ABSTRACT
Introducción: el tratamiento del dolor es un derecho humano y constituye un pilar de los cuidados paliativos (CP). Este síntoma en niños suele ser subestimado e insuficientemente tratado. Objetivo: conocer la prevalencia del dolor y describir el perfil de uso de fármacos analgésicos, coadyuvantes y procedimientos invasivos en niños asistidos en la Unidad de Cuidados Paliativos Pediátricos del Centro Hospitalario Pereira Rossell (UCPP-CHPR) durante el período 2019-2021. Metodología: se realizó un estudio observacional, descriptivo y retrospectivo mediante revisión de historias clínicas. Resultados: se incluyeron 317 niños, 58% de sexo masculino, con una mediana de edad 6,9 años. Eran portadores de enfermedades neurológicas severas no evolutivas 64%, utilizaban prótesis o tecnología médica 51%. Se encontró registro de presencia de dolor en 35%, de tipo crónico 87%, mixto 55% y de fuentes múltiples 54%. Se detectó uso de escala para evaluación del dolor en 61%, la más utilizada fue r-FLACC. En el grupo de niños con dolor se encontró prescripción de analgésicos en 43% (48/111) y de coadyuvantes 87% (97/111), gabapentina en 78. En todos la vía de administración fue la oral/enteral. Se encontró uso off label de fármacos en 79% y polifarmacia en 82%. Se registraron efectos adversos en 10%. Conclusión: un tercio de los niños asistidos por la UCPP-CHPR, presentaba registros de presencia dolor. La mayoría de tipo crónico, mixto y de fuentes múltiples. Se encontró amplio uso de escalas validadas para evaluación del dolor y alta prescripción de coadyuvantes en relación a la de analgésicos.
Introduction: pain treatment is a human right and a pillar of palliative care (PC). This symptom in children is often underestimated and insufficiently treated. Objective: learn about the prevalence of pain and describe the analgesic drugs' usage profile, adjuvants and invasive procedures in children assisted in the Pediatric Palliative Care Unit of the Pereira Rossell Hospital Center (UCPP-CHPR) during the period 2019-2021. Methodology: observational, descriptive and retrospective study based on the review of medical records. Results: 317 children were included, 58% male, with a median age of 6.9 years. 64% were carriers of severe non-progressive neurological diseases, 51% used prosthetics or medical technology. A record of the presence of pain was found in 35%, chronic type 87%, mixed 55% and multiple sources 54%. The use of a pain assessment scale was detected in 61%, the most used was r-FLACC. In the group of children with pain, analgesics were prescribed in 43% (48/111) and adjuvants in 87% (97/111), gabapentin in 78. In all of them, the administration route was oral/enteral. Off-label use of drugs was found in 79% and polypharmacy in 82%. Adverse effects were recorded in 10%. Conclusion: a third of the children assisted by the UCPP-CHPR showed records of pain presence. Most chronic type, mixed and multiple sources. We found a vast use of validated scales for pain assessment and high prescription of adjuvants in relation to analgesics.
Introdução: o tratamento da dor é um direito humano e constitui um pilar dos Cuidados Paliativos (CP). Este sintoma em crianças é geralmente subestimado e insuficientemente tratado. Objetivo: conhecer a prevalência da dor e descrever o perfil do uso de medicamentos analgésicos, adjuvantes e procedimentos invasivos em crianças atendidas na Unidade de Cuidados Paliativos Pediátricos do Centro Hospitalar Pereira Rossell (UCPP-CHPR) durante o período de 2019-2021. Metodologia: foi realizado um estudo observacional, descritivo e retrospectivo por meio de revisão de prontuários. Resultados: foram incluídas 317 crianças, 58% do sexo masculino, com idade mediana de 6,9 anos. 64% eram portadores de doenças neurológicas graves não evolutivas, 51% usavam próteses ou tecnologia médica. Registro da presença de dor foi encontrado em 35%, do tipo crônica 87%, mista 55% e de origem múltipla 54%. A utilização de escala para avaliação da dor foi detectada em 61%, sendo a mais utilizada a r-FLACC. No grupo de crianças com dor, a prescrição de analgésicos foi encontrada em 43% (48/111) e adjuvantes em 87% (97/111), gabapentina em 78. Ao todo, a via de administração foi oral/enteral. Uso off-label de medicamentos foi encontrado em 79% e polifarmácia em 82%. Efeitos adversos foram registrados em 10%. Conclusão: um terço das crianças atendidas pela UCPP-CHPR apresentou registro da presença de dor. A maioria do tipo crônica, mista e de fontes múltiplas. Encontrou-se ampla utilização de escalas validadas para avaliação da dor e elevada prescrição de coadjuvantes em relação aos analgésicos.