na evolução do LES da infância. Houve diferença significativa quanto ao anti-DNA, mais freqüente no LES na infância e de anti-RO, mais freqüente no adulto. A mortalidade foi observada em 12 (16,2%) pacientes com LES de início na infância e em 45 (11,7%) com LES de início na idade adulta (p = 0,33). Em relação com o prognóstico, a mortalidade no LES na infância foi associada com o sexo masculino, com a nefrite durante a evolução da doença, com a hipertensão arterial, a convulsão, a plaquetopenia e com o uso de ciclofosfamida. No grupo de LES de início após os 16 anos, a mortalidade estava relacionada com a nefrite, independentemente de ocorrer no início ou na evolução da doença, hipertensão arterial no início da doença, com a convulsão, a pericardite no início, a plaquetopenia e com o anti- DNA e o uso de ciclofosfamida. Conclusões: a apresentação e o curso clínico variam de acordo com a idade de início da doença. Padrões diferentes de manifestações clínicas e laboratoriais podem ser esperados no LES de início na infância e no adulto.